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Capacidade de resiliência dos judeus é tema exaltado em Sessão Solene na Câmara

 

Capacidade de resiliência dos judeus é tema exaltado em Sessão Solene na Câmara



A Câmara dos Deputados realizou nesta quarta-feira (7) Sessão Solene em Homenagem à Data Nacional de Criação do Estado de Israel. 

A iniciativa foi dos deputados Marcos Pereira, Gilberto Abramo, Carla Zambelli, Messias Donato, Geovania de Sá e Greyce Elias, que compuseram a mesa junto com o embaixador de Israel, Daniel Zonshine e a Secretária-Geral da Confederação Israelita do Brasil (CONIB), Célia Parnes. Além de parlamentares, estiveram presentes representantes diplomáticos de vários países.

A defesa incondicional de Israel, os inúmeros desafios que o país enfrenta e a sua capacidade de resistir e se recuperar foram temas exaltados por todos os oradores. Assista: https://www.youtube.com/watch?v=_4M6sD99tdw

O evento teve início com a execução dos hinos de Israel e do Brasil e com a apresentação de vídeo institucional sobre a saga do povo judeu.

O presidente do Grupo Parlamenta Brasil-Israel, Gilberto Abramo presidiu a mesa.

Carla Zambelli foi a primeira a falar: “É importante lembrar que a história de Israel vai muito além desses 77 de criação do Estado judeu e que, apesar dos conflitos, lá há mais segurança do que em outros lugares. O 7 de outubro ainda é uma ferida aberta. E, como vice-presidente do Grupo Parlamentar Brasil-Israel, que reforçar que não vamos desistir de defender o Estado judeu. Criamos um site para denuncias de antissemitismo; fizemos representação junto à UnB contra manifestações anti-Israel; condenamos as narrativas de comparações com o Holocausto. Também cobrei o governo a atitude de declarar o Hamas como ele é: uma organização terrorista, assim como outros grupos, como Hezbollah e Jihad Islâmica. Atravessamos momentos difíceis no mundo, mas continuaremos lutando pela defesa do Estado de Israel”.

Messias Donato (Republicanos-ES): “Não podemos perder da memória do 7 de outubro de 2023, quando foram exterminados centenas de judeus, homens, mulheres e crianças, cruelmente assassinados. Não podemos aceitar isso como algo normal. Isso nunca será normal e não pode ser esquecido. Esperávamos um posicionamento mais firme por parte do Executivo, mas, ao contrário disso, ouvimos discursos pró-palestinos e pró-Hamas. Mas junto com parlamentares aqui presentes estaremos defendendo Israel nas nossas trincheiras políticas. Defendemos um país que é referência em várias áreas e contribui com o mundo. Colocaremos a nossa vida, se preciso for, em defesa de Israel. E não aceitaremos insultos, ofensas a Israel e ao povo judeu”.

Geovania de Sá (PSDB-SC): “Me coloco num lugar de reverência a um Estado, a um povo e ao renascimento de um povo que passou uma dor inimaginável e se refez. Israel é a raiz da fé, é solo santo, é herança divina. Foi alvo de muitas injustiças e perseguições. A criação do Estado foi uma resposta ao Holocausto, onde seis milhões de judeus foram exterminados. Holocausto é uma ferida que ainda sangra na história da humanidade. Jamais permitiremos que essa dor se repita. Mas em 7 de outubro de 2023 o país sofreu outro golpe cruel. Eu estive lá e pude ver a destruição na região atacada, mas pude ver também a capacidade do povo de resistir, de lutar, de viver. Faço aqui um compromisso público: continuarei a erguer minha voz em defesa do povo judeu e digo à comunidade judaica: vocês não estão sozinhos”.

