Poucos minutos antes da reivindicação de membros do Jihad Islâmico, as Brigadas de Mártires de al Aqsa --braço armado do Fatah, o maior partido político palestino-- emitiram um comunicado se responsabilizando pela ação, mas membros do grupo negaram a informação.
Membros das equipes de resgate que retiraram as pessoas do local afirmaram que ao menos quatro pessoas atingidas no atentado estão em condição crítica de saúde. Os feridos foram levados para o hospital Laniado, em Netanya, e Hillel Yaffe, em Hadera, cidade que fica próxima.
Esse foi o segundo atentado ocorrido em Israel após a retirada completa das colônias judaicas de Gaza, e de outros quatro assentamentos israelenses da Cisjordânia. O primeiro ataque ocorreu em 26 de outubro passado, quando um suicida se explodiu dentro de uma feira na cidade de Hadera. Cinco pessoas morreram e outras 21 ficaram feridas.
A cidade de Netanya foi muito atacada por terroristas até 2003, e no ano passado não houve registro de nenhum atentado no local. Entretanto, se a hipótese de atentado for confirmada também na explosão desta segunda-feira, essa será a segunda vez neste ano que esse tipo de ação ocorre na região. Em 12 de julho último, cinco pessoas morreram em um atentado ocorrido no local.
Surpresa
O vice-ministro israelense da Segurança Pública, Yaakov Edri, afirmou à rádio pública israelense que não houve nenhuma ameaça específica antes do atentado ocorrido nesta segunda-feira. David Baker, funcionário do gabinete do primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, afirmou que o ataque é resultado da rejeição da ANP (Autoridade Nacional Palestina) em "desmembrar as organizações terroristas nos territórios palestinos".
Sharon deve fazer ainda hoje uma reunião especial com todo o gabinete do Ministério de Segurança para debater as ações a serem tomadas após o atentado.
O presidente da ANP, Mahmoud Abbas, condenou o atentado, assim como o principal negociador palestino Saeb Erekat, que afirmou que a ação é contrária à causa palestina.
"Eu creio que isso fere os interesses palestinos e é mais um ato para sabotar os esforços de continuar com o processo de paz".
Com "Haaretz"
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Jorge Magalhães
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