No próximo dia 22 novembro, às 15h, no Centro Israelita do Paraná, será realizada uma homenagem ao diplomata português Aristides de Sousa Mendes, considerado Justo entre as Nações por ter desobedecido o ditador António Salazar e concedido vistos de entrada para Portugal a cerca de 30 mil refugiados. Sousa Mendes foi cônsul de Portugal em Curitiba entre os anos de 1918 e 1919 – tendo aqui, inclusive, nascido uma de suas filhas. Para a homenagem, com descerramento de uma placa que ficará no Museu do Holocausto de Curitiba, virá de Portugal um de seus netos, António Moncada Sousa Mendes. A cerimônia, apenas para convidados, contará com a presença de autoridades.
O evento é promovido pela Comunidade Israelita do Paraná, Museu do Holocausto de Curitiba, Federação Israelita do Paraná, B’nai B’rith e Instituto Cultural Judaico Brasileiro Bernardo Schulman.
Aristides nasceu em 1885, em Cabanas de Viriato, Portugal. No ano da invasão da França pela Alemanha, durante a Segunda Guerra Mundial, era cônsul português em Bordéus. Foi repreendido por Salazar, demitido da função e ele e sua família passaram necessidades, tendo inclusive frequentado a cantina da Assistência Judaica Internacional. Faleceu em 1954, em um Hospital Franciscano, sem nunca ter sua bondade reconhecida. Em 1966, o Memorial do Holocausto em Jerusalém, Yad Vashem, atribuiu-lhe o título de “Justo entre as Nações”.
Desde 1963, o Museu Yad Vashem, em Jerusalém, já levantou diversos nomes que arriscaram suas vidas e as vidas de suas famílias para salvar judeus perseguidos. Tais pessoas ignoraram as leis, opuseram-se à opinião pública e decidiram fazer o que lhes parecia certo. Até hoje, o Museu Yad Vashem reconhece e homenageia novos “Justos”. Eles são condecorados (mesmo post mortem), recebem um certificado de honra e o privilégio de terem o nome adicionado ao Jardim dos Justos. De acordo com a tradição judaica, “quem salva uma vida, salva o mundo inteiro”.
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