O dispositivo vai-se somar ao sistema “Iron Dome” (“Cúpula de Ferro”), que protege o território de mísseis de curto alcance, Fronda de David (médio alcance) e Arrow (longo alcance), acrescentou a mesma fonte.
Os testes do Ministério da Defesa serão realizados durante o ano, com o objetivo de que os lasers possam ser utilizados em plataformas móveis.
Segundo as autoridades, esse “avanço” deriva do uso de eletricidade, e não da química para gerar energia a laser, que é mais eficiente e menos dispendiosa do que os mísseis atualmente usados para combater as ameaças aéreas.
O mais importante é o fator de velocidade, porque, uma vez identificado o alvo, o laser pode eliminá-lo em “um segundo”, explicou à AFP Isaac Ben Israel, ex-chefe de pesquisa do Ministério da Defesa que agora dirige o programa de estudos de segurança na Universidade de Tel Aviv.
Israel já tem um bom sistema de defesa aérea (…) O problema é quando balões, ou drones, são lançados a algumas centenas de metros, e você só os vê quando já podem lançar um bomba”, comentou.
“Os sistemas regulares de defesa (…) são insuficientes. A ameaça é imediata demais”, ressaltou. “É aqui que o sistema (laser) tem uma vantagem”, alegou.
Ele observou que a baixa visibilidade causada por nuvens, ou por tempestades de areia, pode reduzir o uso dessa tecnologia.
O anúncio israelense dessa “inovação” tecnológica acontece em um contexto de tensões regionais exacerbadas após um ataque americano que matou o general iraniano Qassem Soleimani, um poderoso arquiteto da estratégia iraniana no Oriente Médio, na semana passada em Bagdá.