Dez gerações após a criação do primeiro homem, Adam HaRishon, seus descendentes corromperam o mundo com imoralidade, idolatria e roubos. Conseqüentemente, Dus resolveu mandar um dilúvio que destruiria a todos os habitantes da Terra com exceção de Noach, o único homem justo de sua era, sua família, e número suficiente de animais para reabitar a Terra.
Dus instrui Noach a construir uma Arca para escapar do Dilúvio. Depois de quarenta dias e quarenta noites, o dilúvio inunda toda a Terra, incluindo o topo das mais altas montanhas. Após 150 dias, a água começa a ceder. No dia dezessete do sétimo mês, a Arca pára no Monte Ararat. Noach manda inicialmente um corvo e posteriormente uma pomba para ter certeza que as águas evaporaram. A pomba retorna. Uma semana depois, Noach envia outra vez uma pomba, que volta na mesma noite com um galho de oliveira no seu bico. Após outros sete dias, Noach novamente envia uma pomba que desta vez não retorna. Dus diz para Noach e sua família saírem da Arca. Noach oferece sacrifícios para Dus dos animais que viajaram na Arca com este propósito. Dus promete nunca inundar o mundo novamente e mostra o arco-íris como sinal de seu pacto.
Agora Noach e seus descendentes são permitidos comer carne, ao contrário de Adam. Dus ordena as Sete Leis Universais: a proibição contra idolatria, adultério, roubo, blasfêmias, assassinato, comer a carne de um animal vivo e a instituição de um sistema legal.
O clima do mundo, como conhecemos hoje em dia, é estabelecido. Noach planta um vinhedo e fica embriagado com seu fruto. Cham, um dos filhos de Noach, fica feliz em ver seu pai bêbado e desnudo. Porém, Shem e Yafet, andando de costas, sem olhar para seu pai desnudo conseguem cobri-lo. Devido a esse incidente, Cham é amaldiçoado á ser escravo de escravos.
A Torá lista os filhos de Noach, três filhos dos quais descenderam as setenta nações do mundo. A Torá recorda a história da Torre de Bavel, que resultou em Dus ter fragmentado a comunicação em muitas línguas e a dispersão dos povos pelo mundo. A Parashá conclui com a genealogia de Noach a Avraham.
Sabemos tomar decisões
Em Pirkei Avot está escrito: O que e que nos alegra? Tomar decisões. Primeiramente temos de nos dar conta de que a vida é tomar decisões. A cada instante estamos decidindo, o que fazer, o que comer, o que vestir, o que estudar, etc.
De acordo com nossas decisões transcorre nossa vida. Se as decisões que tomamos são corretas, os resultados são bons, senão, os resultados são ruins. Na Torá está escrito: Tudo está nas mãos do céu exceto o temor à Dus (Brachot, 33b). Isto quer dizer que Dus nos deu livre arbítrio. Através de nosso livre arbítrio podemos decidir qualquer coisa. Dus não interfere em nossa escolha. Ele somente coloca uma situação e nós decidimos o que fazer nela. O resultado depende de nós, de acordo com o caminho escolhido para resolvê-la.
Viver é crescer; estamos aqui para superar-nos. Cada decisão nos leva a sermos melhores ou não. Muita gente muda sua vida em um minuto, se casa deixa uma carreira, muda de trabalho, etc. Tomar esta classe de decisões apressadamente, pode chegar a ser trágico. As conseqüências podem custar muito caro.
Às vezes, por comodidade, por não nos esforçarmos suficientemente, não procuramos o melhor. E muitas outras vezes, nem sequer tomamos uma decisão, o que é como tomar uma má decisão. A pergunta é, como tomamos uma decisão?
Em primeiro lugar devemos assimilar certos conceitos. Devemos ser realistas diante da sabedoria. Escutar a quem nos pode ensinar a encontrar aquilo que estamos procurando. Estarmos abertos para ouvir alguém que traz uma nova informação que pode nos fazer mudar uma decisão para melhor , já que nosso objetivo deve ser buscar a verdade.
Nossos Sábios nos ensinaram: Seja um juiz , não um advogado. Isto significa que quando vamos tomar uma decisão, devemos ser como um juiz com nós mesmos, analisarmos a situação, procurarmos suficiente informação, evidências, calcularmos os riscos, tomarmos precauções, basearmos nossa decisão em valores e fator reais e verdadeiros, e não deixarmos que fatores externos nos influenciem.
