Tecnologia de ponta revelou como dois escribas 'enganaram' estudiosos modernos sobre um dos textos bíblicos.
Cientistas dizem ter conseguido mostrar pela primeira vez, com ajuda de Inteligência Artificial (IA), que dois escribas — e não apenas uma pessoa, como se acreditava anteriormente — escreveram parte dos misteriosos antigos manuscritos do Mar Morto.
Os testes foram realizados no texto mais longo dos antigos manuscritos do Mar Morto, conhecido como o Grande Pergaminho de Isaías.
Os pesquisadores usaram mapas de calor para examinar letras individuais — Foto: UNIVERSITY OF GRONINGEN via BBC
Pesquisadores da Universidade de Groningen, na Holanda, examinaram o Grande Pergaminho de Isaías usando IA e tecnologia de ponta para reconhecimento de padrões. Eles analisaram uma única letra hebraica, aleph, que aparece mais de 5 mil vezes no pergaminho.
Em um artigo publicado pelos estudiosos Mladen Popovic, Maruf Dhali e Lambert Schomaker, eles disseram que "conseguiram extrair os vestígios de tinta antigos conforme aparecem nas imagens digitais".
"Os traços de tinta antigos estão diretamente relacionados ao movimento muscular de uma pessoa e são específicos dessa pessoa", disseram eles, usando uma técnica que ajudou a produzir evidências de que mais de um escriba esteve envolvido no pergaminho.
"[O] cenário provável é [de que havia] dois escribas diferentes trabalhando juntos e tentando manter o mesmo estilo de escrita, mas [cada um] revelando sua individualidade."
Os pesquisadores disseram que a semelhança na caligrafia sugere que os escribas podem ter passado pelo mesmo treinamento em uma escola ou família.
Eles disseram que a capacidade dos escribas de "imitar" um ao outro era tão boa que até agora os estudiosos modernos não tinham sido capazes de distingui-los.
A você que chegou até aqui, agradecemos muito por valorizar nosso conteúdo. Ao contrário da mídia corporativa, o Coisas Judaicas se financia por meio da sua própria comunidade de leitores e amigos. Você pode apoiar o Coisas Judaicas via PayPal .