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Partido ultraortodoxo deixa governo israelense para exigir isenção militar

 

Partido ultraortodoxo deixa governo israelense para exigir isenção militarUm judeu ultraortodoxo fala ao telefone ao lado de um grupo de soldados em Jerusalém. Ilustração fotográfica: Raimund Andree via Pixabay

Um dos dois partidos ultraortodoxos, o Judaísmo Unido da Torá, anunciou ontem à noite sua intenção de deixar a coalizão governista devido à incapacidade do governo de aprovar uma lei que permita que judeus ultrarreligiosos evitem o serviço militar obrigatório.

As duas facções que compõem o partido decidiram ontem tomar a medida, que leva 48 horas para entrar em vigor, após rejeitarem uma nova proposta de consenso do deputado do Likud (partido do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu) responsável pela tramitação da legislação.


O Judaísmo Unido da Torá detém sete cadeiras no Knesset, o parlamento israelense, portanto, sua saída da coalizão ainda não compromete a estabilidade do governo de Netanyahu, que ainda detém 61 das 120 cadeiras na câmara.

Mas se o Shas, o outro partido ultraortodoxo, decidir seguir os passos do Judaísmo Unido da Torá, a coalizão governista cairá para 50 cadeiras, colocando em risco a continuidade do governo de Netanyahu.

Os ultraortodoxos querem que o governo aprove um plano que mantenha muitas das isenções militares para membros de sua comunidade que, desde a fundação do Estado de Israel, permitiam que judeus que estudassem em tempo integral em uma escola religiosa evitassem o serviço militar obrigatório.

Em junho de 2024, após a disposição temporária que permitia as isenções expirar (a questão nunca havia sido ratificada por lei), a Suprema Corte ordenou que as Forças de Defesa de Israel (IDF) começassem a alistar membros ultraortodoxos, forçando o governo a implementar uma proposta de lei que manteria a maioria das isenções, embora também obrigasse o alistamento de alguns membros ultrarreligiosos.

A iniciativa, no entanto, está bloqueada no Parlamento há meses, já que a deputada responsável por processá-la, Yuli Edelstein, se recusa a considerar uma proposta que não aumente significativamente o número de pessoas elegíveis para serem recrutadas pelas IDF.

A isenção militar dos ultraortodoxos é uma questão controversa em Israel, especialmente desde o início da guerra contra o grupo terrorista islâmico Hamas na Faixa de Gaza, o que levou o governo a estender a duração do serviço militar obrigatório e a mobilizar dezenas de milhares de reservistas para manter sua campanha militar. EFE e Aurora

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