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Israel está moblizado para enfrentar palestinos


Tropas do Exército israelense estão mobilizadas na fronteira da Faixa de Gaza à espera de ordens para entrar na região, enquanto a violência continua e coloca em risco o período de trégua na região.
 
No último episódio de violência, um avião não tripulado da Força Aérea israelense lançou na tarde deste domingo um míssil contra um veículo em que viajavam cinco militantes do braço armado do Hamas. Os tripulantes do veículo, que circulava pelas imediações da localidade de Beit Lahia, no norte de Gaza, conseguiram se salvar, embora o motorista tenha ficado gravemente ferido, segundo fontes médicas palestinas.
 
Os milicianos pretendiam lançar mísseis Qassam contra alvos israelenses no momento do ataque, segundo as fontes. Os grupos armados palestinos seguem disparando bombas e mísseis rudimentares contra assentamentos judeus na Faixa de Gaza e na cidade israelense de Sderot. As Forças Armadas calculam em torno de cem o número de ataques deste tipo em menos de uma semana.
 
O dia de violência começou com a morte no começo da manhã de Said Seyam, um dirigente do braço armado do Hamas, que foi atingido por um atirador de elite do Exército israelense quando estava no telhado de sua casa em Khan Yunes, ao sul da Cidade de Gaza. O Exército israelense responsabiliza Seyam por estar envolvido em numerosos ataques que provocaram a morte de israelenses, entre eles o lançamento de bombas contra alvos judeus e a detonação de explosivos em túneis subterrâneos contra forças militares.
 
Após este incidente, um militante palestino morreu atingido por forças israelenses e outro ficou ferido quando ambos tentavam entrar na colônia judia de Netzarim, também em Gaza. Depois, milicianos palestinos lançaram vários explosivos contra os assentamentos judaicos de Nevé Dekalim, Ganei Tal e Netzer Hazani, do bloco de Gush Katif, no sul da região.
 
Na colônia de Nevé Dekalim quatro israelenses ficaram feridos, dois deles gravemente, e dois menores sofreram ferimentos leves, segundo fontes militares. Mais tarde, outros cinco palestinos - entre eles uma mulher e um menor - ficaram feridos na localidade de Khan Yunes, vizinha aos assentamentos atacados, após o bombardeio de tanques israelenses.
 
Os ataques e represálias na Faixa de Gaza colocaram em risco a situação de relativa tranqüilidade vivida na região nos últimos cinco meses, e ocorrem a apenas um mês do início da desocupação das colônias judias desse território. Prevendo que as milícias palestinas continuarão com seus ataques, o primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon, afirmou neste domingo que o Exército israelense conta com "sinal verde para agir contra os terroristas palestinos e podem agir sem restrições".
 
Enquanto isso, as Forças Armadas israelenses mantêm cerca de quatro mil efetivos mobilizados ao norte e ao sul da faixa mediterrânea à espera de instruções para realizar uma possível operação. O ministro israelense da Defesa, Shaul Mofaz, afirmou durante a reunião semanal do governo que, se nos próximos dias o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, não conseguir frear os ataques do Hamas e da Jihad Islâmica contra alvos israelenses, Israel irá agir.
 
Diante do agravamento da situação, os EUA e o Egito se mobilizaram em uma tentativa para acabar com a crise. A secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, deve chegar na terça-feira à região, e o sub-comandante do Serviço Secreto do Egito, Mohammed Bojeiri, esteve reunido neste domingo em Gaza com Abbas para tentar reduzir as tensões entre a cúpula palestina e os grupos armados.
 
Analistas palestinos dizem que com os incessantes ataques contra alvos israelenses, as facções tentam minar os esforços políticos de Abbas para que a prevista desocupação israelense aconteça sem incidentes, ao mesmo tempo em que tentam debilitar o presidente da ANP em âmbito político.
 
 

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