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Comunidade judaica paulista realiza ato pelos 25 anos do atentado à AMIA

O maior ataque terrorista da Argentina completou 25 anos sem que os culpados tenham sido julgados ou punidos. O ataque ao prédio da AMIA - Associação Mutual Israelita de Buenos Aires, ocorreu em Buenos Aires em 18 de julho de 1994, matando 85 pessoas e ferindo centenas. Foi o pior ataque terrorista na Argentina, que possui a maior comunidade judaica da América Latina e é a sexta depois de Israel.  Para lembrar esse trágico episódio, a Confederação Israelita do Brasil (Conib), a Federação Israelita do Estado de São Paulo (Fisesp) e a Congregação Israelita Paulista (CIP), realizaram nesta quinta-feira (18), na CIP, um ato para homenagear as vítimas e pedir justiça. O Ato contou com as presenças de Marcelo di Pace, vice-cônsul da Argentina, Dori Goren, cônsul de Israel em São Paulo, Luiz Kignel e Ricardo Berkiensztat, que representaram Conib e Fisesp, Ariel Krok, do Congresso Judaico Mundial (CJM), além dos rabinos da CIP, Ruben Sternschein e Rogério Cukierman e dos chazanim Avi Bursztein e Alexandre Edelstein. Durante o evento, foram renovados os pedidos por justiça. "Esse tipo de maldade não poupa, não discrimina e nem escolhe vítimas. A AMIA funcionava em um prédio assistencial da comunidade judaica, que atendia judeus e não judeus. Temos de lembrar e denunciar", disse o rabino Ruben Sternschein.  A decisão do presidente argentino Maurício Macri de declarar o Hezbollah uma organização terrorista, anunciada em 16 de julho, também foi elogiada. O cônsul Dori Goren deu seu relato pessoal de como escapou do ataque à embaixada da Argentina, ocorrido em 1992,  e de como o atentado à AMIA permeou seu trabalho durante anos : "Minha filha tinha completado um ano e eu ia levá-la para conhecer o embaixador, mas no último momento ele cancelou nosso encontro na embaixada. Ele se salvou, assim como minha filha e eu. Dois anos depois a AMIA foi vitimada por esse horrível atentado. Perdi muitos amigos e esses atos horríveis de terror acompanharam meu trabalho naquele país durante cinco anos". "Argentinos e brasileiros são povos irmãos, por isso estamos realizando este Ato. Somos brasileiros e precisamos ser solidários com nossos vizinhos. Nossa expectativa é de que se revelem os culpados e que sejam indiciados. Temos que viver o dia a dia, e estarmos sempre alertas.  Essa é a nossa obrigação como judeus e acima de tudo como brasileiros", frisou o presidente da Fisesp, Luiz Kignel. "25 anos se passaram e a impunidade continua. É muito importante realizarmos atos como o de hoje, até que a justiça seja feita", finalizou Ariel Krok, dos Jovens Diplomatas do CJM. Uma vela foi acesa pelo cônsul Dori Goren (foto) e pelo vice-cônsul da Argentina, Marcelo di Pace em memória das vítimas. Os chazanim Avi Bursztein e Alexandre Edelstein e o rabino Rogerio Cukierman emocionaram os presentes ao cantarem canções e ao entoarem o El Male Rahamin e o Kadish. A homenagem na CIP contou ainda com a exibição de um breve filme com depoimentos de jovens argentinos que nasceram no ano do atentado e que em 2019 completam 25 anos e também do documentário "Os Abandonados", de Mathew Taylor, que retrata o ataque, o assassinato do promotor Alberto Nisman, que investigava o caso, e a impunidade.  O Ato foi realizado pela Conib, Fisesp e CIP, com apoio do American Jewish Comittee (AJC), Congresso Judaico Latino-Americano (CJLA) e dos Jovens Diplomatas do Congresso Judaico Mundial (CJM).
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