Obra na Documenta de Kassel é uma afronta a judeus e Israel

Obra na Documenta de Kassel é uma afronta a judeus e Israel

magal53
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Obra na Documenta de Kassel é uma afronta a judeus e  Israel

Trabalho faz alusão ao Mossad, serviço secreto israelense, traz a estrela de Davi e mostra homem com inscrição SS, lembrando judeus ortodoxos
Dois homens fazem selfies na instalação criada por artistas cubanos que reúne máscaras de intelectuais que sofrem censura em Cuba 

Máscaras de artistas cubanos censurados fazem parte da instalação que o Instituto Instar, de Cuba, levou a Kassel  (foto: Ina Fassbender/AFP)
Uma obra classificada como antissemita, exposta na Documenta de Kassel, feira de arte contemporânea realizada na Alemanha, será coberta após pedidos de Israel e de representantes judeus para que seja retirada, anunciaram os organizadores do evento.
É um novo golpe para a feira, realizada na cidade de Kassel, que ocorre a cada cinco anos e foi criticada nos últimos meses, acusada de antissemitismo.
MOSSAD 
A feira, que começou no sábado (18/6), expõe o trabalho que mostra um soldado com uma cabeça de porco, uma estrela de Davi e a inscrição “Mossad” em seu capacete, em referência ao serviço secreto israelense. A embaixada de Israel pediu aos organizadores da feira que a recolham.
O trabalho traz também um homem com dentes grandes, cabelos encaracolados, chapéu com inscrição nazista da SS e um cigarro na boca, lembrando caricaturas antissemitas de judeus ortodoxos.
O trabalho “apresenta claramente motivos antissemitas”, disse o diretor do Centro Anne Frank e professor da Universidade de Frankfurt, Meron Mendel, por meio do Twitter.
Em comunicado, a embaixada israelense em Berlim observou que “elementos presentes em algumas das obras lembram a propaganda de Goebbels, difundida no momento mais sombrio da história alemã”. E completou: “Devem ser retirados imediatamente da exposição”.
Josef Schuster, presidente do Conselho dos Judeus da Alemanha, apoiou a retirada. “A liberdade artística termina onde começa a misantropia”, disse.
Pessoas interagem com imensa instalação com dezenas de rostos de pessoas criada pelo coletivo tailandês Baan Noorg
Documenta de Kassel espera receber 1 milhão de visitantes este ano. Na foto, trabalho do coletivo tailandês Baan Noorg
Obra na Documenta de Kassel é uma afronta a judeus e  Israel

(foto: Ina Fassbender/AFP)
PALESTINA
O coletivo palestino The Question of Funding, altamente crítico à ocupação israelense, faz parte da edição deste ano da Documenta de Kassel.
O grupo é acusado de estar ligado ao movimento Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS), que pede boicote a Israel devido à ocupação de territórios palestinos.
O BDS foi rotulado como “antissemita” pelo Parlamento alemão, em 2019, e não pode receber financiamento público. Metade do orçamento da Documenta de Kassel vem do governo federal.
Um dos maiores eventos de arte contemporânea do mundo, junto à Bienal da Veneza, a Documenta expõe trabalhos de cerca de 1,5 mil artistas e deverá atrair 1 milhão de visitantes.

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