Israel: 20% dos professores de hebraico para novos imigrantes desistem

 As renúncias entrarão em vigor no início do próximo ano letivo, em 1º de setembro

Nati Shohat/Flash90 Ilustração - Aprendendo hebraico em um ulpan em Jerusalém.

Cem professores de hebraico para novos imigrantes apresentaram suas cartas de demissão no domingo, em meio a uma luta salarial que dura meses.
As renúncias entrarão em vigor no início do próximo ano letivo, em 1º de setembro.
"Eu amo os imigrantes e o país - mas também tenho que sustentar minha família", disse o professor de hebraico Yafit.
O Ministério da Educação emprega apenas 500 professores “ulpan” (cursos de hebraico para novos imigrantes). A demissão de quase 20% deles levará ao fechamento de mais estabelecimentos e agravará a situação atual. Os cursos financiados pelo governo não conseguiram recrutar novos professores, e um novo imigrante que queira aprender hebraico agora terá que esperar em média seis meses antes de começar as aulas.

Os professores já fizeram greve anteriormente em protesto contra os baixos salários, que não são revistos há 15 anos. Enquanto isso, Israel está experimentando um aumento na imigração devido à guerra na Ucrânia, com mais de 70.000 judeus se mudando para o país apenas em 2022. 
“Já se passaram três meses desde que avisei os ministros da Educação e Finanças que seu desrespeito levará ao fechamento das aulas do ulpan, e esta manhã fomos informados de suas renúncias, enquanto o Estado de Israel está passando pela maior onda de imigração. nos últimos 20 anos, com um aumento de 300% no número de imigrantes”, disse o presidente do Comitê de Aliá, Absorção e Diáspora, MK Oded Forer.
“Ainda não é tarde. Apelo a Bezalel Smotrich e Yoav Kish - parem com a crise ulpan, comparem as condições dos professores com as condições de todo o sistema educacional”, pediu.