Esta decisão histórica inclui o regresso a Homesh e Sa-Nur após a revogação do desligamento, que forçou as comunidades não reconhecidas a retirarem-se.
Vista geral do assentamento de Elon Moreh, perto da cidade de Nablus, na Cisjordânia. Gershon Elinson/Flash90
O gabinete político-de segurança israelense aprovou a criação de 22 novos assentamentos na Cisjordânia, em uma decisão apresentada como histórica pelo Ministro da Defesa, Israel Katz, e pelo Ministro das Finanças, Bezalel Smotrich. Essa medida inclui o retorno histórico aos assentamentos de Homesh e Sa-Nur, no norte da Cisjordânia, após a revogação efetiva da lei de retirada de tropas nessa área. Quatro assentamentos também serão estabelecidos ao longo da fronteira leste com a Jordânia, vistos como parte do fortalecimento da espinha dorsal oriental de Israel.
"Esta decisão histórica de estabelecer 22 novos assentamentos na Judeia e Samaria [Cisjordânia] fortalece nosso domínio sobre a Judeia e Samaria, ancora nosso direito histórico à terra de Israel e é uma resposta contundente ao terrorismo palestino", disse Katz. O ministro acrescentou que "os assentamentos judaicos na Judeia e Samaria são um baluarte vital para a segurança dos principais centros populacionais de Israel" e representam "um movimento estratégico que impede o estabelecimento de um Estado palestino que possa ameaçar Israel".
Smotrich saudou o dia como "excelente para o empreendimento de assentamentos e importante para o Estado de Israel", afirmando: "O assentamento sobre o legado de nossos ancestrais é a muralha protetora de Israel – hoje demos um passo gigantesco para fortalecê-lo." Os novos assentamentos fazem parte de uma visão estratégica de longo prazo que visa reforçar a presença israelense em solo e impedir a criação de um Estado palestino, segundo autoridades. Esta decisão marca o 58º aniversário da "libertação" da Cisjordânia, segundo a terminologia oficial israelense, após a Guerra dos Seis Dias, em 1967, que pôs fim à ocupação jordaniana da Cisjordânia, imposta desde a Guerra da Independência, em 1948.
