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O abismo moral entre Israel e o Hamas

“O abismo moral entre Israel e o Hamas” - Fundada em 1948, a CONIB – Confederação Israelita do Brasil é o órgão de representação e coordenação política da comunidade judaica brasileira. 

“O abismo moral entre Israel e o Hamas”
Em artigo publicado no site O Antagonista, o presidente da Confederação Israelita do Brasil (CONIB), Claudio Lottenberg, comenta as imagens chocantes dos reféns recém libertados pelo Hamas que remetem a um dos capítulos mais sombrios da história: a condição em que foram encontrados sobreviventes nos campos de concentração nazistas. Leia a íntegra do texto a seguir:
“As imagens dos reféns libertados pelo Hamas são chocantes e remetem imediatamente a um dos capítulos mais sombrios da história: a libertação dos sobreviventes dos campos de concentração nazistas. Rostos abatidos, corpos esquálidos, olhares vazios – marcas visíveis de meses de privação, medo e desumanização. O mundo já viu essas cenas antes, e, como naquela época, há aqueles que tentarão relativizar ou mesmo negar o horror que foi imposto a essas vítimas.
Foi exatamente para evitar que a história fosse reescrita por conveniências políticas que Winston Churchill ordenou que se fotografasse e documentasse cada evidência dos campos de extermínio. Ele sabia que, um dia, alguém tentaria negar os crimes nazistas. Hoje, as imagens dos reféns israelenses libertados cumprem esse mesmo papel. São registros irrefutáveis da crueldade a que foram submetidos, um testemunho silencioso contra qualquer tentativa de minimizar ou justificar sua tortura e sofrimento.
E, no entanto, há uma perversidade adicional neste capítulo da história: os reféns, civis inocentes sequestrados de suas casas, estão sendo trocados por criminosos condenados que receberam tratamento humano nas prisões israelenses. Enquanto crianças e idosos voltam desnutridos, traumatizados e irreconhecíveis, os prisioneiros palestinos soltos estavam bem alimentados, saudáveis e jamais foram submetidos a tortura sistemática. Essa troca, desigual em todos os aspectos, revela não apenas o abismo moral entre as partes, mas também a hipocrisia de quem insiste em equipará-las.
Diante dessas evidências, a reação da comunidade internacional deveria ser inequívoca. Mas o que se vê é um silêncio ensurdecedor. Organizações e governos que rapidamente condenam Israel por qualquer ação defensiva agora limitam-se a ‘documentar’ a situação, a expressar preocupações vagas e a buscar um falso equilíbrio moral. O mesmo mundo que se indigna seletivamente com Israel parece incapaz de reconhecer que o terrorismo não pode ser relativizado.
Essa inversão de valores é alarmante. A sociedade da liberdade e da democracia, dos direitos humanos e do respeito à diversidade, parece estar cedendo espaço ao totalitarismo, à intolerância e à submissão ao terror. Quem se cala diante disso, principalmente aqueles em posições de liderança global, não pode alegar ignorância. A omissão diante do óbvio os torna cúmplices de um processo vergonhoso que será cobrado pela história. E quando esse julgamento vier, não haverá desculpas aceitáveis.”

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