. . . e como uma grande verdade se tornou real
Por Tzvi Freeman
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Outra manhã, acordei e descobri um pouco de verdade. Pelo menos parecia uma verdade para mim, mas eu queria ter certeza. Achei que um bom filósofo poderia me ajudar com isso.
PhilosophersForHire.com listou um especialista local em pequenas verdades. Então, embrulhei minha verdade e fui vê-lo.
O filósofo segurou a verdade nas mãos e balançou a cabeça. “Não parece uma verdade para mim”, disse ele. Perguntei-lhe por que não. Ele explicou como essa pequena verdade simplesmente não faz sentido.
“Mas faz todo o sentido para mim!” Eu protestei.
“Para você”, explicou ele, “mas não para um filósofo”.
“Então, quem é a medida da verdade?” Perguntei. “Para quem a verdade tem que fazer sentido?”
“Escute”, ele respondeu, “você queria a opinião de um especialista e tem uma”. Então, vendo minha angústia, ele ponderou mais uma vez e sugeriu: “Por outro lado, você pode querer consultar um cientista sobre isso. Às vezes, eles têm um conjunto diferente de verdades.”
No escritório do cientista, as coisas foram um pouco diferentes. “Então deixe-me ver sua pequena verdade”, disse o cientista.
“Está bem aqui”, eu disse.
“Mas eu não vejo isso”, ele respondeu. Então, reconhecendo minha decepção, ele sugeriu: “Talvez você tenha alguma outra maneira de verificar sua existência?”
Lutei para encontrar alguma evidência que o cientista aceitasse. Na verdade, ele achou as evidências um tanto convincentes, mas explicou que nada disso se enquadraria em nenhum dos paradigmas atuais. “Talvez possamos criar um novo paradigma?” Eu disse. Mas o cientista não achava que uma verdade tão pequena justificasse um paradigma totalmente novo. Os paradigmas, ao que parece, são um grande investimento hoje em dia.
“Estou disposto a correr o risco”, respondi. “Mesmo por um pouco de verdade.”
Então ele me enviou para ver um capitalista de risco que financiava pequenas verdades e novos paradigmas. Mostrei-lhe minha pequena verdade e contei-lhe tudo sobre como a havia descoberto certa manhã e o que o filósofo e o cientista tinham a dizer. Ele não parecia interessado em tudo isso. Tudo o que ele queria saber era uma coisa: o que a minha verdade poderia fazer?
Para falar a verdade, ainda não tinha pensado nisso. Minha pequena verdade estava pulando para cima e para baixo, toda ansiosa para nos mostrar o que poderia fazer. Mas eu me senti desconfortável. Eu sabia que era verdade, mas quem disse que funcionaria para um capitalista de risco? A verdade parecia tão inadequada em relação ao mundo real.
Então fui para casa. Foi aí que encontrei minha pequena verdade e é onde ela iria permanecer. Minha pequena verdade, porém, não me deixava em paz. Ele continuou implorando: “Experimente! Me teste! Veja como posso trabalhar!”
Eu disse: “Escute, pequena verdade, é melhor você ficar em casa na minha mente. Afinal, o filósofo não acreditou em você. O cientista não conseguiu ver você. O capitalista de risco não investiria em você. Quem disse que você vai trabalhar?
“Só há uma maneira de descobrir!” exclamou.
“Mas não estou disposto a correr o risco”, respondi.
Minha pequena verdade começou a chorar. “Desde o início da criação”, ansiava, “esperei para nascer neste mundo. Mas você não me deixará sair do ventre em que fui formado. Na verdade, não sou a verdade, pois ainda não nasci. Nunca serei inteiramente a verdade, até que alguém me permita colocar os pés no chão e fazer algo real.”
"Por favor!" a pequena verdade me implorou. “Por favor, deixe-me nascer.”
Então experimentei minha pequena verdade. E eis que tinha aplicações reais. Funcionou. Minha vida foi significativamente iluminada. Desde então, minha verdade e eu descobrimos com sucesso muitas outras pequenas verdades – e algumas verdades maiores também. E todos eles se tornaram reais.
Caso você esteja se perguntando do que se trata essa história, é sobre Moisés e os espiões que ele enviou.
No Sinai, todas as pessoas obtiveram a Verdade – com T maiúsculo. Mas os espiões não estavam prontos para testá-la em aplicações do mundo real. Eles sentiram que era mais seguro manter a verdade dentro do seu ventre, no mundo do espírito, da meditação e da oração.
Moisés disse: “Para que a Verdade obtenha seu T maiúsculo, seus pés devem tocar o chão”.
“Mas não pode!” os espiões protestaram. “Não faz nenhum sentido no terreno. Deixe no ar onde fizer sentido!”
Mas Moisés disse: “A verdade não precisa fazer sentido para você ou para qualquer outra pessoa. Na verdade, se for realmente a Verdade, ninguém a compreenderá completamente. É como a chalá , que você não pode comer sem antes deixar de lado aquilo que está além de você. A Verdade só é Verdade porque é real, e tem que ser real neste mundo real.”
“Não pode!” exclamaram os espiões. “Você pode ver por si mesmo, o mundo não está pronto para a Verdade com T maiúsculo. O mundo irá engoli-la viva!”
Mas Moisés viu a Verdade em toda a sua glória e acreditou nela, mais do que acreditou em qualquer coisa deste mundo. E ele disse: “A verdade é real e será real, e vamos torná-la real”. E, eventualmente, foi isso que o povo judeu fez. Em todas as condições possíveis do mundo real, geográfica, histórica e sociologicamente.
E funcionou.
Tente.
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