Os sefaradim
No sƩculo 9, a comunidade judaica da BabilƓnia comeƧou a declinar e muitos rumaram para outros cantos do globo.
Parte foi para o norte da Ćfrica, Ć regiĆ£o que hoje corresponde a ArgĆ©lia, Marrocos, Sahara Ocidental e MauritĆ¢nia. LĆ” se assentaram nos domĆnios de duas tribos muƧulmanas: os berberes, que eram exĆmios guerreiros; e os mouros, mais tolerantes, que se dedicavam ao comĆ©rcio, ao artesanato e Ć ciĆŖncia.
Como os exĆ©rcitos mouros estavam em franca expansĆ£o pela Espanha, os judeus pegaram carona com eles - e ficaram conhecidos como sefaradim (de Sefarad, "Espanha" em hebraico). Produziram uma lĆngua prĆ³pria, o ladino, impregnando de vocĆ”bulos hebraicos o espanhol medieval. A uniĆ£o entre mouros, judeus e ciganos daria origem ao flamenco, que atĆ© hoje Ć© tocado e bailado como um hino Ć liberdade.
Nos demais paĆses muƧulmanos, os judeus viviam como cidadĆ£os de segunda classe. Podiam seguir suas crenƧas nos dhimmis (comunidades protegidas) desde que pagassem impostos. Seu status era superior ao de pagĆ£os e escravos. "No mundo islĆ¢mico, os judeus desfrutaram de prosperidade nos sĆ©culos 10, 11 e 12. Houve explosƵes de violĆŖncia contra eles, mas esporĆ”dicas e locais", diz o historiador britĆ¢nico Nicholas de Lange em Povo Judeu. Alguns chegavam a ser ministros dos califas. O rabino MaomĆ“nides (1135-1204), um grande filĆ³sofo da Idade MĆ©dia, foi mĆ©dico dos sultƵes do Egito. "No sĆ©culo 13, quando o mundo muƧulmano passou a sofrer pressƵes dos cristĆ£os no oeste e dos mongĆ³is no leste, a condiĆ§Ć£o dos judeus piorou de forma dramĆ”tica", diz Lange. "Os lĆderes islĆ¢micos deram carta branca Ć intolerĆ¢ncia religiosa.
Como os exĆ©rcitos mouros estavam em franca expansĆ£o pela Espanha, os judeus pegaram carona com eles - e ficaram conhecidos como sefaradim (de Sefarad, "Espanha" em hebraico). Produziram uma lĆngua prĆ³pria, o ladino, impregnando de vocĆ”bulos hebraicos o espanhol medieval. A uniĆ£o entre mouros, judeus e ciganos daria origem ao flamenco, que atĆ© hoje Ć© tocado e bailado como um hino Ć liberdade.
Nos demais paĆses muƧulmanos, os judeus viviam como cidadĆ£os de segunda classe. Podiam seguir suas crenƧas nos dhimmis (comunidades protegidas) desde que pagassem impostos. Seu status era superior ao de pagĆ£os e escravos. "No mundo islĆ¢mico, os judeus desfrutaram de prosperidade nos sĆ©culos 10, 11 e 12. Houve explosƵes de violĆŖncia contra eles, mas esporĆ”dicas e locais", diz o historiador britĆ¢nico Nicholas de Lange em Povo Judeu. Alguns chegavam a ser ministros dos califas. O rabino MaomĆ“nides (1135-1204), um grande filĆ³sofo da Idade MĆ©dia, foi mĆ©dico dos sultƵes do Egito. "No sĆ©culo 13, quando o mundo muƧulmano passou a sofrer pressƵes dos cristĆ£os no oeste e dos mongĆ³is no leste, a condiĆ§Ć£o dos judeus piorou de forma dramĆ”tica", diz Lange. "Os lĆderes islĆ¢micos deram carta branca Ć intolerĆ¢ncia religiosa.
