Em reação, chanceler Gilad Erdan vem após António Guterres pedir ações humanitárias em favor de civis palestinos
Gilad Erdan, embaixador de Israel na ONU, durante pronunciamento — Foto: Instagram (@gilad.erdan)
O embaixador de Israel na ONU, Gilad Erdan, pediu a renúncia do secretário-geral, António Guterres, nesta terça-feira. Por meio das redes sociais, o chanceler afirmou que o chefe da organização global não está apto para continuar liderando as Nações Unidas em razão de uma fala na abertura da reunião do Conselho de Segurança, na qual ele se solidarizou com civis palestinos.
Em declaração no X (ex-Twitter), ele afirmou que Guterrez não está apto para continuar à frente da ONU. O argumento de Erdan é que o secretário-geral demonstrou solidariedade pelos palestinos ao pedir ações humanitárias.
"O Secretário-Geral da ONU, que demonstra compreensão pela campanha de assassinato em massa de crianças, mulheres e idosos, não está apto para liderar a ONU, não está apto para liderar a ONU. Peço a sua renúncia imediata", publicou.
"Não há justificação ou sentido em conversar com aqueles que demonstram compaixão pelas mais terríveis atrocidades cometidas contra os cidadãos de Israel e o povo judeu. Simplesmente não há palavras", disse.
Após, o embaixador ainda afirmou que não se encontrará com António Guterres. "Eu não irei me encontrar o Secretário Geral das Nações Unidas. Depois (do ataque) de 7 de outubro não há espaço para uma abordagem equilibrada. O Hamas precisa ser eliminado do mundo", escreveu.
A declaração foi feita após Guterrez condenar as "violações do direito humanitário" na Faixa de Gaza, durante seu discurso para abertura da reunião do Conselho de Segurança da agência. O Conselho, presidido neste mês pelo Brasil, deverá votar nesta terça-feira a resolução dos Estados Unidos sobre conflito entre Israel e Hamas.