Gilberto Abramo (Republicanos- MG): “Celebrar o aniversário do Estado de Israel é, antes de tudo, reconhecer a longa trajetória de resistência de um povo que, ao longo dos séculos, enfrentou perseguições, expulsões e massacres — não por algo que fez, mas simplesmente por aquilo que era. Essa perseguição não começou nos campos de concentração. Começou de forma silenciosa: com palavras, caricaturas, insinuações. Nasceu nos jornais, nas universidades, nas tribunas públicas. Cresceu sorrateiramente, escondida nas entrelinhas, alimentada por discursos ambíguos e pela indiferença. A barbárie do século passado não começou com assassinatos em massa. Começou com a deslegitimação de um povo. Ridicularizaram sua fé, questionaram sua lealdade, restringiram seus direitos, desumanizaram sua existência. Quando o mundo percebeu o que estava em curso, já era tarde demais. O Holocausto não foi um surto repentino de loucura — foi a consequência de uma construção longa e perversa de preconceito sistematizado. Foi a soma de pequenas permissões, de omissões calculadas, de desculpas ideológicas. E mesmo após o horror do Holocausto, quando o mundo jurou “nunca mais”, o povo judeu teve de lutar mais uma vez — agora pela própria existência. A história nos ensinou como isso começa. Portanto, celebrar a criação de Israel é celebrar o compromisso inegociável com a defesa do país. O antissemitismo é um sinal de que a sociedade está adoecendo e a memória exige vigilância constante. A história não nos dá o direito de alegar surpresa. Ela já nos ensinou como essas tragédias começam. Começam assim: na tolerância ao intolerável. No silêncio diante da injustiça. Na aceitação passiva da desumanização. Celebrar o aniversário de Israel é, portanto, mais do que festejar a fundação de um Estado. É renovar, diante da história e diante do futuro, o compromisso inegociável com a dignidade humana. É lembrar que a liberdade e o direito à vida precisam ser defendidos todos os dias — porque, se não forem, serão, cedo ou tarde, ameaçados. O antissemitismo não é apenas um ataque ao povo judeu. É um sinal de que a sociedade como um todo está adoecendo. De que os pilares da civilização — o respeito, a justiça, a verdade — estão sendo corroídos. Hoje, celebramos a vida. Mas celebramos também com a consciência de que a liberdade, a memória e a dignidade exigem vigilância permanente. Que a história não tenha que se repetir”.

Celia Parnes declarou: Estimado deputado Gilberto Abramo, presidente desta sessão, e em nome de quem cumprimento a todos os parlamentares da casa presentes. Nesse ato, represento também o presidente da CONIB, Claudio Lottenberg. A Declaração de Independência do Estado de Israel foi proclamada às 16 horas do dia 14 de maio de 1948, no edifício que hoje abriga o Museu da Independência.  E celebrar a independência de Israel é importante porque representa a realização de um sonho secular de um povo, o meu povo, que sofreu perseguições ao longo da história sem nunca ter tido um território fixo. A fundação de Israel simboliza o direito à autodeterminação e a esperança de um futuro seguro para nós judeus, após sofrimentos históricos por mais de 2000 anos, culminando no Holocausto. Importante destacar a participação nesse contexto do eminente diplomata brasileiro Oswaldo Aranha, que, na presidência da assembleia geral da ONU, levando em conta a realidade demográfica da região, aprovou a partilha da terra em dois estados, um judeu e outro árabe. Apenas os judeus aceitaram a partilha. Desde então, o Estado judeu vem enfrentando inúmeros conflitos e ameaças de países vizinhos. Hoje, dia 07/05/2025 Israel continua em guerra, desde o ataque brutal do dia 07/10/2023. A CONIB defende a legitimidade e a existência do Estado de Israel e reconhece o caráter democrático do Estado judeu. O governo israelense reflete o desejo da maioria da população do mundo. É um governo democraticamente eleito. E a democracia é um valor fundamental tanto para Israel como para o Brasil. Além de ambos os países defenderem valores comuns, as relações bilaterais têm fundamental importância para a troca de experiências e intercâmbios, o que já ocorre em várias áreas. O que não se justifica(!) é que doutrinas ideológicas de diferentes governos afetem essa afinidade histórica. Israel não deveria precisar justificar a sua legitimidade o tempo todo, assim como nenhum outro país faz. Israel almeja e sonha com a Paz, desde sempre. Hoje, o país conta com 10 milhões de cidadãos entre judeus, árabes cristãos, muçulmanos, drusos, beduínos e outros em convivência harmoniosa.  Israel não é uma sociedade perfeita, mas está sempre buscando contribuir para o mundo em várias áreas, especialmente saúde, tecnologia, educação, agro, segurança e na minha área, desenvolvimento social. Portanto, Hoje é um dia de celebrar a participação destes parlamentares e deputados aqui presentes, e do Congresso Brasileiro em marcar a data de criação desse pais tao especial , que se ergue altivo , representando a única democracia de todo o Oriente Médio.

