
Netanyahu e seu principal rival Benny Gantz assinaram um acordo no mês passado para formar um governo de unidade sob o qual eles se revezariam na liderança de Israel após três eleições que nenhum deles venceu.
No poder há mais de uma década e atualmente chefe de um governo interino, Netanyahu de direita servirá como primeiro ministro de um novo governo por 18 meses antes de entregar as rédeas ao centrista Gantz, conforme o acordo de unidade.
Mas vários grupos, incluindo partidos da oposição e vigilantes da democracia, pediram à mais alta corte do país que anule o acordo e impeça Netanyahu de liderar o governo, citando os procedimentos criminais contra ele.
Respondendo à petição, o procurador-geral de Israel, Avichai Mandelblit, disse que não havia base legal suficiente para desqualificar Netanyahu.
Alguns analistas israelenses afirmam que o tribunal dificilmente impedirá o premiê de liderar um novo governo. Espera-se que uma decisão seja anunciada na próxima quinta-feira (7).
Netanyahu, o primeiro-ministro mais antigo de Israel, foi indiciado em janeiro por acusações de suborno, fraude e quebra de confiança. Ele nega qualquer irregularidade nos três casos contra ele e disse que é vítima de uma caça política às bruxas.
O julgamento de Netanyahu deve começar em 24 de maio.
A lei israelense diz que um primeiro-ministro sob acusação não é obrigado a renunciar até uma condenação final.
As informações são da Agência Reuters.
