Uma de suas últimas exposições sobre cidades portuárias está em cartaz até o final de dezembro em Tel Aviv

Capturar momentos da vida através das lentes – uma paixão que Julia Gat descobriu muito jovem e que lhe permite viver hoje.
Aos 25 anos, ela cresceu entre Israel e França em uma família onde a arte e a cultura têm um lugar de destaque.
Conheça a talentosa e cativante personalidade, especialista em retratos e fotografia documental.
“A fotografia é uma forma de me conectar com as pessoas, me ajuda a me aproximar das pessoas de uma maneira diferente do que sem a câmera. Ela protege e ao mesmo tempo nos permite sentir mais perto do outro”, disse Gat.

Uma verdadeira vocação nascida na infância
Julia foi criada na cidade costeira israelense de Tel Aviv e na região de Kiryat Gat até os 10 anos de idade, depois, com seus pais e irmãos, mudou-se para Marselha, no sul da França, para o trabalho de seu pai, um coreógrafo que tem uma trupe de dança.
Desde então, eles nunca deixaram a França. Mas foi em Israel que Julia tomou consciência de seu amor e vocação pela fotografia.
"Quando eu era criança, em casa em Israel, sempre havia câmeras e câmeras, fotografava sem parar. Também tinha paixão pelo arquivo, guardava todas as fotos e vídeos que fazia e, aos 13 anos, decidi que queria me tornar fotógrafa", disse ela.
Incentivada pela mãe, diretora de uma galeria de arte contemporânea, criou então um blog para postar suas fotos e montar sua própria coleção.
Mas sua paixão não parou por aí. Julia conseguiu concentrar-se no seu principal centro de interesse porque os seus pais optaram por uma educação alternativa em casa, baseada essencialmente no desenvolvimento pessoal da criança e nas suas paixões.
Assim, ela rapidamente adquiriu habilidades reais em seu campo escolhido, então tudo se acelerou. A partir dos 15 anos, fez vários estágios e workshops de fotografia em Marselha, Paris, e no prestigiado Festival de Rencontres de la Photographyie em Arles, que acontece todos os verões desde 1970.
Este ano, Julia também participou do Festival d'Arles, oferecendo uma retrospectiva de seu trabalho desde sua estreia.
“Foi muito emocionante voltar com um projeto que foi construído a partir de fotos que tirei durante 10 anos era o sonho”, disse ela.

Notada ainda muito jovem pelos fotógrafos, tornou-se assistente na galeria de sua mãe.
"Para aperfeiçoar meus conhecimentos, fui então para Roterdã fazer minha licenciatura em fotografia na Willem de Kooning Academy, que terminei no ano passado. Meu trabalho de conclusão de curso foi exposto no Museu de Fotografia da cidade e ganhou o prêmio público Steenbergen Stipendium", explicou Julia.
Ela escolheu, em sua arte, enfatizar "a interação humana em sua forma pura, seja entre humanos e seu ambiente ou entre o humano e o fotógrafo".
A fotógrafa agora trabalha de forma independente onde trabalha, entre outras coisas, muitos projetos com músicos, dançarinos e estilistas.
Rumo a uma carreira internacional?
Graças ao seu talento, a jovem Julia é procurada em todo o mundo e já começou bem a sua carreira internacional.
Em Israel, ela empreendeu um projeto no qual fotografa cada um dos membros de sua família estendida. Julia quer incluir nas fotos sua relação com seu país de origem e o restante de sua família que mora lá.
Uma de suas últimas exposições sobre cidades portuárias está patente até o final de dezembro em Tel Aviv, na Galeria Assemblage.
A jovem também foi uma das 11 indicadas ao prêmio políptico de Marselha e acabou entre os três vencedores com seu projeto autobiográfico intitulado "khamsa khamsa khamsa", no qual evocou sua infância e adolescência. Ela ganhou uma exposição na galeria Sit Down, que acontecerá no terceiro arrondissement de Paris em janeiro, e uma segunda exposição em Hamburgo, na Alemanha.

Como uma verdadeira viajante do mundo, Julia está voando na próxima semana para a cidade portuária de Roterdã, na Holanda, onde trabalhará em um projeto para o Museu Stedelijk, que consistirá em fazer um documentário fotográfico sobre o cotidiano de crianças e famílias na pequena cidade de Schiedam.
Ela então irá a Paris para a estreia de um curta-metragem de moda intitulado "Chaillot Parade", que ela desenhou para a trupe de dança contemporânea de seu pai, no teatro Chaillot.
Julia também está trabalhando na feira Paris Photo, que será realizada de 10 a 13 de novembro.
É em Nova York e Bruxelas que Julia encerrará o ano com um documentário e uma nova exposição. Sua determinação e profissionalismo lhe permitiram obter fama e continuar esse impulso direto para o sucesso.