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Shabat : D’us criou o mundo em seis dias e no sétimo parou



D’us criou o mundo em seis dias e no sétimo parou. Ou seja, no sétimo dia nada foi criado. A linguagem “descansou” não é aplicada nesse caso sendo que D’us está infinitamente acima dos limites da matéria e com certeza não precisaria descansar depois de ter criado o mundo
Shabat : D’us criou o mundo em seis dias e no sétimo parou
 Para demonstrar claramente que acreditamos somente nesse D’us que criou o mundo em seis dias e não em outro, não fazemos trabalhos no Shabat. Ou seja, o Shabat é o dia do “reconhecimento”
 Por causa desse motivo, quando guardamos o Shabat integralmente nos retificamos da idolatria. Por outro lado, por causa desse mesmo motivo um judeu que ainda não guarda Shabat, mesmo por falta de conhecimento, é considerado naquele momento como se fosse um idólatra em relação à comida que ele cozinhou ou ao vinho que ele fez.
 Os “Dez Mandamentos” aparecem duas vezes na Torá.
 Na primeira vez , em Parashat Ytró , está escrito: “Lembre-se (Zachor) do dia do Shabat para santificá-lo .
 Na segunda vez, em Parashat Vaetchanan, está escrito “Guarde (Shamor) o dia do Shabat para santificá-lo”.
 Nossos Sábios nos contam que quando ouvimos os Dez Mandamentos no Monte Sinai, as palavras “Zachor” (Lembre-se) e “Shamor” (Guarde) foram ditas em uma palavra só, ditas e ouvidas de uma maneira sobrenatural .
 Da palavra “Shamor” aprendemos que o Shabat entra na categoria de Mitzvá chamada de “Ló Taassé” (“não faça”) e da palavra “Zachor” aprendemos que o Shabat entra na categoria de Mitzvá chamada de “Assé” (“faça”).
 A regra é que quando uma “Mitzvat Assé” cai sobre uma “Ló Taassé” (como no caso de o oitavo dia do “Brit Milá” cair no Shabat) o “Assé” (do “Brit”) anula o “Ló Taassé” (do Shabat) no assunto específico dela (nesse caso, o de cortar o prepúciozinho do nenê).
 Quando a regra da Torá tem alguma excessão, como no caso da Mitzvat Assé da construção do Mishkan que não anulou o “Ló Taassé” do Shabat, a própria Torá tem que trazer a excessão da regra para cada caso específico.
 Aprendemos na profecia de Yeshaiau Hanaví que o Shabat tem que ser um prazer. Mas o que é um prazer? Com certeza o contrário da aflição! A Torá usa a palavra aflição em relação à proibição de comer e beber no Yom Kipur , e daí nossos Sábios concluem que no Shabat temos a obrigação de comer e beber do bom e do melhor e em um ambiente iluminado pelo menos à luz de velas.
 E daí surge a Mitzvá de acender as velas de Shabat e fazer o Kidush com vinho e Halot. Deixar um fogo aceso coberto pela “Plata” com a comida quente que vamos comer no Shabat.
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Os 39 "pais" dos trabalhos proibidos no Shabat
 Aprendemos os 39 trabalhos proibidos no Shabat dos 39 trabalhos feitos para construir o Mishkan.
 Esses 39 trabalhos são matrizes com ramificações, e por isso o número de trabalhos proibidos no Shabat fica maior do que 39.
 Nossos Sábios, usando o direito que a Torá lhes deu de que “O que é decretado no Beit Din aqui embaixo é decretado no Beit Din lá em cima”, fizeram algumas cercas envolta da Torá para nos proteger de fazermos uma transgressão.
 As leis de “Muktse” são um exemplo dessa preocupação que eles tiveram por nós. Um objeto de uso especificamente proibido no Shabat, como por exemplo, um isqueiro (que só serve para acender fogo, ação proibida no Shabat) , ou uma caneta (que só serve para escrever, que também é proibido no Shabat) são chamados de “Muktse” e se torna proibido tocar neles no Shabat.
 Quando há perigo de vida no Shabat:
 Em caso de dúvida em relação a um perigo de vida durante o Shabat devemos fazer tudo o que for necessário para a pessoa que está necessitando.
