por Melanie Phillips
A maneira como o mundo trata Israel nos dá uma idéia da corrupção moral global, que ignora ou ataca a verdade.
O "clube dos apoiadores" do terrorismo internacional, ou seja, a ONU, exigiu que Israel demolisse a cerca de segurança. Essa exigência se deu após a sentença do Tribunal Internacional de Justiça de Haia, que declarou a cerca ilegal. A sentença e a exigência dela derivada não são de cumprimento obrigatório.
Mesmo assim, elas têm como alvo a demonização global de Israel e sua transformação em um Estado-pária - um estágio preliminar necessário para sua destruição. Enquanto muitos cristãos americanos convictos apóiam e fortalecem Israel, a convenção geral da Igreja Presbiteriana dos EUA (www.pcusa.org) comparou Israel com "a África do Sul no tempo do apartheid" e conclamou à retirada geral de investimentos no Estado judeu.
Esses sintomas mostram que o mundo resvala cada vez mais profundamente para uma assustadora escuridão moral. Os judeus sempre foram semelhantes aos canários que os mineiros levavam para as minas subterrâneas: quando os canários morriam, os trabalhadores sabiam que o ar estava contaminado. No passado, as restrições aos judeus sempre indicaram claramente a decadência de uma sociedade e atualmente o Estado de Israel faz o papel de "canário" nas "minas" do mundo.
O tratamento dado a Israel revela uma doença mortal. O Estado de Israel é vítima de meio século de tentativas de destruição. Entretanto, seus esforços de se auto-proteger são condenados, suas ações são avaliadas de maneira distorcida e sua imagem é manipulada negativamente. Israel é avaliado segundo um padrão doentiamente parcial, para que possa ser caracterizado falsamente como um país vilão.
Enquanto olha acusadoramente para Israel, o mundo desvia o olhar ignorando o genocídio que está acontecendo no Sudão, apresentado pelos jornais como uma mera "catástrofe humanitária". Em um comentário no Telegraph, Mark Steyn captou bem essa inversão moral:
"O sistema da ONU está irremediavelmente doente e deteriorado. Enquanto seus líderes chegaram a um impasse nas discussões acerca da limpeza étnica que está acontecendo em Darfur, o Sudão foi eleito para um mandato de três anos na Comissão de Direitos Humanos da ONU. Esse não é um caso isolado, pois o Zimbábue também é membro da Comissão. A própria estrutura dessa organização, em que nações agem de acordo com interesses regionais próprios, incentiva essas afrontas à dignidade".
Essa mesma ONU exige que Israel, na luta contra a matança de seus cidadãos, não defenda a si mesmo. Esse tratamento dispensado a Israel vai muito além da decisão sobre o destino de uma certa região. Israel é estigmatizado e vilipendiado com malícia obsessiva, os ataques contra seus cidadãos são encorajados aberta ou dissimuladamente, enquanto os crimes cometidos na África são ignorados e seus perpetradores chegam a receber a honraria de se tornarem membros da Comissão de Direitos Humanos da ONU. Isso permite apenas uma única conclusão: a ONU e a ordem mundial que essa organização representa estão falidas e arruinadas.
A ONU é uma paródia obscena de uma organização mundial que deveria incentivar a paz e a justiça. Ao invés disso, ela ignora, apóia e defende o genocídio, a matança em massa, a tirania, o terrorismo e a corrupção.
seus fomentadores.
(Melanie Phillips)