O embaixador Daniel Zonshine agradeceu aos presentes e pela oportunidade de participar de uma homenagem ao seu país: “É uma grande honra estar aqui neste momento. Israel completa 77 anos e com capacidade de resistir a guerras e ameaças. Hoje Israel é exemplo de desenvolvimento em vaias áreas; medicina, cultura e tecnologia. Conseguiu transformar desvantagens em pontos fortes, como a falta de água. A economia é voltada à busca de soluções. Estamos numa guerra pelo direito de viver em paz e criar nossos filhos em segurança. Nossos direitos estão sendo questionados em várias partes do mundo, sem o prévio conhecimento de quem somos e como chegamos atém aqui. Mas aqui me sinto em casa, nossa conexão com o povo brasileiro é profunda. E temos uma ligação histórica, marcada pela participação do diplomata brasileiro Oswaldo Aranha como presidente da sessão da ONU que aprovação a criação do Estado de Israel. Gostaria de falar sobre a esperança de termos de volta nossos cidadãos feitos reféns. Acredito que com o apoio dos membros desta Casa podemos superar parte dos nossos problemas”.

O cantor Beto Barzilay destacou “a resiliência, a alegria e a teimosia dos judeus em serem otimistas”. E cantou com emoção e participação do público as canções” Am Israel Chai” e “Paz sobre Israel”.

Pastor Isaac Brum, filho da cantora Fernanda Brum, destacou: “Israel sempre esteve no meu coração. A Torá nos diz que bendito serão os que te abençoarem e malditos os que te amaldiçoarem. Aqui eu vejo um grande milagre: todos os inimigos que se levantaram contra Israel e os judeus caíram. E o povo judeu continua de pé, sobrevivendo”.

Marcelo Crivella (Republicanos-RJ): “Como cristão não posso deixar de lembrar os 77 anos de Israel. Que Deus abençoe o Estado de Israel”

Deputada GREYCE ELIAS (Avante-MG): Precisamos honrar Israel, porque é a terra escolhida. Este é um marco não apenas para Israel, mas para todos que creem na fé. Osvaldo Aranha pavimentou esse caminho. Israel sobrevive ao longo da história por benção de Deus e e de milagres Ergueu-se uma nação livre e economicamente pujante, brilhante. Israel é um farol de resistência e de fé no cenário internacional. Agradeço aos que uniram a mim neste requerimento. Viva Israel!”

Deputada Adriana Ventura (Novo-SP): “É lamentável ver os ataques, que não deixam de ser também terroristas, em narrativas contra Israel. O meu comprometimento é com a defesa do Estado de Israel e essa democracia pujante que é exemplo de luta e de empreendedorismo. Am Israel Chai!”

Deputado Coronel Girão (PL-RN): “Respeito e soberania são aspectos inegociáveis para existência de um povo. Depois do Holocausto, esperávamos que nunca mais iriam acontecer episódios de violência contra o povo judeu, como ocorreu em 7 de outubro. Portanto, é legitimo o direito de Israel de se defender de atos terroristas”.

Deputado Pastor Claudio Mariano (União-PA): “Em nome de nosso colegiado, quero cumprimentar Israel, um marco histórico que simboliza o renascimento de uma nação em sua terra natal, um refúgio para o povo judeu, uma luz de esperança em uma região marcada por desafios. O nosso apoio a Israel é incondicional e a nação é exemplo para o mundo de como a fé e a coragem de um povo podem reconstruir o que foi perdido. Shalom!


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