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Israel acusa Hamas de assassinar irmãos Bibas e não devolver corpo da mãe


Israel acusou nesta sexta-feira (21) o movimento palestino Hamas de ter assassinado os irmãos Ariel e Kfir Bibas durante o seu cativeiro em Gaza e de entregar o corpo de uma pessoa desconhecida, e não o de sua mãe Shiri, que tem origem argentina.
Israel acusa Hamas de assassinar irmãos Bibas e não devolver corpo da mãe



No âmbito do acordo de trégua em Gaza, o Hamas entregou nesta quinta-feira (20) quatro corpos que, segundo o movimento islamista, pertenciam aos três integrantes da família Bibas e ao jornalista aposentado israelense Oded Lifshitz.

Shiri e seus filhos Ariel e Kfir, que tinham quatro anos e oito meses quando foram sequestrados em 7 de outubro de 2023, se transformaram em um símbolo dos reféns tomados pelo Hamas. Seu pai, também sequestrado, foi libertado em 1º de fevereiro.
O movimento islamista palestino sempre afirmou que a mulher e os dois meninos morreram em um bombardeio israelense em Gaza em novembro de 2023, mas Israel nunca confirmou essa informação e seus familiares ainda tinham esperança de que pudessem estar vivos.

Nesta sexta, horas depois da entrega, um porta-voz do Exército israelense, Avichay Adraee, assegurou que a análise dos corpos e das informações disponíveis indicam que "Ariel e Kfir Bibas foram brutalmente assassinados em cativeiro em novembro de 2023 por terroristas palestinos".
Em seu comunicado, o porta-voz denunciou também que "o corpo adicional não é o de sua mãe, Shiri, nem o de nenhum outro refém israelense". Trata-se de um corpo "não identificado", garantiu Adraee, que acusou o Hamas de "violação flagrante" do acordo de trégua em Gaza.


"Pedimos ao Hamas que devolva Shiri Bibas, bem como todas as pessoas sequestradas", insistiu.
'Nossos corações estão destroçados'
Desde a sua entrada em vigor em 19 de janeiro, o acordo de trégua em Gaza interrompeu mais de 15 meses de combates devastadores e permitiu a libertação de 19 reféns israelenses em troca de mais de 1.100 palestinos presos em instalações de Israel.
A troca desta quinta esteve envolta em polêmica devido à cerimônia preparada pelo Hamas para a entrega dos quatro corpos ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) em Khan Yunis, no sul de Gaza.
Milicianos do movimento islamista no poder na Faixa expuseram os caixões em um estrado sob uma imagem do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu representado como um vampiro sedento de sangue.
Cada caixão continha uma foto do falecido. E perto deles, pequenas réplicas de mísseis brancos com a mensagem "foram assassinados por bombas americanas".

"Estamos todos furiosos com os monstros do Hamas", respondeu Netanyahu. "Vamos trazer de volta todos os nossos reféns, destruiremos os assassinos, eliminaremos o Hamas e, juntos, com a ajuda de Deus, garantiremos o nosso futuro", acrescentou.
"O desfile dos corpos que vimos nesta manhã é abominável e cruel, e vai contra o direito internacional", denunciou Volker Türk, o Alto Comissário da ONU para os Direitos Humanos.
O CICV, por sua vez, insistiu em que a devolução dos reféns mantidos em Gaza deve "ser realizada em privado".
Após a entrega dos corpos a Israel, antes do comunicado do Exército sobre Shiri Bibas, milhares de pessoas fizeram um minuto de silêncio em Tel Aviv, conforme constatou um jornalista de AFP.
"É um dos dias mais difíceis desde 7 de outubro", disse Tania Coen Uzzielli, junto a cerca de 100 pessoas em Tel Aviv.
"Nossos corações, os corações de toda a nação, estão destroçados", declarou o presidente israelense, Isaac Herzog. "Perdão por não ter protegido vocês naquele dia terrível. Perdão por não os ter trazido para casa com vida."
Israel também se viu impactado por várias explosões em alguns ônibus na cidade de Bat Yam, no centro de seu território, que a polícia investiga como um "possível atentado terrorista".
A ação, que não deixou feridos, levou o ministro da Defesa Israel Katz a ordenar "intensificar" as operações militares na Cisjordânia, um território palestino ocupado por Israel desde 1967, onde a violência tem-se agravado desde a eclosão da guerra em Gaza.

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