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Likud declara vitória de Netanyahu em eleições internas

Likud declara vitória de Netanyahu em eleições internas





Por Matt Spetalnick

JERUSALÉM (Reuters) - O partido de direita israelense Likud declarou oficialmente que Benjamin Netanyahu foi o vencedor da eleição internas nesta segunda-feira. Ele assumirá o controle do partido, em crise depois da saída do premiê do país, Ariel Sharon.

"Nós temos um líder: Benjamin Netanyahu", disse o presidente interino do partido, Danny Navey, a uma multidão em festa.

Netanyahu, um ex-premiê que se opôs à retirada de Gaza implementada por Sharon, promete lutar contra novas retiradas. Segundo uma pesquisa de boca-de-urna feita pela Rádio de Israel, ele levou 47 por cento dos votos. O ministro do Exterior, Silvan Shalom, ficou com 32 por cento.

Shalom telefonou para Netanyahu e reconheceu a derrota na disputa pela liderança da legenda.

Desde 1977, o Likud só não governou Israel por dez anos, mas agora está em terceiro lugar nas pesquisas de opinião, atrás do novo partido de Sharon, o centrista Kadima, e os trabalhistas, de esquerda. Uma eleição geral está marcada para 28 de março.

A eleição do Likud foi ofuscada por Sharon ter dado entrada em um hospital de Jerusalém no domingo, após um leve derrame. Analistas políticos afirmaram que as preocupações sobre a saúde de Sharon poderiam vir a ajudar o Likud.

"Netanyahu foi recolocado no seu lugar natural, no comando do Likud, e com a ajuda de Deus ele também se tornará primeiro-ministro", afirmou o legislador do Likud Yuval Steinitz a uma TV.

Sharon deixou o Likud em novembro. Ultranacionalistas do partido tentavam derrubá-lo por abandonar a Faixa de Gaza, após 38 anos de ocupação.

CONTRA A RETIRADA DE GAZA

Netanyahu, 56 anos, que como ministro das Finanças de Sharon recebeu elogios do mercado por cortar gastos e abrir a economia, deixou o gabinete do premiê como protesto pela retirada de Gaza.

Na campanha pela liderança do Likud, ele, além de rejeitar novas retiradas, prometeu ampliar os assentamentos judaicos na Cisjordânia ocupada, o que vai contra o plano de paz com os palestinos patrocinado pelos Estados Unidos.

O comparecimento às urnas nesta segunda teria registrado, segundo relatos, menos da metade dos 128 mil membros do Likud. Isso refletiria o desânimo com a saída de Sharon e a apatia em relação aos candidatos que concorriam para sucedê-lo.

Entre a população israelense, há um ressentimento em relação a Netanyahu por causa dos efeitos que as suas políticas econômicas tiveram junto aos mais pobres.

Pesquisas indicam que o Kadima de Sharon pode tirar muitos dos votos do Likud. No Parlamento de 120 cadeiras, o partido de direita cairia de 40 para 12 assentos.



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Jorge Magalhães
Acesse: http://jorgemagalhaes.blogspot.com
            http://hebreu.blogspot.com

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