" Pior: no sĆ©culo 15, Fernando de AragĆ£o e Isabel de Castela (os reis catĆ³licos) se uniram para acabar com o domĆnio muƧulmano no sul da Espanha. A Santa InquisiĆ§Ć£o queimava judeus como "hereges" e pilhava seus bens. Em 1492, os reis catĆ³licos derrotaram Granada, o Ćŗltimo bastiĆ£o mouro na PenĆnsula IbĆ©rica. E expulsaram os judeus que nĆ£o aceitassem a conversĆ£o imediata Ć fĆ© cristĆ£. Os que quiseram praticar o judaĆsmo de forma aberta emigraram para o ImpĆ©rio Otomano, que abrangia a Turquia, o norte da Ćfrica e o Oriente MĆ©dio. "A maioria, cerca de 100 mil, optou pela soluĆ§Ć£o mais fĆ”cil: fugir para Portugal", diz Lange. "Foi uma decisĆ£o equivocada. Cinco anos depois, o rei dom Manuel batizou os judeus Ć forƧa."
Os convertidos, os "cristĆ£os-novos", continuaram sendo alvo de suspeita dos inquisidores. Tanto que ficaram conhecidos como marranos ("porcos", em espanhol) ou anussim ("forƧados", em hebraico). "Para muitos, a saĆda foi praticar o judaĆsmo secretamente, correndo risco de vida", diz o escritor americano-portuguĆŖs Richard Zimler, autor de vĆ”rios livros sobre o tema. Outros botaram o pĆ© no mundo e se fixaram em todo o arco mediterrĆ¢neo, sul da FranƧa, Holanda, Inglaterra e norte da Alemanha.
Segundo Johnson, a diĆ”spora sefaradim mobilizou judeus do mundo inteiro. A chegada de refugiados a uma cidade provocava a expulsĆ£o dos que lĆ” viviam. "Muitos judeus converteram-se em vendedores ambulantes", diz. Vem dessa Ć©poca a lenda antissemita do Judeu Errante, o sujeito que teria negado Ć”gua a Jesus no trajeto atĆ© a crucificaĆ§Ć£o e por isso havia sido condenado a uma vida sem rumo. O primeiro gueto da histĆ³ria, em Veneza, data de 1516. Outros "cristĆ£os-novos" vieram para o Brasil, trabalhar em Minas Gerais ou nos engenhos de Pernambuco. Em 1636, fundaram no Recife a primeira sinagoga das AmĆ©ricas sob a bĆŖnĆ§Ć£o dos holandeses.
Os ashkenazim
A saga dos sefaradim foi simultĆ¢nea Ć de outro importante grupo: os ashkenazim (do hebraico medieval Ashkenaz, "Alemanha"). Eles se assentaram entre a Alemanha e a FranƧa, ao longo do Vale do Reno, a partir do sĆ©culo 8, incentivados pelo imperador Carlos Magno. A maioria se dedicava ao artesanato, Ć fabricaĆ§Ć£o de vinhos e ao comĆ©rcio - conheciam como poucos as rotas para o MediterrĆ¢neo e o Oriente MĆ©dio.
"No sĆ©culo 13, muitos ashkenazim foram para a PolĆ“nia atraĆdos pelas oportunidades econĆ“micas", diz Lange. "Tinham em suas mĆ£os a maior parte do comĆ©rcio." A idade dourada dos ashkenazim acabou em 1648, ao serem alvo de uma rebeliĆ£o dos cossacos, vindos da RĆŗssia e da UcrĆ¢nia, que investiram contra os judeus, matando perto de 100 mil e dizimando 300 comunidades. O antissemitismo tornou a Europa um lugar perigoso. Judeus jĆ” haviam sido expulsos da Inglaterra em 1290 e da FranƧa em 1306.
"A ausĆŖncia de um Estado fez com que construĆssem sua identidade com base em parĆ¢metros mais religiosos e Ć©tnicos do que nacionais ou territoriais", diz Krausz. Em geral, viviam como estrangeiros, apenas tolerados. NĆ£o podiam reivindicar os direitos dos outros cidadĆ£os e pagavam impostos abusivos. NĆ£o tinham terras nem participavam de corporaƧƵes de ofĆcios, que sĆ³ aceitavam cristĆ£os. "Restava-lhes o pequeno comĆ©rcio e a lida com o dinheiro", diz Krausz. Os ashkenazim chegaram Ć LituĆ¢nia, UcrĆ¢nia, MoldĆ”via e RĆŗssia. Viviam num vilarejo semi-isolado, o shtetl. Assim como os sefaradim, criaram seu dialeto: o Ćdiche, que mescla alemĆ£o medieval com termos hebraicos e eslavos.