 Por exemplo: uma mulher precisa dar a luz, levamos ela para o hospital de carro, de ambulância u de táxi, caso uma criança tenha ficado em casa , você deixa a mulher dando a luz no hospital e volta para cuidar das crianças porque crianças pequenas sem alguém cuidando também são um perigo de vida. Tudo o que é necessário para socorrer alguém está liberado no Shabat, mas só o que é necessário para isso como ligar o carro, ir para o hospital e voltar para cuidar das crianças sem desligar o carro (deixe alguém que não é judeu desligar)
Preparativos para o Shabat:
 Está escrito que temos que nos lembrar do Shabat. Para o Shabat estar pronto na sexta feira antes do por do sol temos que nos planejar com antecedência.
Eu pessoalmente tenho uma verdadeira “Shabatfobia” e no domingo já deixo as velas prontas nos castiçais e já começo a comprar umas coisinhas para Shabat, mas o importante é se planejar com antecedência, saber antecipadamente o que você vai fazer para Shabat.
 Para facilitar para quem está começando, lá vão umas dicas básicas. Escrevemos essas dicas principalmente para quem mora no interior e não tem facilidade em comprar as coisas para Shabat.
 Como fazer em casa o seu vinho para o Kidush:
Pela Halachá um suco de uva verdadeiro também é considerado vinho para o Kidush, aqui vai uma receita para fazer o seu suco de uva “bore pri hagafen” para todos os Shabatot do ano, principalmente se você tem crianças em casa
Modo de preparo
 1- Compre uvas de qualquer tipo, lave as uvas, separe elas dos galhos e coloque elas dentro de uma panela (de preferência de pressão.
 2- coloque a mão sobre as uvas e adicione água e açúcar . Essa água e açúcar tem que preencher somente os espaços entre as uvas e você coloca a mão encima para elas não flutuarem encima da água com açúcar sendo que a água com açúcar tem que preencher somente os “buraquinhos” entre as uvas mas não pode cobrir elas por cima nem se acumular separadamente no espaço de baixo caso elas flutuem, por isso você não deixa elas flutuarem.
 3- Tampe a panela , acenda o fogo e deixe ferver um pouquinho.
 4- Penere o conteúdo da panela para uma jarra apertando e amassando totalmente as uvas dentro da peneira com uma colher até que todo o suco passe pela peneira e sobre dentro da peneira somente uma polpa 
 5- Coloque o suco em garrafas ou em uma jarra
 6- Mantenha o suco na geladeira e só retire para as refeições.
(Agradecemos o Reb Avrohom Arbeter pela receita.) Outras receitas de Shabat você encontra na nossa sessão de culinária
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 Sendo que está escrito que o Shabat tem que ser um prazer, nossos Sábios decretaram a obrigação de deixar a comida pronta e quente e acender as velas de Shabat antes do por do sol da sexta feira porque não podemos acender fogo durante o Shabat 
 A eletricidade foi classificada como fonte de fogo e por isso acendemos tudo o que precisa estar aceso no Shabat antes de acender as velas (não podemos apagar essas coisas durante o Shabat a não ser em caso de perigo de vida) . Ou seja, a luz da sala cozinha e banheiro e a chapa de Shabat que chamamos de plata devem ser acesas antes do Shabat
 A plata é uma placa de alumínio que pode ser encomendada de acordo com a medida do seu fogão , você deve pedir para fazer uma dobradinha de um centímetro nas extremidades para ela não ficar cortante e deve ser dobrada uns 8 centímetros na frente para cobrir os botões do fogão.
A plata pode ser encomendada em qualquer fabriquinha de calhas (peça um material grosso para não entortar nas 25 horas que vai estar encima do fogo baixo) . Então acenda um fogo baixo , coloque a plata encima dele e as panelas com a comida pronta encima da plata.
A quantidade de água dentro da panela deve ser planejada de acordo com o número de horas que ela vai ficar encima da plata. Uma janela deve estar um pouquinho aberta para entrar ar e todos os cuidados devem ser tomados para que o fogo não se apague sozinho no meio do Shabat e não haja vazamento de gás (não deixe panos ou plásticos perto dela para não pegar fogo).
Centenas de milhares de judeus religiosos fazem assim no mundo inteiro e com o tempo você pega experiência. Se o seu gás é de botijão você pode comprar uma balança de banheiro e colocá-la fixamente enbaixo do botijão para calcular quando ele vai acabar para trocar o botijão antes do Shabat.
