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O fascínio pelos extremos

O fascínio pelos extremos O fascínio pelos extremos – Por Fernando Verga

Dois jovens ingleses foram detidos por encorajar ataques ao príncipe Harry, a quem acusam de “traidor da raça” por ter se casado com uma mulher afrodescendente, a americana Meghan Markle. Eles participam de um grupo neonazista chamado Sonnenkrieg Division (Divisão Guerra do Sol), que defende o assassinato do príncipe e o enforcamento de mulheres brancas que se relacionam com homens não-brancos.
O Reino Unido viu nascer muitos grupos fascistas neste início de século, alguns organizados como partidos políticos, outros ligados a iniciativas terroristas. A Frente Nacional, por exemplo, é um partido criado nos anos 70 que aceita apenas membros de cor branca. Já o grupo Scottish Dawn (Alvorecer Escocês) se descreve como uma sociedade patriótica para a defesa da raça e da nação escocesa.
O fascínio pelos extremos Um dos principais, o National Action (Ação Nacional), tornou-se o primeiro grupo da extrema direita a ser banido após o fim da Segunda Guerra Mundial. 

Entretanto, seu escrutínio pela justiça inglesa provocou uma pulverização e o surgimento de vários outros grupos radicais neonazistas. Muito se comenta sobre o crescimento da extrema-direita na Europa. Até mesmo a Polônia, massacrada por Hitler, tornou-se fértil para esta ideologia.
A Inglaterra perdeu milhares de vidas nos campos de batalha justamente para derrotar o fascismo alemão, mas vê parte de sua juventude fascinada pelos extremos nazistas.

Políticos e ativistas da extrema direita têm se aproveitado de cenários de incerteza econômica, social e política, além de outros fatores da globalização, como a imigração e o terrorismo, para ampliar suas bases e disseminar ódio e violência.

Nós, brasileiros, não estamos tão longe disso, já que existe um discurso fascista bastante popular no país que promove o ódio contra nordestinos, por exemplo. Além disso, é notória a presença de neonazistas nos estados do sul.

Exemplos não faltam na História a respeito dos malefícios de regimes extremistas, tanto à direita quanto à esquerda. O fascínio que eles provocam está bastante ligado à busca por identidade, ao desespero diante de cenários caóticos. Nestas situações, eleger um bode expiatório é uma atitude esperada, mas culpar o outro pela nossa insignificância diante do mundo não devia mais ser um leitmotiv em sociedade alguma.

Fernando Verga é jornalista

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