Os três principais partidos majoritariamente árabes de Israel, Hadash, Raam e Taal, anunciaram neste sábado (27) que concorrerão em uma lista conjunta nas eleições gerais para o parlamento israelense de 17 de setembro, após a perda de votos quando se candidataram em duas listas separadas no pleito de abril.
Os três principais partidos majoritariamente árabes de Israel, Hadash, Raam e Taal, anunciaram neste sábado (27) que concorrerão em uma lista conjunta nas eleições gerais para o parlamento israelense (foto) de 17 de setembro, após a perda de votos quando se candidataram em duas listas separadas no pleito de abril.
O líder do Hadash, o deputado Ayman Odeh, anunciou a união em entrevista coletiva esta tarde, e se mostrou esperançoso de que o quarto partido árabe em relevância, Balad, se unirá à iniciativa, segundo o site de notícias "Ynet".
Os partidos têm como principal desafio aumentar a participação do voto árabe, que caiu consideravelmente no pleito anterior e foi alvo de um boicote de sua própria comunidade, com grupos que pediam que os árabes não votassem em rejeição à discriminação que sofrem.
Em abril, Hadash e Taal se apresentaram juntos e obtiveram seis cadeiras, enquanto Balad e Raam fizeram outra lista que conseguiu quatro assentos: um total de dez parlamentares em uma Câmara de 120, na qual os grupos mais votados têm em torno de 30 de cadeiras.
No pleito anterior, em 2015, após a mudança do limite mínimo de entrada ao Knesset (parlamento) de 2% para 3,25% e diante do temor de não conseguir esse percentual, os quatro principais partidos árabes se uniram na chamada Lista Conjunta e obtiveram 13 cadeiras, o que os transformou na terceira maior força política do país.
A união dos partidos árabes, pouco antes de encerrar o prazo em agosto para a apresentação das listas, acontece depois do anúncio de união esta semana feito por dois partidos de esquerda, Meretz e o recém-criado Partido Democrático de Israel, que conta com vários deputados que fizeram parte do tradicional Partido Trabalhista.
Os dois elaboraram uma lista conjunta, chamada de União Democrática, com a qual tentarão ameaçar a hegemonia de Benjamin Netanyahu, que ocupa o cargo de primeiro-ministro do país há uma década