 39 categorias de trabalhos são denominados “trabalhos matrizes” (“avot melachá”). Nossos sábios, identificaram o caráter básico de cada um – por sua finalidade ou pelo modo como é feito – e apontaram uma série de outros atos aos quais esses aspectos se aplicam; consequentemente, estão incluídos nos trabalhos proibidos pela Torá, sendo derivados e/ou ramificações dos trabalhos matrizes
 Além disso, há vários trabalhos que nossos sábios nos restringiram de fazer, para ter no Shabat uma atmosfera menos ligada ao cotidiano e também para não transgredir qualquer proibição da Torá. Vale notar que os acréscimos dos sábios às leis da Torá têm aprovação Divina, pois a própria Torá nos ordena obedecer os sábios.
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 39 trabalhos proibidos no Shabat
 Os 39 trabalhos matrizes proibidos no Shabat estão enumerados a seguir, acompanhados de exemplos práticos para vermos como e onde eles se aplicam hoje em dia:
 1. “Arar” – cavar a terra, tornando-a mais propícia ao plantio.
Exemplos: revolver a terra com ajuda de animal, arado ou trator; arrastar um banco pesado ou brincar com bolas de gude sobre o solo.
 2. “Semear” – ato para estimular o crescimento da planta.
exemplos: jogar sementes frutíferas na terra; colocar flores num vaso com água; colocar adubo ou inseticida numa planta.
 3. “Colher” – desenraizar uma planta do local onde cresceu.
exemplos: cortar grama; colher frutas. Nossos sábios proibiram subir em àrvores ou se balançar em uma balança pendurada em um galho de árvore ou deitar em uma rede pendurada entre duas árvores
 4. “Agrupar a colheita” – agrupar cereais, frutos ou vegetais no local onde cresceram.
 exemplos: agrupar laranjas que caíram da àrvore; fazer um buquê de flores.
Esse trabalho só se aplica a derivados da terra e no local onde nasceram. Portanto, é permitido juntar livros no jardim ou maçãs espalhadas na cozinha.
 5. “Debulhar” – separar a parte utilizável (desejada) dos produtos da terra da inutilizável (indesejada), usando força ou pressão. Antigamente, para separar a semente da casca do cereal, usava-se uma tábua especial amarrada a um animal, que arrastava-a sobre os grãos, separando-os.
 exemplos: fazer suco de uva; ordenhar vaca; espremer suco de fruta cítrica; tirar ervilha da casca (se a casca não for comestível).
 É permitido espremer suco de limão diretamente sobre salada ou peixe para temperá-los, se estes não contêm nenhum líquido.
 6. “Dispersar o grão ao vento” – jogar sementes ao vento para separar a parte utilizável (desejada) da não utilizável (indesejada). Uma forma que usava-se antigamente para separar as cascas dos grãos era jogar o cereal ao vento; assim a palha que é mais leve voava enquanto os grãos caíam no solo.
 exemplos: cuspir em direção ao vento; assoprar em amendoins para que as cascas voem e se separem.
 7. “Selecionar e separar” – alimento não utilizável (indesejado) do utilizável (desejado) ou separar de acordo com diferentes tipos.
 exemplos: separar a cebola (que não se quer comer) da salada; separar uma fruta estragada das demais; usar um descascador; descascar frutas ou legumes (mesmo com faca ou a mão) com antecedência; selecionar alimento sólido de uma sopa por meio de escumadeira; classificar utensílios, brinquedos ou livros de acordo com tamanhos e tipos.
 É permitido descascar frutas ou legumes com faca ou a mão (não com descascador), desde que seja pouco tempo antes ou durante a refeição.
 8. “Moer” – desfazer algo sólido em pedaços muito pequenos.
 exemplos: ralar legumes, picar verduras em pedaços pequenos, amassar batata cozida com amassador; amassar banana ou abacate com garfo; serrar madeira com interesse na serragem.
Por esse motivo nossos sábios proibiram tomar remédios ou vitaminas em Shabat, exceto em caso de doença sendo que os ingredientes do remédio eram moidos na hora.
 É permitido amassar com garfo alimento que não cresce na terra (como ovo cozido) ou esfarelar pão ou bolo.
 
