
As famílias dos sequestrados mantidos em Gaza por mais de 400 dias continuaram uma série de manifestações exigindo que o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, assinasse o acordo de cessar-fogo com reféns. Manifestantes, reunidos em frente à residência de Netanyahu em Jerusalém, dizem que os reféns não conseguirão sobreviver a outro inverno em cativeiro, após um relatório médico divulgado pela equipe de saúde do Hostages and Missing Families Forum na quarta-feira. De acordo com o relatório, alguns dos sequestrados perderam cerca de metade do peso corporal devido à falta de comida no cativeiro.

"Não precisamos de um relatório médico para saber o óbvio: os reféns não sobreviverão ao frio congelante nos túneis em Gaza. Enquanto Netanyahu e sua equipe estão ocupados com operações de conscientização contra os cidadãos do país, 101 sequestrados estão morrendo em condições impossíveis", dizia a declaração compartilhada pelos organizadores.
"Esta semana, vimos Sasha Trupanov, há dezenas em Gaza que ainda estão vivos, que podem ser trazidos para casa antes que seja tarde demais. Há dezenas de outros que precisam retornar para um enterro adequado."
"Netanyahu desistiu dos reféns para uma guerra sem fim; ele sacrificou o país por seus parceiros extremistas", declararam os manifestantes. Eles estão exigindo a assinatura imediata do acordo que poria fim à guerra de Gaza.
De acordo com a declaração dos organizadores, familiares dos reféns Avner Goren e da falecida Maya Goren, Ofer Kalderon e do falecido Yoram Metzger participaram da manifestação.