Nossa Parashá começa com as palavras: – “Juízes e guardas coloque para você em todos os seus portões
Porque a palavra portões aparece no plural? Será que cada um de nós recebeu da Torá um Mandamento te ter um juiz e um guarda em cada uma das entradas da nossa casa?
O grande Rabi Haim Vital que foi o principal aluno do Ari ZaL nos conta que essa linguagem se refere aos portões do nosso corpo
1- portão da visão que são nossos olhos
2-o portão da audição que são nossos ouvidos
3-o portão da fala que é a nossa boca
4-o portão do olfato que é o nosso nariz
5-o portão do tato (contato físico) que são nossas mãos e pés.
Precisamos colocar juízes e guardas em cada um desses portões
Ou seja:
1- Não olhar para coisas que a Torá, que é o nosso referencial do que é luz e do que é escuridão, recomenda não olharmos (principalmente hoje em dia na era do internet)
2- Não dar ouvidos a coisas inadequadas (principalmente leshon hará e principalmente nesta nossa era da informação)
3- Não falar coisas feias e nem “leva e traz”(de novo leshon hará e principalmente na nossa era do Facebook)
4- Não cheirar o perfume da pessoa proibida à você ,(bons e velhos tempos quando não havia poluição e nem rinite alérgica)
5-Não tocar na pessoa proibida (fácil), não ir à um lugar inadequado que pode nos despertar desejos proibidos (principalmente na era do entretenimento)
Quando protegemos nossos “portões” das coisas ruins, recebemos um enorme presente de Hashem, como diz o profeta Yashaiahu : -“Abram os portões e entre o povo sagrado …
Quando fechamos os nossos “portões” para as coisas ruins os portões celestiais se abrem para nós e ganhamos no paraíso futuro 310 mundos paradisíacos no qual cada mundo tem um portão que se abre para nós
Rabi Haim Vital nos ensinou que daqui para o paraíso celestial existem muitos tipos de “anjos” que tentam nos impedir de chegar lá, também os sete céus tem muitos e muitos portões com muitos guardas celestiais em cada portão e portão
Depois dos 120 quando deixamos esse mundo (e infelizmente hoje em dia os 120 estão ficando simplesmente modo de falar) esses anjos nos verificam
Se tivermos o mérito, eles abrem os portões e nos deixam entrar. Se não tivermos o mérito, eles nos empurram para fora e trancam os portões na nossa frente não nos deixando entrar
Por isso devemos ter a sabedoria de demarcar nossos limites e proteger os “portões” do nosso corpo nesse mundo
Quando nos conscientizamos disso durante a nossa vida teremos o mérito de todos os portões celestiais serem abertos para nós no mundo vindouro.
(ספר הליקויים כתבי הארי ז”ל)
Nossa Parashá nos conta sobre os direitos e deveres do Rei, terminando com o versículo de que esses direitos e deveres são para que ele tenha um longo reinado.
Imediatamente depois disso a Parashá nos conta sobre os direitos e deveres do Cohen e do Levi, nos indicando que existe uma ligação entre esses dois assuntos
O denominador comum entre eles é que: tanto o rei, quanto os Cohanim que se ocupavam com o Beit Hamikdash e os Leviim que se ocupavam em ensinar a Torá ao povo, não tinham uma renda própria, mas viviam no mérito do patrocínio do povo
Sobre o rei está escrito que ele não pode ter mais cavalos do que o necessário, ou seja, realeza não é exibicionismo
Diz o Rambam que hoje, sendo que já não temos mais especificamente a tribo de Levi nessa função, todos aqueles que se dedicam ao estudo e ensino da Torá e à divulgação do judaísmo estão fazendo o trabalho daquela tribo de Levi que ensinava a Torá para o nosso povo
E, portanto, podem receber o patrocínio do povo, como a tribo de Levi que não recebeu uma parte na terra de Israel mas a parte dela era o trabalho Divino patrocinado pelo povo
E aí entra o denominador comum entre eles: Da mesma forma que o rei não podia ter mais cavalos do que o necessário, dessa mesma forma as pessoas que se ocupam com o estudo e ensino da Torá e a divulgação do judaísmo, por um lado eles tem todo o direito de receber o patrocínio da comunidade, mas junto com isso, todo o dever de usar esse patrocínio da maneira correta. (baseado nas palavras do Rebe de Lubavitch)
Astrologia de acordo com a Torá
Nossa Parashá diz: “Seja ‘Tamim’ (Inocente, puro, simples, íntegro) com Hashem seu D’us.” O Shulchan Aruch coloca esse versículo na prática determinando que não é permitido para nós judeus consultarmos astrólogos, e quanto mais não consultarmos feiticeiros e videntes
Astrologia
A Guemará nos conta (שבת קנ’’ו /ב) que quando nasceu o grande Sábio de Israel, Rabi Nahman bar Itzhak, os astrólogos disseram para sua mãe:- seu filho vai ser um ladrão!