9. “Peneirar” – separar alimento utilizável (desejado) do não utilizável (indesejado) por meio de peneira, coador ou similar.
exemplos: peneirar farinha; coar vinho num coador especial; peneirar areia.
 
10. “Fazer massa” – formar massa consistente, misturando ingredientes.
 
exemplos: fazer mingau (cereal em pó + leite), gelatina (pó + água), creme de chocolate (cacau ou chocolate em pó + margarina) ou cimento (cal + água); misturar purê de batata com manteiga ou margarina; misturar maionese com ketchup, formando consistência pastosa (se for líquida, é permitido).
 
É permitido misturar cereal em flocos com leite. Ao fazer mingau de cereal em pó para beber, deve-se colocar primeiro o leite no prato e depois acrescentar o cereal, formando uma massa líquida (não sólida).
 
11. “Assar/cozinhar/fritar” – colocar alimento sobre fogo ou qualquer fonte de calor, como chama aberta, chapa elétrica, brasa, chapa de metal pré-aquecida ou até em banho-maria na panela que já esteve por cima do fogo ou da chapa. Exige-se muita prudência ao aquecer alimentos no Shabat para não chegar a transgredir esta proibição, que inclui inúmeros detalhes.
 
exemplos: esquentar alimento sobre fogo; misturar alimento que ainda está na panela onde foi cozido (exceto água); tampar panela (que está sobre a chapa) se a comida não estava totalmente cozida na entrada do Shabat; abrir torneira de água quente.
 
Para ter comida quente no Shabat, deve-se deixar previamente os alimentos por cima de um fogo coberto por uma chapa de metal ou numa chapa elétrica (costuma-se cobrir os botões para não regulá-los distraidamente);

É permitido aquecer alimento sólido (sem molho ou gordura) por cima (mas não dentro) de panela que se encontra nesta chapa. É permitido cozinhar diretamente no calor do Sol, mas não sobre algo que foi previamente aquecido pelo Sol; portanto, pode-se esquentar um ovo no calor dos raios do Sol sobre prato, panela ou frigideira fria (se o utensílio foi previamente esquentado no Sol, é proibido), mas é proibido utilizar água quente de aquecedor solar.
 
12. “Tosquiar” – aparar pelos que cresceram no corpo do animal ou do homem.
 
exemplos: depenar ave; cortar cabelo; cortar ou roer unhas; passar pente ou escova nos cabelos (que podem arrancar os cabelos) tirar sobrancelhas.
 
13. “Lavar” – tornar tecido ou roupa mais limpo.
 
exemplos: tirar qualquer mancha; deixar tecido de molho; colocar roupa na máquina; torcer pano molhado; pendurar roupa molhada para secar.
 
