O médico carioca André Waismann, 47 anos, desenvolveu em Israel um método revolucionário para tratar viciados em drogas pesadas.
Ele tornou-se famoso no mundo inteiro, é recebido por presidentes e nos EUA pacientes pagam até 32 mil dólares por seu tratamento. Seu trabalho já foi notícia nos jornais "USA Today" e "Los Angeles Times" e ele também é dono de um instituto que leva seu nome em Beverly Hills, na Califórnia. Segundo seus cálculos, mais de 8 mil dependentes de drogas de 30 países diferentes já foram tratados com seu método inovador.
A técnica que Waismann desenvolveu chama a atenção por sua rapidez: toda a internação do viciado dura pouco mais de um dia. O paciente é adormecido e a equipe médica o induz uma crise de abstinência, que é imediatamente controlada. Durante os 12 meses seguintes, o paciente é medicado e, segundo Waismann, toda a dependência de drogas como a heroína é eliminada.
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Além de seu consultório em Herzlia Pituach e nos EUA, Waismann também atende na Austrália, África do Sul e em vários países europeus. Casado com uma israelense, tem cinco filhos.
O hoje famoso doutor Waismann chegou em Israel como um novo imigrante recém-formado. Ele nasceu no Leblon, no Rio de Janeiro. Seu pai, Emanuel, foi deputado do MDB, presidente da Hebraica e Macabi cariocas e da sinagoga Grande Templo Israelita. A educação na casa dos Waismann privilegiava o esporte (o médico foi campeão brasileiro de natação) e o sionismo. Todo shabat, o pai convocava os sete filhos para comentar os acontecimentos da
semana em Israel. "Na Guerra do Yom Kipur, quando eu tinha 14 anos, meu pai colocou eu e meu irmão num avião e nos despachou para cá. Trabalhamos como voluntários num kibutz para substituir os israelenses que estavam nos campos de batalha", conta o médico.
Resolveu fazer aliá uma semana depois de se formar. "No Brasil, me sentia apenas uma gota num imenso mar, enquanto Israel me parecia um país nascente. Senti que lutando por Israel eu estaria lutando por todos os injustiçados do mundo", diz.
Com 24 anos, Waismann ainda estava se adaptando ao novo país, quando estourou a Guerra do Líbano. Alistou-se numa unidade de elite do exército, a Givati, e participou durante dois anos de combates contra a guerrilha. Acabou o serviço como oficial destacado e foi condecorado por Ytzhak Rabin.
Retomou a medicina no kibutz Yad Mordechai, mas com a explosão da primeira intifada, recebeu um pedido do governo para ingressar no Yamam, uma unidade de elite anti-terror da polícia israelense. Waismann participou durante quatro anos de operações perigosas nos territórios palestinos, dando suporte médico em situações críticas e vendo a morte de vários companheiros. Após realizar uma cirurgia num colega ferido sob fogo cruzado, em Gaza, -->
recebeu uma condecoração - um troféu em forma de revólver que ele exibe em sua prateleira.
Mais informações sobre a clinica de Waismann pelo site www.megama.com