Enquanto Cairo e Jerusalém ainda estão em desacordo sobre a presença das IDF na área, os mediadores egípcios concordam em enviar uma proposta atualizada sobre o assunto ao grupo terrorista como parte das negociações.
A equipe de negociação israelense para o acordo de reféns e conversas de cessar-fogo no Cairo, liderada pelo chefe do Mossad, David Barnea, e pelo chefe do Shin Bet, Ronen Bar, retornou a Israel na quinta-feira após apresentar ao Egito propostas atualizadas sobre a presença das IDF no Corredor de Filadélfia e na travessia de Rafah. Espera-se que o Hamas receba essas propostas atualizadas no sábado
Fontes familiarizadas com o assunto disseram que as reuniões no Cairo foram conduzidas em uma atmosfera positiva e produtiva e que as lacunas foram reduzidas para facilitar uma cúpula rápida e eficaz no domingo. As fontes também mencionaram que o trabalho de preparação das novas cláusulas e de tratamento de questões relacionadas ao avanço do acordo de reféns foi concluído.
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( Foto: Agência de Imprensa Saudita/Divulgação/Brendan SMIALOWSKI/AFP, Unidade de Porta-vozes das IDF, REUTERS/Ronen Zvulun )
Enquanto isso, os mediadores continuam a se preparar para a cúpula marcada para domingo. Ainda não está claro se o Hamas comparecerá à cúpula. Mesmo que compareçam, não se sabe se concordarão em negociar ou apenas apresentarão uma resposta negativa. O diretor da CIA, Bill Burns, deve chegar ao Egito antes da cúpula.
Na quinta-feira, o Wall Street Journal revelou novos detalhes sobre o desacordo entre Israel e Egito em relação à exigência do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu de manter uma presença militar no Corredor Filadélfia para impedir o contrabando de armas para o Hamas caso um acordo seja alcançado.
O governo egípcio se opõe fortemente a isso, exigindo uma retirada israelense completa da área, alinhando-se com os desejos do Hamas. Essa discordância representa um obstáculo significativo ao esforço americano de promover um acordo.
Autoridades egípcias disseram ao Wall Street Journal que a equipe de negociação israelense propôs recentemente estabelecer oito torres de vigia ao longo da rota. Os EUA ofereceram um acordo de apenas duas torres, mas o Egito rejeitou ambas as propostas, argumentando que qualquer número de torres de vigia ao longo da rota daria a Israel uma posição militar na área.
O Egito recusa a presença israelense, alegando que ela viola o tratado de paz de 1979 com Israel — uma alegação que Jerusalém nega. O acordo de paz limita o número de forças que Israel ou Egito podem mobilizar ao longo de sua fronteira e estipula que as IDF não podem mobilizar tanques, sistemas de artilharia ou sistemas antiaéreos ao longo do Corredor Filadélfia.
De acordo com o relatório, os egípcios também estão preocupados em serem vistos como colaboradores da "ocupação" israelense da Faixa de Gaza se concordarem com qualquer presença israelense na área.