Um filme sobre Holocausto é quase sempre difícil de digerir. Exemplos de peso, como A Lista de Schindler ( Steven Spielberg, 1993) é carregado de emoção, História e cenas chocantes. As cenas que retratam mulheres e crianças em uma câmara de gás e judeus sendo torturados e queimados, passam perto da crueldade real nazista. Contudo, é o filme tcheco-eslovaco-ucraniano entitulado The Painted Bird (2019), que mais chocou quem o assistia, através da história de guerra retratada com horror fantasmagórico.
Foi durante a 76ª edição do festival de cinema mais antigo do mundo – Festival de Veneza -, marcado por lançamentos do cinema mundial com alto valor artístico, que uma platéia resolveu não dar o valor da verdade nua e crua. The Painted Bird foi exibido em uma sessão pública no festival, e ocasionou desconforto à platéia. O filme do diretor tcheco Václav Marhoul, é um longa em preto e branco que acompanha um garoto judeu sem nome deixado pelos pais durante a Segunda Guerra Mundial.
O garoto, interpretado por Petr Kotlar
De acordo com o Financial Times , o filme “provocou saídas em massa, mesmo entre os críticos endurecidos pela batalha, pagos para enfrentar qualquer coisa“.

Pela crítica do The Guardian, o longa se resume em um “tour de 3 horas pelo inferno”.
Estrelado por Harvey Keitel, Stellan Skarsgård e Udo Kier,
o filme é uma adaptação do romance de Jerzy Kosiński de 1965, que retrata o violento caos social em um país não identificado da Europa Oriental.