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Reflexão
"Aconteceu naqueles dias que Moshe se tornou grande e foi até seus irmãos e viu seus fardos."
Êxodo, capítulo 2 versículo 11.
Foto: Wikipedia - Domínio Público
Dr. Natalio Daitch
Em busca de um líder.
Não há dúvida de que muitas pessoas podem ocupar cargos de liderança, mas apenas algumas poderiam passar com sucesso no teste de "jogar" ou colocar "toda a carne na grelha". Ou como seria sair de uma "zona de conforto" e se expor e lidar com os problemas de seus irmãos que são tidos como seus.
Neste ponto, falamos de Moshe "crescendo", "tornando-se consciente e tendo empatia" com o sofrimento dos outros. Por ter crescido no palácio do faraó, ele era um Príncipe, que gozava do carinho do regente, e poderia aspirar uma manhã a estabelecer-se como o novo governante do país do Nilo.
Ou seja, arriscar e não se importar, perder "sua chance na vida" de ambição, riqueza e poder, para salvar um miserável escravo hebreu, é precisamente o que torna a figura de Moshe gigantesca.
Pastores na Bíblia e na história.
Na Torá temos que citar vários personagens que eram pastores, a saber: “Abel, Abraão, Raquel, Moisés e Davi”. Todos eles, temerosos de Deus, seguidores de sua lei, em uma atividade pastoral que inspirou muitos escritores como Giovanni Bautista Guarini (dramaturgo, escritor e poeta italiano 1538-1612), autor de uma obra clássica da época conhecida como : "IL Pastor Fido" (O Pastor Fiel).
O pastor.
Ele é alguém que cuida de suas ovelhas, de seu rebanho. Que conhece cada membro do grupo e que se preocupa se algum deles se perder. O pastor é um guia que conhece a estrada, o terreno e a geografia. Também dos perigos que se escondem, mesmo em lugares que parecem calmos e seguros.
E o pastor é verdadeiramente o próprio Deus, como expresso no Salmo 23: "Hashem é o meu pastor, nada me faltará."
Em última análise, Deus Pai e Pastor quer ver o pastor humano agir. O homem ajuda a escrever sua própria história individual e coletiva, sempre sob o hashgajá pratit * (sob supervisão divina).
Moshe, o pastor fiel. Final
Moshe é o nosso protótipo: humilde, temeroso de Deus, que não tem interesses pessoais em seu papel, e apenas o desejo de servir (e não servir) a Hashem e seu povo. Obviamente não é um político, nem muitos dos líderes comunitários e mesmo infelizmente deve ser dito de certos rabinos, que alguns de nós sabemos que eles cometeram erros e horrores ao compreender a função social como meio de alavancar e acomodar-se e seus relacionados, ignorando as verdadeiras necessidades do todo e lutando por um genuíno Yiddishkait (Judaísmo) que vai contra a assimilação. E com a ajuda do dicionário podemos entender melhor que fiel se explica como: 1_ pessoa que é firme e constante em seus afetos, ideias e obrigações, e cumpre os seus compromissos para com alguém ou alguma coisa (exemplo do marido fiel) e 2_ Ou como animal doméstico que mostra apego e submissão ao seu dono, como se diz em Isaías 1-3: »O boi conhece o seu dono, e o jumento a manjedoura de seu Senhor. E termino dizendo que a palavra manjedoura se refere a um recipiente grande e alongado onde se alimenta o gado doméstico.
Moshé Rabenu (Pai dos Profetas e líder do povo hebreu) é a bússola que marca o norte, mas o tempo é o que há de mais precioso e devemos aproveitá-lo ao máximo, pois nem sempre corre a nosso favor.
* Supervisão divina é expressa no Salmo 33:14: "Desde a sua morada, supervisiona todos os habitantes da terra."
O Hashgajá Pratit é a base do bitachon ou segurança ou confiança de que Deus sempre nos acompanha em todos os momentos e lugares e para o bem. E constitui a diferença fundamental entre a cosmologia judaica e a de outros povos.
Cosmologia é uma palavra derivada do latim e do grego que se refere ao universo e à ordem no mundo. Ao contrário da palavra caos, que se refere à desordem e confusão absoluta.
