Governo de Israel se mostra disposto a prorrogar trégua em troca de mais reféns

 

Segundo porta-voz, ainda há 184 cidadãos israelenses em poder de terroristas na Faixa de Gaza

Quarenta cidadãos israelenses já foram soltos no acordo, que entrou em vigor na sexta-feira

SCHNEIDER CHILDREN'S MEDICAL CENTER OF ISRAEL/VIA REUTERS - 27.11.2023

O porta-voz do governo de Israel, Eilon Levy, afirmou nesta segunda-feira (27) que o país está disposto a prorrogar a trégua em vigor no conflito em Gaza para permitir a libertação de mais reféns. O acordo inicial firmado com os terroristas do Hamas, de quatro dias, termina no fim do dia de hoje.

Levy explicou que a extensão da trégua envolveria a libertação de mais 50 reféns israelenses — 40 foram soltos desde a última sexta-feira (24), e outros 10 devem deixar o cativeiro ainda nesta segunda-feira.

Ainda há 184 israelenses sequestrados em poder do Hamas e da Jihad Islâmica, segundo o governo.

Ontem, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, já havia falado sobre a possibilidade de estender a pausa nas hostilidades. 

"Este é o nosso objetivo: manter essa pausa para além de amanhã, para que possamos continuar a ver reféns saindo e fornecer mais ajuda humanitária aos necessitados em Gaza", disse.

O acordo, negociado pelo Catar com o apoio dos Estados Unidos e do Egito, previa quatro dias de trégua nos combates, a entrada de ajuda humanitária em Gaza, a libertação de 50 reféns dos mais de 200 mantidos em Gaza e a saída de 150 detentos palestinos das prisões israelenses.

Há uma cláusula, porém, que prevê que, para cada dia adicional de pausa nas hostilidades, haveria a libertação de mais um grupo de dez reféns.

Uma terceira leva, de 17 reféns, foi libertada da Faixa de Gaza neste domingo (26) pelo grupo terrorista palestino Hamas. Entre essas pessoas, há 14 israelenses e três estrangeiros. Em troca, Israel vai libertar de suas prisões 39 palestinos condenados por terrorismo 

Ibraheem Abu Mustafa/Reuters - 26.11.2023

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