Segundo o infectologista do Hospital Albert Einstein Roberto Muniz Jr., a recomendação é fazer a barba, justamente porque esta pode comprometer o uso da máscara. “Inclusive, a presença da barba faz com que as pessoas levem mais a mão ao rosto, o que pode facilitar uma infecção”, afirma.
O rabino Sany Sonnenreich explica que, segundo a Torá, livro sagrado do judaísmo, os homens não são proibidos de tirar a barba, mas de cortá-la pela raiz. “Não pode fazer com navalha, então, é permitido fazer com barbeador, deixar aparada”, afirma. No entanto, segundo o rabino, para a parte mística do judaísmo, a Cabala, há uma importância em deixar a barba.
Nesta segunda-feira, o número de casos de COVID-19 no país chegou a 8.611, além de 55 mortes. Grande parte dos infectados são judeus ultraortodoxos.
Um representante do rabinato de Israel disse que estão considerando baixar uma lei permitindo que os judeus religiosos tirem a barba, caso o ministério da Saúde considere necessário. A pasta, no entanto, afirma que essa dispensa “não está na agenda”.
O ministro da Saúde do país, Yaakov Litzman, é um judeu ultraortodoxo e foi diagnosticado com Covid-19.
Além dos judeus ortodoxos, religiosos islâmicos e até alguns cristãos também cultivam barbas longas. Eles também poderão solicitas as máscaras especiais.