Alto funcionário do governo dos EUA disse à i24NEWS: “Continuamos comprometidos com as negociações e esperamos que os iranianos se sentem à mesa de negociações em breve”

À medida que os ataques israelenses contra o Irã continuam, Teerã recorreu a canais diplomáticos secretos, buscando a ajuda de mediadores regionais em um esforço para interromper os conflitos e retomar as negociações.
Fontes familiarizadas com o assunto disseram ao i24NEWS que o Irã abordou Omã e Catar para atuarem como intermediários com os Estados Unidos, na esperança de intermediar um cessar-fogo que poria fim à ofensiva militar de Israel.
Paralelamente, a Arábia Saudita também se envolveu em esforços diplomáticos nos bastidores, trabalhando discretamente para criar condições para uma distensão e possível retomada das negociações. As múltiplas vias de mediação destacam a crescente preocupação internacional com o conflito em curso, que ameaça se agravar ainda mais e desestabilizar a região.
No entanto, autoridades americanas deixaram claro que Washington permanece firme em suas condições: qualquer avanço diplomático exigiria que o Irã aceitasse a suspensão total de suas atividades de enriquecimento de urânio. "Continuamos comprometidos com as negociações e esperamos que os iranianos se sentem à mesa de negociações em breve", disse um alto funcionário do governo americano à i24NEWS no sábado.
Até o momento, o Irã rejeitou os termos de Washington. Um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores iraniano declarou: "Enquanto os ataques do regime israelense à nação iraniana continuarem, participar de negociações com seu maior apoiador e parceiro (os EUA) será inútil". A declaração reforça a insistência de Teerã de que quaisquer negociações devem estar vinculadas à interrupção imediata das ações militares israelenses.

Enquanto isso, autoridades israelenses continuam monitorando de perto os desdobramentos diplomáticos, mas permanecem céticas quanto à disposição do Irã de se comprometer. Fontes israelenses indicaram que já estão em andamento discussões com altos funcionários do governo Trump nos EUA, levantando a possibilidade de um envolvimento americano mais profundo caso as negociações fracassem.