Pelo contrario, se somos advogados, apenas buscaremos criar provas para defender uma idéia que em realidade não sabemos verdadeiramente se é correta ou não.
Geralmente, sempre temos uma opinião formada sobre temas externos e gostamos de dar conselhos aos outros, mas quando temos de dar uma opinião sobre nossas próprias vidas, nos apressamos e tomamos uma decisão rapidamente. A princípio, é um pouco difícil tomarmos o tempo para decidir, mas assim como quando aprendemos a dirigir, começamos devagar e cuidadosamente até nos acostumarmos, com a prática também vamos a chegar a tomar as decisões corretas mais rapidamente.
Por que devemos tomar tantas precauções? A resposta é clara. O ser humano se equivoca, comete erros. E o pior nesses erros é decidir não corrigi-los e persistir em uma idéia sem fundamento.
E por isso que a Torá é tão imprescindível, já que nos ensina como nos corrigir.
Para concluir, nos perguntamos qual é a decisão mais importante de nossas vidas. Nossos Sábios nos ensinam que a decisão mais importante é nos perguntar para que vivemos e buscarmos a resposta, para assim escolhermos sem perda de tempo o caminho a seguir.
Dilúvio uma lição para os nossos dias
Na Parashá desta semana, nós lemos sobre a inundação do dilúvio e a teivá (arca de Noach). A palavra hebraica teivá tem dois significados. O primeiro é "Arca", como a arca que Dus comandou Noach a construir, e segundo é "Palavra", assim como as palavras em nosso sidur de reza e no chumash da Torá.
As instruções que Dus deu para Noach sobre a teivá também nos ensinam sobre as palavras de nosso davening (reza, tefilá) e limudei kodesh (estudo). Dus diz a Noach bo el hateivah "Entra na teivá". Nós podemos aprender disto que quando nós fazemos daven e estudamos, nós não devemos nos apressar através das palavras. Nós devemos "Entrar na teivá" colocar a nós mesmos nas palavras através do aprofundar de nossas mentes e corações em seu sentido.
Dus também disse a Noach tzohar ta'aseh lateivah "Você deve fazer luz para a teivá". Noach construiu uma janela que permitia a entrada de luz na teivá. Nós também devemos fazer seguras nossas teivot nossas palavras de davening e estudo de que sejam brilhantes. Elas deveriam brilhar como a luz do esplendor de nossa neshamá.
Mais adiante, a Torá descreve como a teivá flutuou nas águas. Vatorom hateivah - "e a teivá foi levantada". O jorrar das águas do dilúvio são como o mundo ocupado em torno de nós. Quando nós pomos a nós mesmos nas palavras de nosso davening e estudo, essas palavras santas nos elevam acima do mundo.
Nós iniciamos nosso dia com bo el hateivah, pondo nossas mentes e corações em nosso davening e estudo. Nós fazemos essas palavras brilharem com a luz de nossa neshamá, e como nos concentramos nestas palavras santas, nos sentimos elevados. Nós não mais ficamos aborrecidos por todas as coisas que acontecem no mundo em torno de nós.
Então, nós estamos prontos para ir a nossas atividades diárias, expandindo a luz de nosso davening e ensinando todos ao redor. Isto é o que nós aprendemos do próximo comando de Dus para Noach: Tzei min hateivah "Saia da teivá". Dus diz para Noach "Seja frutífero e multiplique-se, governe a terra e conquiste-a". Nós também podemos conquistar o mundo para a Torá, expandindo a santidade de Dus em tudo o que nós fazemos.
E mais, nossos Sábios nos disseram que a teivá de Noach era como a época de Mashiach. Quando Mashiach vier, leões, tigres, e outros animais selvagens vão conviver lado a lado com carneiros e bodes, justo como eles fizeram dentro da teivá de Noach. Quando Noach deixou a teivá, seu trabalho era levar aquele ambiente com ele, e não fazer somente a arca, mas o mundo inteiro pronto para Mashiach.
Derech Eretz: Não diga palavrões!
E dos animais puros e dos animais que não são puros que vierem a Noach e para a arca, dois a dois (Gênesis, 7:8)
O que nos ensina o passuk acima? O comentarista Rashi traz a seguinte explicação:
A palavra impuro seria muito mais sucinta e direta do que a expressão empregada em nosso passuk: ...que não são puros. Então nos parece que a Torá saiu de seu caminho utilizando 8 letras extras para escrever esta expressão em hebraico aparentemente somente para evitar uma palavra desagradável. Porém, sabemos que a Torá é sempre concisa e exata, não sobrando ou faltando letras e palavras. Então, qual é a mensagem aqui contida?
