Abu Mazen precisa controlar e até se impor aos grupos extremistas como o Hamas e o Jihad islâmico. Ambos devem coordenar entre eles todos os detalhes e etapas da retirada para que ocorra sem atos de violência que forcem respostas militares israelenses.Tem encontro marcado no dia 21, em Jerusalém.
Sim, houve o que se qualificou de novo. Israel terá de destruir tudo o que foi construído na área em que se assentaram os 8 mil israelenses.Serão cerca de 1.200 ótimas residências e , provavelmente, a agricultura de altíssima tecnologia e a sofisticada criação de vacas leiteiras de grande produtividade.
Esta decisão foi internacionalmente divulgada.Não se explicou,ou sequer especulou sobre os motivos, tão sérios que obrigaram que fosse adotada em acordo de israelenses e palestinos. Existiriam a inclinação dos colonos judeus de não entregarem o produto de esforços de décadas de trabalho aos palestinos. E,sem duvida, interesse político de Abu Mazen que, assumindo as propriedades teria de escolher os futuros ocupantes entre o milhão e meio de palestinos e as inúmeras organizações ativas em Gaza. Seria uma questão delicada e explosiva demais. A área, veio a explicação de Ramala,capital palestina, pode ser melhor empregada como espaço vazio . Também se falou de que no local, aliás de belas praias, o mais certo será construir edifícios de apartamentos para os palestinos de Gaza, a maioria sem emprego e receita.
A Faixa de Gaza é estreita,cerca de 400 quilômetros quadrados no total,. E sem muito respeito ás leis. É realmente um barril de pólvora..Ahmed Gheit, ministro do Exterior egípcio, previu a explosão caso não se anuncie, na retirada., passos futuros no processo de entendimentos.
O ritmo da retirada da Cisjordânia- a Judea e Samaria- onde se assentaram mais de 300 mil israelenses.Pode acontecer a explosão.E , conseqüentemente, uma crise maior, estendendo-se a outros paises árabes. Shimon Peres, vice-primeiro ministro, está indo ao Egito para uma conversa com o presidente Mubarak que , com eleições em futuro próximo, e popularidade declinante, tenderá logicamente a atitudes duras.Israel não é amada no mundo árabe. Os egípcios não são exceção.
A questão é que Sharon está usando todas as suas reservas de prestigio e liderança para realizar a retirada prometida. E as oposições internas ainda terão muitas semanas até a data fatal.. No domingo o Jihad islâmico matou um jovem soldado israelense num ataque na região. O Jihad, de tantos ataques suicidas, de homens bomba, não aceita cessar fogo algum com o estado judeu. Somando alhos com bugalhos, as oposições israelenses com violência palestina, as esperanças das forças israelenses resistentes são de que seja
Inviabilizada a retirada para o quê vêm fazendo o possível
Sharon não terá apoio político para nada além da operação Gaza. Já se prevê eleições nos primeiros meses de 2006. O após Gaza será problema a ser decidido pelo líder que vier a ser o chefe do governo. Só então. Até lá im irtze há shem ouim shalá , irá se levando.Se Deus quiser, numa tradução do hebraico e árabe, nada de mais grave acontecerá.. Está problemático.
Nahum Sirotsky
Israel