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Quem é Abu Mohammed al-Golani, chefe do grupo rebelde sírio HTS

 

O sírio lidera seus combatentes em uma longa ofensiva contra o governo de Bashar al-Assad, reacendendo a longa guerra civil do país.


Foto sem data divulgada por um grupo militante em 2016 mostra Abu Mohammed al-Golani — Foto: Militant UGC via AP/Foto de arquivo

Foto sem data divulgada por um grupo militante em 2016 mostra Abu Mohammed al-Golani — Foto: Militant UGC via 

Foto sem data divulgada por um grupo militante em 2016 mostra Abu Mohammed al-Golani — Foto: Militant UGC via AP/Foto de arquivo

Foto sem data divulgada por um grupo militante em 2016 mostra Abu Mohammed al-Golani — Foto: Militant UGC 



Nos últimos doze anos, o chefe militante sírio Abu Mohammed al-Golani trabalhou para reformular sua imagem pública e a insurgência que comanda, renunciando a laços de longa data com a al-Qaeda e consolidando o poder antes de emergir das sombras. 

 Agora, al-Golani, 42, busca aproveitar o momento mais uma vez, liderando seus combatentes em uma ofensiva impressionante que colocou sob seu controle a maior cidade da Síria, reacendendo a longa guerra civil do país e levantando novas questões sobre o controle do presidente Bashar al-Assad sobre o poder.

A ofensiva e o papel de al-Golani nesta liderança são evidências de uma transformação notável. O sucesso de al-Golani no campo de batalha é resultado de anos de manobras entre organizações extremistas, enquanto eliminava concorrentes e antigos aliados.

Ao longo do caminho, ele se distanciou da al-Qaeda, aprimorando sua imagem e a do grupo extremista que lidera, o "governo de salvação", em uma tentativa de conquistar governos internacionais e as minorias religiosas e étnicas do país.

Apresentando-se como um defensor do pluralismo e da tolerância, os esforços de reformulação da marca de al-Golani buscaram ampliar o apoio público e a legitimidade de seu grupo.

Ainda assim, fazia anos que as forças da oposição da Síria, baseadas no noroeste do país, não faziam progressos militares substanciais contra Assad. O governo do presidente sírio, com apoio do Irã e da Rússia, manteve o controle de cerca de 70% do país, em um impasse que deixou al-Golani e seu grupo jihadista Organização para a Libertação do Levante (HTS, na sigla local) fora dos holofotes.

Mas a investida dos rebeldes em Aleppo e cidades próximas, ao lado de uma coalizão de grupos armados apoiados pela Turquia, chamada de Exército Nacional Sírio, abalou a tensa trégua na Síria e deixou os vizinhos do país, como Jordânia, Iraque e Líbano, preocupados com o risco do conflito se espalhar.



Rebeldes sírios indo em direção de Damasco para derrubar Assad em 7 de dezembro de 2024 — Foto: Aref Tammawi/AFP

Rebeldes sírios indo em direção de Damasco para derrubar Assad em 7 de dezembro de 2024 — Foto: Aref Tammawi/AFP

Os primórdios de al-Golani no Iraque

Os laços de al-Golani com a al-Qaeda remontam a 2003, quando ele se juntou a extremistas que combatiam tropas americanas no Iraque. Natural da Síria, ele foi detido várias vezes pelo exército dos EUA, mas permaneceu no Iraque. Durante esse período, a al-Qaeda assumiu grupos de pensamento semelhante e formou o Estado Islâmico do Iraque, liderado por Abu Bakr al-Baghdadi.

Em 2011, uma revolta popular contra Assad da Síria desencadeou uma repressão brutal do governo, levando a uma guerra total. A proeminência de al-Golani cresceu quando al-Baghdadi o enviou à Síria para estabelecer um braço da al-Qaeda chamado Frente Nusra. Os Estados Unidos classificaram o novo grupo como organização terrorista, designação que permanece até hoje, oferecendo uma recompensa de US$ 10 milhões por informações sobre ele.



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