Ela nunca o deixou andar com a cabeça descoberta, e dizia sempre para ele:- Cubra a sua cabeça para que você tenha “Irat Shamaim” (temor à D’us), e peça sempre à D’us para o seu “yetzer hará” (má inclinação) não te dominar
Ele não sabia por que ela insistia tanto nisso. Um dia ele estava sentado embaixo de uma tamareira (que não era dele) e a “glimá” (a kipá da época) que cobria a cabeça dele caiu
O “yetzer hará” despertou nele, ele escalou aquela tamareira que não era dele e arrancou dela um cacho de tâmaras com os próprios dentes, prova de que os astrólogos estavam certos!
Claro que depois disso ele colocou a Kipá de volta e foi devolver o cacho de tâmaras para o seu dono, mas vemos dessa “recaída” que os astrólogos estavam certos em relação à ele
Afinal das contas ele continuou seguindo os conselhos de sua mãe e se tornou um dos maiores Tzadikim da Guemará e Rosh Yeshivá de Pumbedita (em aramaico Boca do Rio) cidade importante da Babilônia antiga
Surge a pergunta: Se é proibido consultar os astrólogos, porque a mãe de Rabi Nahman bar Itzhak levou em conta o que eles disseram e fez com que ele se esforçasse tanto para que a previsão deles não acontecesse?
O próprio Shulchan Aruch na continuação nos conta que quando acontece de já sabermos que o “Mazal” não é bom em uma certa coisa (como na história de Rabi Nachman bar Itzhak) temos que levar isso em conta e nos proteger, e não confiar em um milagre.
Mas o que é proibido fazer é o ato de nós próprios verificarmos. Ou seja, se os astrólogos da Babilônia verificaram isso para ela, mesmo que ela, por motivos religiosos judaicos não pediu para eles verificarem, quando a coisa já está verificada temos que fazer o que precisamos para nos proteger e não esperar por um milagre
Conclusão: não tenha vergonha de andar na rua com a kipá. Pode ser um boné também sendo que nossos Sábios pediram para cobrirmos a cabeça, e para isso qualquer coisa serve!
Leitura de mãos de acordo com a Torá
Os livros de Kabalá trazem assuntos como leitura de mãos. Aparentemente o fato de esse assunto estar escrito nos livros de Kabalá mostra que isso não entra nessa proibição
Mas o Rebe de Lubavitch nos ensinou que isso é permitido somente quando alguém tem esse recebimento de Kabalá prática de mestre para aluno desde a época da escrita daqueles primeiros livros de Kabala, e hoje não existem mais pessoas que tem esse recebimento direto. E sendo que nesse caso não adianta estudar diretamente dos livros, a leitura de mãos atualmente é inválida
Conclusão: Pare de ler o horoscopo e acrescente na fé em Hashem (D’us), você só tem a ganhar
כתיבה וחתימה טובה לשנה טובה ומתוקה
️SHABAT SHALOM
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Nossa Parashá é dedicada à Refuá Shlemá de...
Meu querido Mashpia
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(Rabino Slonim)
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מרדכי בן שרה הכהן דואק ז''ל נלב''ע כ''ו תמוז
אסתר בת אולגה שמאע ז''ל נלב''ע י''א כסלו תשנ''ה
חיים בן שפיאה נאצר ז''ל נלב''ע י''ז שבט תשס''ב
מזל בת אסתר נאצר ז''ל נלב''ע ה' סיון תשמ''א
דניאל בן ישראל יצחק
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