Aqui nos responde o comentarista Rashi que assim como a Torá deu o exemplo de não se usar palavras que podem ser de cunho impróprio, também devemos seguir este exemplo e não usarmos palavras inadequadas palavrões!
e leve ao forno por uns 15 minutos para dourar.
Quando o arco-íris vai brilhar?
Nossa porção da Torá também nos conta sobre o estado final de repouso e satisfação a ser alcançado na era quando "Não haverá nenhuma escassez nem guerra, nem inveja e nem competição, pois coisas boas vão fluir em abundância". [Mishnê Torá, Hilchot Melachim]
Na arca estavam leões, tigres, e outros predadores e ainda, eles moraram em paz com outros animais, antecipando o cumprimento da profecia, [Isaias, 11:6] " O lobo vai habitar com cordeiro, e o leopardo vai deitar junto com o cabrito".
Manifestando estas qualidades em nossa conduta atualmente, nós podemos precipitar a vinda desta época. E então como Noach e seus filhos, nós vamos merecer o brilhar do arco-íris com cores brilhantes. Assim como o Zohar [vol.I, pg.72b] cita: "O arco-íris reflete os segredos espirituais .... Quando você vê o arco-íris brilhando com cores brilhantes, espere pela vinda de Mashiach".
A Parashat HaShavua (porção da leitura da Tora desta semana) é chamada de Noach Noé. Está parashá começa narrando o evento do dilúvio... Dez gerações após a criação do primeiro homem, Adam HaRishon, seus descendentes corromperam o mundo com imoralidade, idolatria e roubos. Conseqüentemente, Hashem resolveu mandar um dilúvio que destruiria todos os habitantes da Terra com exceção de Noach, o único homem justo de sua era, sua família, e número suficiente de animais para reabitar a Terra.
Hashem instrui Noach a construir uma Arca para escapar do Dilúvio. Depois de quarenta dias e quarenta noites, o dilúvio inunda toda a Terra, incluindo o topo das mais altas montanhas. Após 150 dias, a água começa a retroceder. No dia dezessete do sétimo mês, a Arca pára no Monte Ararat. Noach manda inicialmente um corvo e posteriormente uma pomba para ter certeza que as águas evaporaram. A pomba retorna.
Uma semana depois, Noach envia outra vez uma pomba, que volta na mesma noite com um galho de oliveira no seu bico. Após outros sete dias, Noach novamente envia uma pomba que desta vez não retorna. Hashem diz para Noach e sua família saírem da Arca. Noach oferece sacrifícios para Hashem dos animais que viajaram na Arca com este propósito.
Hashem promete nunca inundar o mundo novamente e mostra o arco-íris como sinal de seu pacto.
Agora Noach e seus descendentes são permitidos comer carne, ao contrário de Adam. Hashem ordena as Sete Leis Universais: a proibição contra idolatria, adultério, roubo, blasfêmias, assassinato, comer a carne de um animal vivo e a instituição de um sistema legal.
O clima do mundo, como conhecemos hoje em dia, é estabelecido. Noach planta um vinhedo e fica embriagado com seu fruto. Cham, um dos filhos de Noach, fica feliz em ver seu pai bêbado e desnudo. Porém, Shem e Yafet, andando de costas, sem olhar para seu pai desnudo conseguem cobri-lo. Devido a esse incidente, Cham é amaldiçoado á ser escravo de escravos.
A Tora lista os filhos de Noach, três filhos dos quais descenderam as setenta nações do mundo. A Tora recorda a história da Torre de Bavel, que resultou em Hashem ter fragmentado a comunicação em muitas línguas e a dispersão dos povos pelo mundo. A Parashá conclui com a genealogia de Noach a Avraham.
Afinal, Qual é a Idade?
Os cientistas refutam continuamente nossa crença de que o mundo tem menos de seis mil anos de idade. Seus argumentos são apoiados pelos muitos fósseis que têm sido achados e datados de milhões de anos.
Como pode nossa fé conciliar-se com as descobertas científicas?
