Soldados israelenses vigiam a fronteira de Gaza
A temida incursão terrestre em Gaza, comandada pelo governo de Israel, foi adiada devido ao mau tempo. A ofensiva ocorreria neste final de semana. A informação é do jornal The New York Times.
Segundo a publicação, o tempo nublado desencorajou as Forças de Defesa israelenses, pois poderia tornar mais difíceis as condições para pilotos da força-aérea e operadores de drones. Oficiais ouvidos pelo jornal afirmaram que a prioridade é conquistar a Cidade de Gaza e destruir a liderança do Hamas.
Um porta-voz militar apontou Yahya Sinwar, principal líder do Hamas na Faixa de Gaza, como alvo do Exército israelense. O país judeu responsabiliza Sinwar pela ofensiva palestina no último dia 7.
No sábado, 14, o almirante Daniel Hagari, chegou a afirmar que o objetivo do Exército de Israel é a derrota do "grupo terrorista" Hamas e a "eliminação" dos seus líderes.
"Essa organização não governará a Faixa de Gaza de forma militar e política", disse.
A ofensiva terrestre sobre Gaza levou o Exército israelense a estabelecer o prazo de 30 horas para palestinos deixarem o norte de Gaza. Ao longo do sábado, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu disse que a próxima fase "está chegando". Durante visita aos soldados das Forças de Defesa do país, que estão concentrados na fronteira da Faixa de Gaza, ele questionou: "Vocês estão prontos?".
Mais tarde, o porta-voz Daniel Hagari disse em coletiva que Israel iria atacar a Cidade de Gaza "muito em breve", sem especificar um dia ou horário.
A invasão será a maior operação terrestre de Israel desde que invadiu o Líbano em 2006 e corre o risco de prendar o país em um longo e sangrento combate urbano, em uma região tão densamente povoada como a Faixa de Gaza, povoada por mais de 2 milhões de palestinos.
O número de vítimas palestinas não para de crescer. Com os hospitais lotados e suprimentos de água, energia elétrica e combustível cortados pelo governo israelense, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas, António Guterres, teme uma "catástrofe humanitária".
Cerca de 2 milhões de palestinos vivem atualmente na região de Gaza. O conflito, que completa nove dias neste domingo, 15, já matou cerca de 2,2 mil pessoas, incluindo 724 crianças e cerca de 500 mulheres, nos dois lados
Segundo o New York Times, autoridades do governo israelense estariam cientes do risco de que reféns levados pelo Hamas sejam executados durante a operação.
Número de mortes só cresce em Gaza