O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu declarou que Israel pretende assumir o controle militar total de toda a Faixa de Gaza. O anúncio foi feito antes de uma reunião do Gabinete de Segurança, na qual foi discutida a expansão das operações militares israelenses em Gaza.
Intenções declaradas de Netanyahu
Netanyahu esclareceu que, embora Israel planeje "assumir o controle de toda Gaza" para garantir sua segurança e remover o Hamas, não pretende ocupar ou governar o território permanentemente. Em vez disso, expressou o desejo de estabelecer um "perímetro de segurança" e, eventualmente, transferir a administração para "forças árabes amigas" que governariam Gaza sem ameaçar Israel e proporcionariam uma vida digna aos moradores de Gaza. No entanto, não especificou a quais forças árabes se referia ou como tal transferência seria implementada e, até o momento, nenhum país árabe concordou com tal plano.
O Gabinete de Segurança de Israel teria aprovado um plano para a ocupação militar da Cidade de Gaza, localizada na parte norte da Faixa de Gaza.
Contexto e Implicações
Essa medida marcaria uma reversão da decisão israelense de 2005 de retirar soldados e colonos de Gaza. Desde então, Israel mantém o controle sobre as fronteiras, o espaço aéreo e os serviços públicos de Gaza. Uma tomada militar completa poderia envolver operações terrestres em áreas de Gaza ainda não sob controle israelense, o que poderia levar a novos deslocamentos da população já devastada e agravar a crise humanitária.
Reações internacionais e nacionais
O anúncio recebeu críticas internacionais significativas. As Nações Unidas expressaram profunda preocupação, e vários países, incluindo Grã-Bretanha, Alemanha, Turquia e China, condenaram o plano, instando Israel a reconsiderar. Muitos estão preocupados com o aumento do derramamento de sangue, da devastação humanitária e do potencial de deslocamento em massa.
Internamente, Netanyahu enfrenta oposição, principalmente de famílias de reféns que temem que a expansão das operações militares possa colocar em risco os reféns restantes. Há também relatos de divergências dentro do exército e do governo israelense quanto à melhor forma de agir.
Condições para o fim da guerra
O Gabinete de Segurança de Israel também teria aprovado cinco princípios-chave para acabar com a guerra:
Retorno de todos os reféns restantes (acredita-se que aproximadamente 50 ainda estejam presos, com cerca de 20 vivos)
Estabelecimento de um governo civil alternativo que não seja o Hamas ou a Autoridade Palestina
A situação em Gaza continua terrível, com grupos de ajuda alertando sobre fome iminente e baixas contínuas.