Grupo de hackers pró-Israel supostamente lança ataque cibernético paralisando o Banco Sepah do Irã - usado para financiar programas nucleares e de mísseis do IRGC - interrompendo caixas eletrônicos, postos de gasolina e serviços financeiros
Yoav Zitun , Lior Ben Ari |
Um ataque cibernético generalizado atingiu o Irã na tarde de terça-feira, logo após um alerta do major-general Shlomi Binder, chefe da Diretoria de Inteligência Militar da IDF, de que "mais frentes serão acionadas em breve" após o ataque bem-sucedido de Israel a Teerã .
Moradores de todo o Irã relataram não conseguir sacar dinheiro em caixas eletrônicos do Sepah Bank, uma das maiores instituições financeiras do país e um braço-chave do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC) . Ao mesmo tempo, a Iran International relatou um grande ataque cibernético contra vários bancos iranianos, realizado pelo grupo hacker pró-Israel Predatory Sparrow.
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O grupo, que já assumiu a responsabilidade por ataques à infraestrutura de combustível, aço e segurança do Irã, afirmou ter apagado completamente todos os dados do Sepah Bank. Afirmou que o banco havia sido usado para contornar sanções internacionais e financiar operações do IRGC, incluindo os programas nuclear e de mísseis do Irã.
"Este é o destino de uma instituição dedicada a sustentar as fantasias terroristas do ditador", afirmou o grupo em um comunicado, agradecendo aos "aliados" que auxiliaram na operação. A agência de notícias iraniana Fars, afiliada à Guarda Revolucionária Iraniana (IRGC), confirmou o ataque cibernético por volta do meio-dia, horário local, acrescentando que interrupções estavam sendo sentidas em postos de gasolina em todo o país.
“Há uma hora, um ataque cibernético atingiu a infraestrutura do Sepah Bank, interrompendo os serviços bancários. Como o banco oferece suporte a diversos postos de gasolina, alguns deles podem sofrer atrasos nas próximas horas. A previsão é de que o problema seja resolvido em poucas horas”, afirma o comunicado.
Segundo a Fars, o Sepah Bank desempenha um papel fundamental no apoio à rede nacional de distribuição de combustíveis do Irã, o que explica as falhas em cascata relatadas nos postos. As redes sociais iranianas compartilharam imagens de um homem alegando ter visitado 10 caixas eletrônicos e não ter conseguido sacar dinheiro em nenhum deles.
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Gen Brig Shlomi Binder (centro)( צילום: דובר צה"ל )
Em resposta à violação, a diretoria cibernética do Irã emitiu uma diretiva proibindo o uso de dispositivos conectados a plataformas de mídia social por autoridades governamentais, altos funcionários e suas equipes de segurança.
O ataque cibernético ocorreu poucas horas depois de o major-general Binder visitar bases de inteligência e elogiar suas tropas por coletar informações que "abriram o caminho para Teerã" e permitiram o assassinato do chefe de guerra do Irã.
"Em breve vocês alcançarão novas frentes", disse ele aos soldados. "Vocês provaram que podem superar barreiras e atingir qualquer alvo. Lembrem-se, não estamos lutando em apenas uma frente. Estamos em batalha contra o Irã, mas nossos olhos também estão voltados para os reféns em Gaza e para as ameaças que nossos soldados e civis enfrentam em casa."
