O líder rebelde iemenita Abdul-Malik Badruldeen al-Houthi deve fazer um discurso no domingo prometendo retaliação contra Israel após o míssil cair no centro do país.
Os Houthis voltaram às manchetes no domingo após um míssil balístico iemenita atingir o centro de Israel . No entanto, suas ameaças não pararam desde que se juntaram à luta contra Israel como uma "frente de apoio" aos palestinos após o ataque do Hamas em 7 de outubro.
O oficial do Conselho Político Supremo Houthi, Hazam al-Assad, abordou o lançamento do míssil em sua conta X em hebraico depois que o IDF relatou sobre isso, escrevendo: "Vocês devem ouvir com muita atenção o que este grande líder, que fala a verdade e age corretamente, dirá durante a tarde", ele escreveu, adicionando uma imagem do líder Houthi Abdul-Malik Badruldeen al-Houthi. Espera-se que ele faça um discurso em algum momento durante a tarde.
Al-Assad tuitou novamente em hebraico, dizendo: "Surpresas estão chegando", junto com uma imagem dividida mostrando o lançamento do míssil e multidões no Iêmen marcando o aniversário do Profeta Muhammad. "Os iemenitas saíram aos milhões para celebrar o nascimento do Profeta, e os israelenses terão que ficar em quartos seguros", escreveu o Ministro da Informação Houthi.
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Abdul-Malik Badruldeen al-Houthi
A Sky News Arabia citou no domingo um alto funcionário Houthi dizendo que "um míssil lançado do Iêmen atingiu Israel depois que 20 mísseis interceptadores falharam em derrubá-lo". Embora seja provável que os sistemas de defesa aérea Arrow e Iron Dome tenham falhado em interceptar o míssil, o número real de interceptadores lançados foi muito menor.
A rede libanesa Al-Mayadeen citou fontes alegando que "a declaração militar iemenita revelará detalhes da operação, as armas usadas e mensagens adicionais. Enquanto os ataques em Gaza e na Cisjordânia continuarem, o inimigo israelense e todos os moradores de Israel devem esperar o pior."
"O Iêmen está se preparando para a guerra com o inimigo usando várias táticas", acrescentaram as fontes. "Ele sabe que a guerra é longa e está construindo capacidades militares estratégicas de acordo. As armas iemenitas continuarão a mirar os alvos planejados em Jaffa e além. O Iêmen não se contentará com um único alvo e renova seu aviso ao inimigo de que Jaffa não é segura e que essa ameaça deve ser levada a sério."
Os discursos semanais dos Houthis geralmente acontecem às quintas-feiras, durante os quais o líder analisa os eventos recentes na região, elogia o Eixo de Resistência do Irã por apoiar os palestinos, pede às nações árabes que não fiquem paradas durante a guerra em Gaza, proclama as últimas conquistas da organização terrorista e ameaça Israel.
Desde o ataque israelense a Hodeidah em julho, os Houthis também têm ameaçado retaliações e insinuado uma escalada maior em suas operações contra Israel. Os Houthis têm repetidamente afirmado nos últimos meses que, se pudessem, e a geografia permitisse, eles participariam da luta contra Israel fisicamente.
Rebeldes Houthis no Iêmen
( Foto: MOHAMMED HUWAIS / AFP )
Em um discurso em 5 de setembro, al-Houthi disse: "Desde o início da agressão israelense em Gaza, queríamos nos mover com centenas de milhares de nosso povo e participar diretamente das batalhas terrestres. O que nos separa do confronto direto com Israel é a vasta geografia dos regimes árabes, muitos dos quais cooperam com Israel. Continuamos, no entanto, e a resposta está chegando."
O grupo terrorista também realiza regularmente exercícios simulando tomadas de controle de alvos israelenses, realiza marchas muito longas em diferentes áreas do Iêmen e dissemina vídeos e imagens desses eventos como parte de seus esforços de propaganda ativa. Nos últimos dias, vários relatórios não verificados surgiram sobre a transferência de forças iemenitas para a Síria.
O fluxo constante de ameaças dos Houthis foi amplamente ignorado por Israel, com discussões sobre eles ressurgindo apenas quando eles conseguem lançar um drone em direção a Tel Aviv ou enviar um míssil para o território israelense.
