Israel deporta 12 ativistas radicais de esquerda que participaram de uma flotilha com destino a Gaza, incluindo a ativista climática Greta Thunberg e a eurodeputada francesa Rima Hassan. O grupo foi interceptado por forças navais e levado para Ashdod
Greta Thunberg no voo da El Al para Paris
Ministério das Relações Exteriores
Israel continuou na manhã de terça-feira o processo de deportação de ativistas anti-Israel que participaram da flotilha provocativa com destino a Gaza.
Liderando a flotilha estava a ativista climática Greta Thunberg, que foi colocada em um voo da El Al para Paris.
O embaixador da Alemanha em Israel relatou que um cidadão alemão que participou da flotilha se encontrou com autoridades consulares durante a noite e consultou assessores jurídicos.
O Ministério das Relações Exteriores da França afirmou que seis cidadãos franceses envolvidos na flotilha se encontraram com o cônsul em Israel. Um deles concordou com a deportação e foi levado de volta à França, enquanto os cinco restantes se recusaram e foram transferidos para um centro de detenção, aguardando procedimentos legais que culminarão com sua remoção do país.
Entre aqueles que se recusam a sair está a deputada francesa do Parlamento Europeu Rima Hassan, uma conhecida ativista anti-Israel que foi expulsa de Israel após tentar entrar pelo Aeroporto Ben Gurion.
O Ministro do Interior, Moshe Arbel, declarou: “Instruí a negação de entrada em Israel para 12 participantes da flotilha, de acordo com a lei, e ordenei seu retorno aos seus países de origem”.
Na noite de segunda-feira, a flotilha chegou ao Porto de Ashdod após ser interceptada pelos comandos navais Shayetet 13 enquanto tentava chegar à Faixa de Gaza. A tomada ocorreu sem resistência.
A bordo estavam 12 ativistas radicais de esquerda, incluindo Thunberg, o ator Liam Cunningham, de "Game of Thrones", e a eurodeputada Rima Hassan. O objetivo declarado da flotilha era desafiar o bloqueio marítimo a Gaza.
Após a chegada do navio em Ashdod, o Ministério das Relações Exteriores publicou uma foto de Thunberg vestindo uma camisa com uma bandeira palestina, com bandeiras israelenses ao fundo.
O Ministro da Defesa, Israel Katz, declarou: “Greta e seus companheiros de flotilha viram as imagens do massacre de 7 de outubro ao chegarem. Assim que perceberam o que era, recusaram-se a continuar assistindo.”
Ele acrescentou: “Esses ativistas da flotilha antissemita fecham os olhos para a verdade e mais uma vez mostraram que estão do lado dos assassinos em vez das vítimas, continuando a ignorar as atrocidades que o Hamas cometeu contra mulheres judias e israelenses, idosos e crianças”.
Em uma decisão política, Israel designou o Ministério das Relações Exteriores — não as IDF — para lidar com mensagens internacionais sobre o incidente, enfatizando sua natureza civil e não militar.
Mais cedo, o Ministério das Relações Exteriores divulgou imagens mostrando os ativistas recebendo comida e água. "Todos os passageiros do 'Selfie Yacht' estão seguros e ilesos. Eles receberam sanduíches e água. O show acabou", disse o ministério.