É permitido jogar água sobre objeto de couro sem esfregá-lo.
 
14. “Desembaraçar a lã não trabalhada”. A lã extraída do carneiro quando tosado encontra-se embaraçada e repleta de elementos estranhos como terra e areia. Antigamente passava-se uma espécie de pente para retirar impurezas e desembaraçá-la.
exemplos: pentear fios de lã, linho ou algodão.
 
15. “Tingir” – alterar ou fortificar a coloração.
exemplos: tingir tecidos; alterar cores através de recursos químicos; pintar qualquer objeto com rolo, pincel ou spray; passar batom nos lábios ou maquiagem nos olhos ou no rosto; enxugar as mãos num tecido com sujeira que pode acabar colorindo o tecido como alimentos entre os quais morango, vinho, etc.
 
É permitido alterar a coloração de alimentos para melhorar seu sabor. Pode-se usar guardanapos de papel para enxugar as mãos.
 
16. “Fiar” – esticar e enrolar manual ou mecanicamente lã ou outra matéria prima já penteada e tingida.
exemplos: enrolar fios do tsitsit.
 
17. “Esticar o fio para prepará-lo para tecer” – esticar os fios entre os dois extremos da roca (máquina de fiar).
 
exemplos: esticar fios (numa direção) em moldura de tear manual, como para iniciar a tecer um tapete.
 
18. “Passar o fio entre dois anéis” – no tear, os fios são passados por vários anéis que se alternam entre si, subindo e descendo, para compor o tecido.
 
exemplos: fazer uma peneira; entrelaçar cesta de vime ou cadeira de palha.
 
19. “Tecer” – entrelaçar fios no sentido horizontal por entre fios esticados verticalmente. Com este trabalho confecciona-se o tecido propriamente dito.
exemplos: fazer tricô ou tapeçaria; trançar corda ou fios.
 
20. “Desfazer os fios a fim de retocá-los”
exemplos: puxar fio solto na roupa; retirar tapete da moldura onde foi confeccionado.
 
21. “Atar” – dar nó que não se desfaz facilmente.
exemplos: fazer nó de marinheiro; apertar nó de tsitsit; fazer nó duplo; trançar dois fios para formar corda; juntar dois cordões com um nó, formando um só cordão.
 
É permitido fazer nó de gravata ou amarrar o sapato (mesmo se não for desfeito dentro de 24 horas), pois na verdade trata-se de laço, que não é considerado nó.
 
22. “Desatar” – desfazer um nó (o qual não teria sido permitido fazer no Shabat).
 
exemplos: desatar fio que junta par de meias novas; desfazer nó duplo; desatar corda, separando os fios individualmente.
Se um laço no sapato complicou-se e acabou formando um nó, é permitido desfazê-lo de forma não usual (com shinui) se tiver que tirá-lo.
 
23. “Costurar” – unir dois tecidos ou materiais em geral.
exemplos: fazer bainha de roupa; colar papéis com fita adesiva ou cola; puxar e/ou enrolar fio de botão que está caindo para torná-lo mais firme.
 
Zíper ou velcro não são considerados costura e, portanto, é permitido abrir ou fechá-los no Shabat.
 
24. “Rasgar intencionando suturar” – rasgar qualquer material para uni-lo depois.
 
exemplos: descosturar a fim de costurar novamente; abrir envelope colado ou lacrado.
 
É permitido rasgar saquinho de papel ou plástico para retirar o alimento de maneira que o saquinho não será reaproveitado (com cuidado para não rompê-lo no meio de letras impressas nem descolá-lo).
 
25. “Caçar” – aprisionar um animal vivo e impedir que se livre.
 
exemplos: perseguir animais com cachorro de caça; tampar uma garrafa onde um mosquito entrou; espalhar ratoeira.
É permitido prender e/ou matar animais (como cobra ou serpente) quando são ameaça iminente à vida da pessoa.
 