A emancipaĆ§Ć£o
Quando os ventos da RevoluĆ§Ć£o Francesa sopraram na Europa, os judeus puderam sair do gueto e conquistar a cidadania. Figuras como Albert Einstein e Sigmund Freud moldaram o pensamento do Ocidente. Mas, se por um lado o sĆ©culo 19 trouxe emancipaĆ§Ć£o, tambĆ©m instigou o nacionalismo. Os modernos Estados-naĆ§Ć£o acusaram os judeus de nĆ£o participar da cultura majoritĆ”ria e, portanto, da identidade nacional.
A RĆŗssia virou palco do pogrom - uma perseguiĆ§Ć£o insuflada pelos czares. Algumas matanƧas acabaram com shtetls inteiros e motivaram levas de emigrantes para ir para os EUA. A partir de 1880, milhares de ashkenazim retornaram ao ponto de partida, a Palestina. A Inglaterra assumiu o controle da regiĆ£o apĆ³s a Primeira Guerra e impĆ“s restriƧƵes Ć imigraĆ§Ć£o, apesar de defender um lar nacional para os judeus bem ali, onde Davi havia governado 3 mil anos antes. A imigraĆ§Ć£o aumentou nos anos 30, com o fluxo de judeus que fugiam do nazismo.
ApĆ³s a criaĆ§Ć£o de Israel, em 1948, judeus foram expulsos de paĆses Ć”rabes onde residiam havia sĆ©culos. No Egito, que tinha 65 mil judeus em 1937, restaram menos de 100. Na LĆbia, nenhum. "Quando meu pai era menino na PolĆ“nia, as ruas eram cobertas de pichaƧƵes dizendo: `Judeus, vĆ£o para a Palestina! Quando voltou, em visita Ć Europa 50 anos mais tarde, os muros estavam cobertos de pichaƧƵes dizendo: `Judeus, saiam da Palestina!¿", recorda o escritor israelense AmĆ³s Oz no livro Contra o Fanatismo.
Os muitos judeus
Os sefaradim e ashkenazim sĆ£o os principais grupos, mas hĆ” outros
Os convertidos, os "cristĆ£os-novos", continuaram sendo alvo de suspeita dos inquisidores. Tanto que ficaram conhecidos como marranos ("porcos", em espanhol) ou anussim ("forƧados", em hebraico). "Para muitos, a saĆda foi praticar o judaĆsmo secretamente, correndo risco de vida", diz o escritor americano-portuguĆŖs Richard Zimler, autor de vĆ”rios livros sobre o tema. Outros botaram o pĆ© no mundo e se fixaram em todo o arco mediterrĆ¢neo, sul da FranƧa, Holanda, Inglaterra e norte da Alemanha.
Segundo Johnson, a diĆ”spora sefaradim mobilizou judeus do mundo inteiro. A chegada de refugiados a uma cidade provocava a expulsĆ£o dos que lĆ” viviam. "Muitos judeus converteram-se em vendedores ambulantes", diz. Vem dessa Ć©poca a lenda antissemita do Judeu Errante, o sujeito que teria negado Ć”gua a Jesus no trajeto atĆ© a crucificaĆ§Ć£o e por isso havia sido condenado a uma vida sem rumo. O primeiro gueto da histĆ³ria, em Veneza, data de 1516. Outros "cristĆ£os-novos" vieram para o Brasil, trabalhar em Minas Gerais ou nos engenhos de Pernambuco. Em 1636, fundaram no Recife a primeira sinagoga das AmĆ©ricas sob a bĆŖnĆ§Ć£o dos holandeses.
Os ashkenazim
A saga dos sefaradim foi simultĆ¢nea Ć de outro importante grupo: os ashkenazim (do hebraico medieval Ashkenaz, "Alemanha"). Eles se assentaram entre a Alemanha e a FranƧa, ao longo do Vale do Reno, a partir do sĆ©culo 8, incentivados pelo imperador Carlos Magno. A maioria se dedicava ao artesanato, Ć fabricaĆ§Ć£o de vinhos e ao comĆ©rcio - conheciam como poucos as rotas para o MediterrĆ¢neo e o Oriente MĆ©dio.
"No sĆ©culo 13, muitos ashkenazim foram para a PolĆ“nia atraĆdos pelas oportunidades econĆ“micas", diz Lange. "Tinham em suas mĆ£os a maior parte do comĆ©rcio." A idade dourada dos ashkenazim acabou em 1648, ao serem alvo de uma rebeliĆ£o dos cossacos, vindos da RĆŗssia e da UcrĆ¢nia, que investiram contra os judeus, matando perto de 100 mil e dizimando 300 comunidades. O antissemitismo tornou a Europa um lugar perigoso. Judeus jĆ” haviam sido expulsos da Inglaterra em 1290 e da FranƧa em 1306.
