O ministro das Relações Exteriores israelense disse que o anúncio é uma dádiva para o Hamas nas negociações de reféns, enquanto o ex-enviado dos EUA Michael Oren disse que isso retrata Macron como o Pétain moderno.
O ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Sa'ar, enfatizou que a ação de Macron certamente será prejudicial às negociações de reféns e cessar-fogo que Israel está liderando em relação ao Hamas, ao fortalecer a posição do grupo jihadista palestino.
"Tal presente, que o Hamas prontamente acolheu ontem à noite, só deve levar a um endurecimento de suas posições nas negociações", acusou Sa'ar. "As implicações são: prolongar a guerra, continuar o abuso dos reféns e também prolongar o sofrimento da população palestina em Gaza."
O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett gravou uma declaração em vídeo afirmando que a ideia de um Estado palestino já havia sido testada em Gaza, onde levou ao estabelecimento do regime terrorista do Hamas, cujos crimes horríveis culminaram no massacre de 7 de outubro. Bennett também sugeriu que isso desencadearia ainda mais entrincheiramento e separatismo por parte das minorias muçulmanas radicalizadas da França, levando os islâmicos a buscarem uma entidade separada no seio da França.
O historiador best-seller Michael Oren, ex-embaixador de Israel em Washington e um dos comentaristas israelenses mais influentes em assuntos atuais, também vinculou a decisão às tensões étnicas e religiosas na França e às dificuldades do país em integrar ondas de migrantes do Norte da África e de outros lugares. O veredito severo de Oren sobre Macron foi declará-lo um Philippe Pétain moderno, o líder desonrado do regime colaboracionista de Vichy.
