
De acordo com especialistas locais, as possibilidades de que seja firmado um pacto são mínimas. Inclusive, as análises apontam que pode ser do interesse do líder do partido Likud, o segundo com mais cadeiras no Parlamento, voltar a colocar o nome nas urnas.
Isso porque, com a divisão partidária no legislativo e um calendário para enfrentar casos de corrupção de que é acusado, Netanyahu poderia preferir uma nova eleição do que encarar o desafio de formar o novo governo.
O Likud fechou a apuração da votação realizada no último 17, com 32 cadeiras, contra 33 do partido Azul e Branco, liderado por Benny Gantz.
A divisão política leva o primeiro-ministro a ficar ainda mais preso aos tradicionais parceiros, diante da dificuldade de obter um pacto para governo de unidade. Segundo o jornal “Yedioth Aharont”, assim que Netanyahu recebeu a incumbência do presidente de Israel, Reuven Rivlin, foi iniciada pressão para o que o Partido Trabalhista, que tem seis cadeiras, deixasse o bloco de centro, esquerda e árabes, para se unir à direita, extra-direita e ultra-ortodoxos, encabeçado pelo Likud.
Essa seria uma das esperanças para o primeiro-ministro conseguir formar governo apenas com os parceiros históricos, diante da perda do apoio do laico Israel Nosso Lar, de Avigdor Lieberman, que se recusa a debater com os partidos religiosos.