"A ausĆŖncia de um Estado fez com que construĆssem sua identidade com base em parĆ¢metros mais religiosos e Ć©tnicos do que nacionais ou territoriais", diz Krausz. Em geral, viviam como estrangeiros, apenas tolerados. NĆ£o podiam reivindicar os direitos dos outros cidadĆ£os e pagavam impostos abusivos. NĆ£o tinham terras nem participavam de corporaƧƵes de ofĆcios, que sĆ³ aceitavam cristĆ£os. "Restava-lhes o pequeno comĆ©rcio e a lida com o dinheiro", diz Krausz. Os ashkenazim chegaram Ć LituĆ¢nia, UcrĆ¢nia, MoldĆ”via e RĆŗssia. Viviam num vilarejo semi-isolado, o shtetl. Assim como os sefaradim, criaram seu dialeto: o Ćdiche, que mescla alemĆ£o medieval com termos hebraicos e eslavos.
A emancipaĆ§Ć£o
Quando os ventos da RevoluĆ§Ć£o Francesa sopraram na Europa, os judeus puderam sair do gueto e conquistar a cidadania. Figuras como Albert Einstein e Sigmund Freud moldaram o pensamento do Ocidente. Mas, se por um lado o sĆ©culo 19 trouxe emancipaĆ§Ć£o, tambĆ©m instigou o nacionalismo. Os modernos Estados-naĆ§Ć£o acusaram os judeus de nĆ£o participar da cultura majoritĆ”ria e, portanto, da identidade nacional.
A RĆŗssia virou palco do pogrom - uma perseguiĆ§Ć£o insuflada pelos czares. Algumas matanƧas acabaram com shtetls inteiros e motivaram levas de emigrantes para ir para os EUA. A partir de 1880, milhares de ashkenazim retornaram ao ponto de partida, a Palestina. A Inglaterra assumiu o controle da regiĆ£o apĆ³s a Primeira Guerra e impĆ“s restriƧƵes Ć imigraĆ§Ć£o, apesar de defender um lar nacional para os judeus bem ali, onde Davi havia governado 3 mil anos antes. A imigraĆ§Ć£o aumentou nos anos 30, com o fluxo de judeus que fugiam do nazismo.
ApĆ³s a criaĆ§Ć£o de Israel, em 1948, judeus foram expulsos de paĆses Ć”rabes onde residiam havia sĆ©culos. No Egito, que tinha 65 mil judeus em 1937, restaram menos de 100. Na LĆbia, nenhum. "Quando meu pai era menino na PolĆ“nia, as ruas eram cobertas de pichaƧƵes dizendo: `Judeus, vĆ£o para a Palestina! Quando voltou, em visita Ć Europa 50 anos mais tarde, os muros estavam cobertos de pichaƧƵes dizendo: `Judeus, saiam da Palestina!¿", recorda o escritor israelense AmĆ³s Oz no livro Contra o Fanatismo.
Os muitos judeus
Os sefaradim e ashkenazim sĆ£o os principais grupos, mas hĆ” outros
Italianos
Vivem na penĆnsula da ItĆ”lia desde a destruiĆ§Ć£o do segundo templo, no ano 70. A eles se juntaram sefaradim deportados da Espanha e de Portugal no sĆ©culo 15.
Norte da Ćfrica
SĆ£o descendentes dos judeus que se assentaram ali por volta do sĆ©culo 9. TambĆ©m foram expulsos apĆ³s a criaĆ§Ć£o de Israel. Na LĆbia, por exemplo, nĆ£o restou um Ćŗnico judeu. No Egito, menos de 100.
Mizrahim
Viveram no Iraque, SĆria, LĆbano, Egito e outros do Oriente MĆ©dio desde a Antiguidade, muito antes da chegada dos sefaradim, com quem sĆ£o confundidos. Sua fala e seus nomes sĆ£o Ć”rabes. Os do Iraque descendem de cativos que foram levados Ć BabilĆ“nia no sĆ©culo 6 a.C. Foram expulsos apĆ³s a IndependĆŖncia de Israel, em 1948.