26. “Abater” – Tirar a vida de um animal.
 
exemplos: fazer o ritual da shchitá; borrifar inseticida; pescar; espalhar veneno contra animais ou insetos; causar hematoma; tirar sangue de pessoa ou animal.
É permitido aplicar repelente sobre o corpo, pois não se está matando os insetos, e sim impedindo que se aproximem.
 
27. “Pelar o couro” – retirar pele de animal morto.
 
exemplos: separar couro em camadas.
É permitido retirar a pele do frango cozido (próximo ou durante a refeição), pois é considerado parte do alimento.
 
28. “Curtir o couro” – preparar couro, usando sal, cal, ou outros meios.
 
exemplos: engraxar sapato de couro mesmo com graxa incolor; salgar a carne crua após o abate; colocar legumes para curtir; devolver um pepino azedo meio curtido para salmoura.
É permitido temperar uma salada, próximo à refeição, colocando outros temperos antes ou junto com o sal.
 
29. “Alisar o couro” – retirar pêlos e imperfeições do couro.
 
exemplos: lixar algo; alisar argila; colar vela com chama de fogo (mesmo nos dias festivos); passar creme na pele.
Em caso de doença é permitido aplicar pomada (de forma não habitual – com shinui) numa ferida, sem alisá-la (mesmo que se alise por si só).
 
30. “Demarcar o couro” para cortá-lo.
 
exemplos: traçar linhas para escrever sobre elas; fazer pontilhado para saber onde dobrar ou cortar o objeto.
 
31. “Cortar” seguindo uma certa medida.
 
exemplos: cortar um desenho seguindo o pontilhado; arrancar folhas de caderno; apontar lápis; cortar papel higiênico ou saquinho plástico de um rolo; separar lenço de papel quando um está preso ao outro; serrar madeira ou metal; cortar pano; separar páginas de um livro quando estas não foram cortadas na gráfica.
 
32. “Escrever” ou esculpir letras, figuras ou sinais que sirvam como códigos de comunicação.
 
exemplos: escrever com dedo sobre líquido que derramou na mesa, num vidro embaçado ou na areia, carimbar, unir peças de quebra cabeças; bordar letras ou figuras.
 
Nossos sábios proibiram uma série de ações em que é quase automático o uso da escrita, como negociar (pois implica em fazer contrato); medir ou pesar algo; dar um presente; trabalhar no Shabat em troca de um salário diário; fazer contas de matemática; ler no jornal propaganda sobre compra e venda de móveis ou imóveis.
 
É permitido medir febre com termômetro não digital no caso de necessidade.
 
33. “Apagar” – anular qualquer escrita ou código comunicável com a intenção de reescrever no mesmo local.
 
exemplos: apagar lousa escrita com giz; apagar com borracha; cortar embrulho onde há letras escritas; cortar letras carimbadas ou coladas em frutas.
 
Nossos sábios proibiram ler listas de qualquer tipo para não chegar a apagar algo da lista.
 
É permitido comer alimentos cujas letras são parte do próprio alimento, como biscoitos (neste caso, as letras e o alimento são considerados um único elemento). Porém, quando o alimento e as letras são compostas de materiais diferentes, como letras escritas com creme sobre um bolo de chocolate, as letras devem ser retiradas por completo antes de cortar o bolo.
 
34. “Construir” – ação ligada à montagem ou construção.
 
exemplos: todas as tarefas relativas à construção, como cavar, encaixar portas e janelas, furar ou bater prego na parede, etc.; montar tenda; abrir guarda-chuva; montar qualquer utensílio; fazer queijo; fazer trança de cabelos; usar spray para fixar penteado.
 
35. “Destruir ou demolir” com a intenção de reconstruir no local.
 
exemplos: retirar telhas do telhado; arrancar prego da parede; arrombar porta; desfazer tenda; desfazer caixa de madeira; desmanchar trança de cabelos.
 
