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Maioria judaica dos EUA apoia Israel, não Netanyahu

 
 Maioria judaica dos EUA apoia Israel, não Netanyahu
Bibi com judeus americanos
 Donald Trump não consegue entender que a maior parte da comunidade judaica dos EUA ama Israel, mas não apoia o premier Benjamin Netanyahu. Tampouco entende que os judeus americanos não formam um bloco monolítico. 


Cada eleitor judeu tem uma agenda na hora de votar, levando em consideração uma série de temas, como economia, educação, saúde, meio-ambiente, direitos de minorias, imigração e política externa. Claro que Israel entra na agenda de muitos, mas não necessariamente como fator determinante. 

 Desde o pós-Segunda Guerra, os judeus americanos, em sua maioria, votaram em candidatos democratas em todas as eleições presidenciais, apesar de o partido ter vencido apenas oito das 18 disputas pela Casa Branca. Na última, cerca de 70% optaram por Hillary Clinton contra o Trump. Na próxima, certamente escolherão um candidato democrata contra o presidente. Grande parte dos judeus americanos é liberal, no sentido americano da palavra, de progressista. No caso de Trump, muitos repudiam declarações do presidente sobre imigrantes, muçulmanos e mesmo judeus, como nesta semana, ao falar que não seriam leais caso votassem nos democratas. Mais grave, o presidente chega a ser associado a supremacistas brancos. Quando houve o atentado contra a sinagoga em Pittsburgh, a comunidade judaica local o repudiou. Netanyahu, por sua vez, não desfruta de apoio entre muitos judeus americanos porque há discordância sobre muitas de suas políticas em Israel. Ronald Lauder, presidente do Congresso Judaico Mundial, citou três motivos em artigo no New York Times, que eu já citei aqui anteriormente em coluna anterior. Primeiro, a decisão do governo israelense de se retirar de um acordo pelo qual haveria uma área no Muro das Lamentações em Jerusalém para homens e mulheres rezarem juntos. 

Em segundo lugar, uma lei aprovada no Knesset (Parlamento de Israel) que "nega direitos iguais a casais do mesmo sexo". Por último, também no Knesset, uma legislação que afeta a noção de igualdade dos cidadãos israelenses muçulmanos, cristãos e drusos. Para completar, a maioria da comunidade judaica americana e o comando do Partido Democrata avaliam ser necessária a criação de um Estado palestino para Israel seguir judaico e democrático. 

Caso contrário, Israel teria de dar cidadania israelense a todos os habitantes da Cisjordânia, o que colocaria em risco a maioria judaica. A outra opção seria não criar um Estado palestino e não dar cidadania aos palestinos, o que eliminaria o caráter democrático de Israel. Netanyahu e Trump não compartilham desta visão.



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