Vivem na penĆnsula da ItĆ”lia desde a destruiĆ§Ć£o do segundo templo, no ano 70. A eles se juntaram sefaradim deportados da Espanha e de Portugal no sĆ©culo 15.
Norte da Ćfrica
SĆ£o descendentes dos judeus que se assentaram ali por volta do sĆ©culo 9. TambĆ©m foram expulsos apĆ³s a criaĆ§Ć£o de Israel. Na LĆbia, por exemplo, nĆ£o restou um Ćŗnico judeu. No Egito, menos de 100.
Mizrahim
Viveram no Iraque, SĆria, LĆbano, Egito e outros do Oriente MĆ©dio desde a Antiguidade, muito antes da chegada dos sefaradim, com quem sĆ£o confundidos. Sua fala e seus nomes sĆ£o Ć”rabes. Os do Iraque descendem de cativos que foram levados Ć BabilĆ“nia no sĆ©culo 6 a.C. Foram expulsos apĆ³s a IndependĆŖncia de Israel, em 1948.
Teimanim
Chegaram ao IĆŖmen provavelmente no tempo de SalomĆ£o. Falam Ć”rabe como os mizrahim, mas sua tez Ć© morena-escura e possuem um folclore muito tĆpico. Expulsos apĆ³s a criaĆ§Ć£o de Israel, restaram cerca de 200 no IĆŖmen.
Chegaram ao IĆŖmen provavelmente no tempo de SalomĆ£o. Falam Ć”rabe como os mizrahim, mas sua tez Ć© morena-escura e possuem um folclore muito tĆpico. Expulsos apĆ³s a criaĆ§Ć£o de Israel, restaram cerca de 200 no IĆŖmen.
EtĆopes
Conhecidos como Beta Israel ou falashas, tĆŖm origem desconhecida. Teriam chegado lĆ” nos tempos de SalomĆ£o ou se convertido ao judaĆsmo em algum momento posterior. Em vez de hebraico, usavam o ge¿ez ou o am¿hĆ”ri como lĆngua religiosa e eram observadores estritos do shabat e da kashrut (lei alimentar). Eram quase 40 mil, viviam em campos de refugiados e foram resgatados por Israel nos anos 80 e 90.
Conhecidos como Beta Israel ou falashas, tĆŖm origem desconhecida. Teriam chegado lĆ” nos tempos de SalomĆ£o ou se convertido ao judaĆsmo em algum momento posterior. Em vez de hebraico, usavam o ge¿ez ou o am¿hĆ”ri como lĆngua religiosa e eram observadores estritos do shabat e da kashrut (lei alimentar). Eram quase 40 mil, viviam em campos de refugiados e foram resgatados por Israel nos anos 80 e 90.
Indianos
O sincretismo do hinduĆsmo se combinou com a segregaĆ§Ć£o do sistema de castas - que acabou protegendo-os. Os judeus da costa do Malabar viveram muito tempo separados do resto do mundo. Hoje sĆ£o cerca de 5 mil.
Chineses
Se assentaram em vĆ”rios locais do paĆs na Idade MĆ©dia e foram bem tolerados pelo confucionismo. A maior comunidade ficava em Kaifeng, mas foi perdendo suas tradiƧƵes. Hoje sĆ£o cerca de 2,5 mil em toda a China.
O sincretismo do hinduĆsmo se combinou com a segregaĆ§Ć£o do sistema de castas - que acabou protegendo-os. Os judeus da costa do Malabar viveram muito tempo separados do resto do mundo. Hoje sĆ£o cerca de 5 mil.
Chineses
Se assentaram em vĆ”rios locais do paĆs na Idade MĆ©dia e foram bem tolerados pelo confucionismo. A maior comunidade ficava em Kaifeng, mas foi perdendo suas tradiƧƵes. Hoje sĆ£o cerca de 2,5 mil em toda a China.
Saiba mais
Livros
Povo Judeu, Nicholas de Lange, Folio, 2007
Passagens: Literatura Judaico-AlemĆ£ entre Gueto e MetrĆ³pole, Luis S. Krausz, Edusp, 2012
Livros
Povo Judeu, Nicholas de Lange, Folio, 2007
Passagens: Literatura Judaico-AlemĆ£ entre Gueto e MetrĆ³pole, Luis S. Krausz, Edusp, 2012
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