36. “Acender fogo” – aumentar, prolongar ou propagá-lo.
 
exemplos: riscar fósforo; acender chama de gás; ligar luz elétrica (por isso é proibido abrir porta de geladeira que automaticamente acende a luz interna; a lâmpada da geladeira deve ser desativada ou afrouxada antes do Shabat); acrescentar azeite numa lamparina; ligar motor do carro; acelerá-lo; obter faíscas através do atrito entre duas pedras; refletir a luz do Sol em lente de aumento para queimar papel.
 
37. “Apagar fogo” ou diminui-lo.
 
exemplos: apagar fogo através de vento (abrindo janela), areia ou sopro; abaixar fogo ou chama de gás; desligar luz elétrica; retirar azeite de uma lamparina; desligar motor do carro.
Nossos sábios proibiram ler à luz de azeite, pois estando concentrada na leitura a pessoa pode esquecer que é Shabat e mexer no pavio ou no azeite para enxergar melhor.
 
38. “Terminar a manufatura de qualquer objeto” (denominado “bater com martelo”, pois o ferreiro termina sua obra com uma última martelada) – dar o “toque final” para que um objeto possa ser utilizado.
 
exemplos: afiar faca; desentortar garfo; colocar cordão num sapato novo; retirar fios deixados por costura; cortar uma lasca de madeira para usar como palito de dentes; encaixar pé que se soltou da cadeira; apertar parafuso para recolocar lente de óculos.
 
Nossos sábios proibiram mergulhar qualquer utensílio no micve; nadar; remar; tocar instrumentos musicais.
 
39. “Transportar de propriedade particular para pública e vice-versa” – transportar, jogar, entregar, empurrar ou fazer qualquer tipo de transferência de uma área de propriedade pública para uma de propriedade privada ou vice-versa, a não ser vestir roupas e outros adornos como kipá, óculos de grau, jóias, etc. Também é proibido carregar qualquer objeto num perímetro equivalente à distância de 1,92 m, em área de propriedade pública.
 
exemplos: sair para a rua com lenço ou chave no bolso; mastigando bala ou chiclete; com botão solto na roupa; com óculos de leitura ou de sol; entregar ou jogar um objeto pela janela ou porta de residência particular para alguém que se encontra na rua ou vice-versa.
 
Se a pessoa encontra-se numa propriedade pública e se dá conta que está com algum objeto no bolso, não deve parar; se o objeto não for de valor, deve deixá-lo cair enquanto continua andando (sem dar uma parada); se for de valor, deve continuar andando até voltar à propriedade particular de onde saiu com o objeto no bolso, sem parar no caminho.
 
É permitido levantar um grampo de cabelo que caiu na rua e recolocá-lo no cabelo se não ultrapassar 1,92 m ao fazê-lo.
 
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Além dos 39 trabalhos matrizes existem outras tarefas proibidas determinadas pelos Sábios de Israel da época do Beit Hamikdash usando o direito que a Torá lhes deu para isso de “Tudo o que é decretado no Beit Din aqui embaixo é decretado no Beit Din lá encima, no Tribunal Divino.
 
As leis da Torá são chamadas de leis “Deoraiita” e as da Mishná (determinadas pelos Sábios de Israel) são chamadas de leis “Derabanan”. Eles fizeram “cercas para a Torá” e no caso do Shabat fizeram essas “cercas” para que o Shabat seja completamente diferente de um dia comum da semana. A seguir veremos alguns exemplos:
 
A proibição de transformar um sólido em líquido; assim, não se pode desmanchar gelo na mão para beber o líquido que se forma, embora seja permitido colocar gelo num copo com água para gelar a água; não se pode usar um sabonete sólido, pois se transforma em líquido. É permitido usar sabonete líquido (não pasta) , costumamos acrescentar água ao sabonete líquido para que ele fique líquido de verdade.
 
