Olmert substituirá Benjamin Netanyahu, que renunciou neste domingo, em protesto pelo Plano de Desligamento de Sharon, cuja aplicação começará dia 15 de agosto.
Sharon decidiu conceder a pasta de Finanças a Olmert, que é também vice-primeiro-ministro, apesar de o ministro da Habitação, Yitzhak Herzog, ter pedido o cargo para o Partido Trabalhista.
Em sua carta de renúncia, Netanyahu afirma: "chegamos ao momento da verdade".
"Há um caminho para fazer a paz e conseguir a segurança. No entanto, uma retirada unilateral, sob fogo e sem nada em troca, não é o caminho para a paz e a segurança", acrescenta Netanyahu, em referência ao Plano de Desligamento.
Segundo Netanyahu, o regresso às fronteiras de 1967, com a evacuação dos territórios ocupados por Israel esse ano, porá a integridade de Jerusalém em perigo.
Apesar de o Governo e o Parlamento israelense terem aprovado a retirada israelense da Faixa de Gaza e da Cisjordânia, o plano se dividiu em quatro grupos de assentamentos, cuja evacuação deve ser aprovada separadamente.
A rádio israelense informou que nem os assessores de Netanyahu sabiam de sua intenção de renunciar.
Netanyahu, considerado atualmente um dos mais radicais dentro do partido governante Likud, espera poder tomar de Sharon a liderança do partido nos próximos meses.
Por sua parte, Sharon afirmou que a evacuação dos assentamentos continuará segundo o plano. Além disso, o primeiro-ministro declarou, em comunicado, que Israel continuará "com a mesma política econômica", apesar da renúncia do ministro das Finanças.
Sharon telefonou para o governador do Banco de Israel, Stanley Fischer, - nomeado por Netanyahu - para garantir que a renúncia do ministro das Finanças não afetará a política econômica de Israel nem as previsões macroeconômicas.
Após a renúncia de Netanyahu, a Bolsa de Tel Aviv fechou em queda de 5,23%.
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