Advogado de profissão, Doug Emhoff aposentou-se da advocacia para apoiar a carreira política crescente de sua esposa; enfatizando sua herança judaica, ele tem sido um defensor vigoroso contra o antissemitismo, especialmente desde 7 de outubro.
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( Foto: Erin Schaff/Pool via REUTERS )
Uma vitória da vice-presidente Kamala Harris na eleição presidencial de novembro nos EUA não só a tornaria a primeira mulher presidente na história americana, mas também apresentaria à nação seu primeiro "primeiro cavalheiro" na Casa Branca. Além disso, seria a primeira vez que um casal presidencial incluiria um judeu.
Douglas (Doug) Emhoff, 59, assim como sua esposa, se tornou uma figura popular nos últimos três anos e meio. Seu charme natural, apoio inabalável à esposa e decisão consciente de não ofuscá-la lhe renderam muita admiração. Além disso, ele construiu um pequeno "portfólio" centrado em sua identidade judaica.
Quando Harris chegou à sede da campanha em Delaware para sua primeira aparição após o drama de domingo, quando o presidente Joe Biden anunciou que estava desistindo da corrida , Emhoff foi quem a apresentou. O homem que redefiniu estereótipos de gênero familiares no auge da política americana disse à multidão: "Agora tenho a oportunidade de apoiar minha esposa, Kamala Harris, a candidata à presidência dos Estados Unidos."
Emhoff nasceu no Brooklyn e cresceu em Nova Jersey antes de sua família se mudar para a Califórnia durante sua adolescência. Ele estudou direito e se tornou um advogado muito requisitado na indústria do entretenimento de Los Angeles.
Ele era sócio de um grande escritório de advocacia, que deixou em 2020 quando Harris concorria como vice-presidente de Joe Biden para evitar conflitos de interesse. Ele falou abertamente sobre a dificuldade de deixar o emprego que amava para apoiar as aspirações políticas de Harris. Na segunda-feira, ele agradeceu a Joe Biden por ajudá-lo em momentos de frustração profissional.
O novo casal presidencial?
( Foto: Olivier DOULIERY / AFP )
"O presidente vinha até mim", Emhoff contou emocionado, "e dizia: 'Olha, eu sei, garoto, você é um ótimo advogado. Sei que deve ser difícil, mas não há melhor maneira de deixar um emprego do que apoiar sua esposa, a quem você ama tanto, em um país que vocês dois amam tanto.'"
A história de amor de Harris e Emhoff começou em 2013, quando uma amiga próxima de Harris deu a Emhoff seu número de telefone e sugeriu que ele ligasse. Ele deixou uma mensagem de voz muito longa e tinha certeza de que ela não retornaria a ligação. Mas Harris, que estava morando em São Francisco e servindo como procuradora-geral da Califórnia, ficou intrigada e voou para Los Angeles para seu primeiro encontro. Na manhã seguinte, Emhoff escreveu para ela: "Estou velho demais para brincar. Gosto muito de você e quero ver se podemos fazer isso dar certo." Aparentemente, deu, e os dois se casaram em 2014.
Este é o segundo casamento de Emhoff, no qual ele trouxe dois filhos adolescentes que rapidamente formaram um bom vínculo com Harris e a chamam de "Momala", um termo que soa semelhante à palavra iídiche para mãe. Emhoff é um judeu americano progressista e secular que tem muito orgulho de sua identidade judaica, e a família extensa celebra Rosh Hashanah e a Páscoa com grande exibição pública. Harris, uma entusiasta da cozinha, disse uma vez que sua grande aspiração é fazer o Kneidlach perfeito.
Primeiro FGOTUS?
( Foto: Erin Schaff/The New York Times via AP, Pool )
Durante seus anos na Casa Branca, Emhoff colocou a luta contra o antissemitismo em alta prioridade. Mesmo antes de 7 de outubro, ele iniciou uma reunião de líderes judeus na Casa Branca e ajudou a direcionar os esforços da administração no combate ao antissemitismo. Ele recebeu um mandato para trabalhar com o Congresso sobre a questão e também teve a liberdade de falar sobre isso. Quando Donald Trump se encontrou com um dos antissemitas mais notórios da América, Nick Fuentes , Emhoff foi quem respondeu em nome da administração.
Depois de 7 de outubro, Emhoff se tornou ainda mais ativo na mobilização de apoio dentro da comunidade judaica americana. Isso ocorreu apesar de Harris se tornar cada vez mais crítico de Israel ao longo do tempo , e quando Emhoff retorna para casa, ele é recebido por sua filha, Ella, que é pró-palestina e até alguns meses atrás arrecadou fundos para a UNRWA por meio de sua conta no Instagram. Mais tarde, ela removeu o link de seu perfil, e Emhoff espera que o problema não ressurja durante a campanha de sua esposa, pois ela aspira se tornar a primeira mulher presidente na história dos EUA.