Em primeiro lugar, seres humanos que usam meios e medidas falíveis podem errar, enquanto a Torá, outorgada por Dus, não desenvolvida pela mente humana, é mais acurada.
Há muitas outras explicações que podemos oferecer para eliminar a aparente contradição entre a Ciência e a Torá.
De acordo com o Talmud, Dus criou um mundo já pronto. As pedras surgiram com características de milhões de anos de idade (o que, no entanto, não significa que o mundo tenha sido criado há milhões de anos). As árvores estavam totalmente crescidas, produzindo frutos, não apenas sementes. Os animais apareceram já desenvolvidos. Da mesma forma, Adam não foi criado como bebê recém-nascido, mas sim um homem adulto.
Além disso, Parashat Noach que conta a história do Dilúvio, nos fornece uma resposta para entendermos por que há elementos ainda passando pelo processo de transformação, o que cientificamente demoraria milhões de anos para ser completado.
Para entender as conseqüências do Dilúvio que cobriu totalmente a Terra, podemos compará-lo ao funcionamento de uma panela de pressão. Depois de pronto, sob o efeito da pressão, o alimento apresentará um aspecto de algo que foi cozido por mais tempo que o real.
Durante o Dilúvio, o mundo todo ficou sob forte pressão de águas termais por quase um ano. Conforme a Torá nos conta, a chuva, que durou 40 dias ininterruptos, iniciou-se em 17 de Mar Cheshvan no ano de 1.656 após a Criação. Nos meses seguintes, todas as águas termais jorraram, cobrindo toda a superfície, elevando-se mais de sete metros (15 amot) acima das montanhas mais altas.
Somente depois de seis meses, a água começou a refluir, processo que durou vários meses. Em 27 de Mar Cheshvan, a terra secou por completo. (O julgamento daquela geração durou um ano completo; os onze dias suplementares constituem a diferença entre o ano solar e lunar.)
Pode-se imaginar a tremenda pressão sofrida pela Terra durante todo esse período?! Assim, após o Dilúvio, todos os elementos subterrâneos apresentaram características de idade extremamente maiores do que as reais.
Resumindo: enquanto os cientistas observam a idade aparente de um fóssil por exemplo, a Torá trata da idade real do mundo que soma este ano 5765 anos.
A Haftará desta semana é uma Haftará especial que lemos quando Rosh Chodesh coincide com Shabat. Seus últimos pessukim (versículos) estão relacionados tanto com Rosh Chodesh, como com Shabat, como em tempos futuros quando o Povo visitará ao Beit HaMikdash (3º Templo) para adorar a Hashem.
A Haftará começa com uma reprimenda profética ao Povo, que dava importância ao serviço físico do Santuário, porém menosprezava seus valores conceituais. O profeta Ieshaiahu reprova aqueles que, por um lado, trazem oferendas, porém golpeiam a seu companheiro, ou que roubam o animal para o sacrifício.
Ieshaiahu proclama que Hashem, Quem criou todo o universo, não necessita do Santuário e nem de nossas oferendas. Ele ordenou fazer o serviço no Santuário para nosso benefício, como um meio para que nós expressemos nosso agradecimento e respeito, porém a virtude interna é a idéia principal. Quando isto faz falta, todo o resto não tem sentido.
Ieshaiahu narra a redenção futura que será milagrosamente rápida e instantânea, logo após todas as nações virão a Jerusalém, ao Beit HaMikdash para servir ao único e verdadeiro D'us.
O Rio Eterno
"Como um rio, Lhe levo paz a ela..." (Isaías, 66:12)
D'us declara que no futuro Ele trará paz à nação Judia como um rio.
O Talmud (Berachot, 56b) deduz, deste versículo, que aquele que sonha com um rio desfrutará de paz. O Talmud cita outros dois versículos dos quais deduz que o sonhar com um pássaro ou uma folha também são indicativo de paz.
Como se pode entender isto? A paz surge quando opostos vivem em harmonia. Uma folha simboliza paz, porque permite ao fogo e a água coexistir. Um pássaro simboliza a pacífica coexistência do físico e do etéreo, visto que um pássaro voa pelos céus e caminha sobre a terra. E um rio é o lugar aonde tanto a chuva do céu, como águas subterrâneas se encontram, e o rio conduz a água a áreas desabitadas para o uso da humanidade.
Portanto, na redenção futura, tanto a riqueza física como a abundância espiritual se farão presentes em um só lugar, e o correto e justo também será o próspero.
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