A proibição de fazer algo que, embora não seja proibido por si só, pode parecer proibido aos olhos do observador ; por exemplo, ligar um aparelho num timer antes do Shabat (quando usualmente não é usado assim), como para forno de microondas, aparelho de televisão, rádio, etc. O observador vai achar que você ligou isso no Shabat e vai concluir que é permitido ligar isso no Shabat (é permitido usar um timer para luz elétrica, aquecedor ou ar condicionado.)
 
A proibição de realizar no Shabat tarefas que destoam da santidade do dia; por exemplo um moinho cujo dono é judeu não pode funcionar no Shabat; não é permitido assistir TV, ao passar por um aparelho que esteja ligado mesmo que este não nos pertença.
 
A proibição de falar no Shabat sobre assuntos mundanos; por exemplo, programar no Shabat um trabalho que será feito durante a semana (se esta é tarefa proibida de se realizar no Shabat).
 
Muktze:
 
Nossos Sábios decretaram a proibição de manusear objetos proibidos de serem usados no Shabat que são chamados de Muktze. Uma máquina fotográfica, instrumento musical, caneta, vela, fósforo, tesoura, etc no Shabat viram Muktze. Também é proibido manusear animais em geral, isso também é chamado de “Muktze”. Podemos dizer que o cachorro no Shabat é Muktze.
Algumas das categorias de muktsê:
 
1 – Objetos que não tenham uso designado, como: pedras, plantas, flores num vaso, comida crua não-comestível no estado atual, como feijões , ou até uma batata crua; um objeto que foi quebrado e não pode mais ter utilidade, como uma tigela
quebrada, um botão que caiu da roupa; e o que se compara à isso
 
2 – Objetos de valor ou aqueles que seriam usados apenas para sua tarefa designada, por medo de danificá-lo, por exemplo: Itens caros, como câmera, decoração de cristal; ferramentas profissionais: bisturi, fiação elétrica; documentos importantes: passaporte, certidão de nascimento; e o que se compara à isso.
 
3 – Objetos que estão proibidos de serem usados por causa de proibição na Torá, ex.: alimentos não-casher, vasilhas que ainda não foram imersas num Mikve , chamêts em Pêssach; também estão incluídos objetos usados para uma mitsvá, como Tefilin, cobertura de folhas da Sucá que caíram e o que se compara à isso.
 
4 – Um objeto cujo propósito fundamental é para uma atividade proibida no Shabat, ex.: martelo, grampeador, caneta. No entanto a pessoa pode mover estes objetos se
 
a) forem necessários para uma atividade permitida no Shabat e não há outra coisa que possa realizar aquela tarefa, ex., um martelo para abrir um coco ou uma lista telefônica para melhorar o assento
 
b) O local que o objeto ocupa é necessário, ex., se uma caneta está sobre uma cadeira e você quer sentar-se ali.
 
Qualquer coisa sobre a qual fique um objeto muktze é uma base – base para o muktze e ela própria se torna um muktze se;
 
A– O item muktze foi deixado sobre o objeto intencionalmente, para que continue ali durante pelo menos parte do Shabat;
 
B – O objeto foi colocado ali pelo dono ou com o conhecimento do dono;
 
C – No início do Shabat, a base apoiava apenas o muktze e nenhum item não-muktze. Um exemplo de base encontrado em todo Shabat são as velas do Shabat sobre a mesa. Os castiçais são muktze, e não podem ser removidos da mesa no Shabat. A mesa que apoia os castiçais podem assim se tornar uma base para muktze e o próprio muktze, impedindo-a de ser movida se necessário.

Para remediar isto, simplesmente colocamos um outro item não-muktze exigido para o Shabat sobre a mesa enquanto arrumamos as velas como o vinho do Kidush ou as Chalot ou o Sidur. Assim, embora os castiçais sejam muktze, a mesa contém também a chalá ou o livro de orações e portanto não é muktze

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