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Hezbollah comanda exército da Síria e usa agentes para espionar Israel na região de Golã

Hezbollah comanda exército da Síria e usa agentes para espionar Israel na região de Golã Em uma realidade antes inimaginável, as tropas do ditador sírio Bashar Assad ao longo da fronteira de Golã agora recebem ordens do Hezbollah e se preparam para eventual conflito com Israel.

No início deste mês, o Observatório Sírio para os Direitos Humanos, com sede no Reino Unido, informou que caças israelenses atingiram posições do Hezbollah no lado sírio das Colinas de Golã e que um dos alvos era um posto em Tel al-Harra, uma montanha considerada um ponto estratégico com vista panorâmica de toda a região. Outro alvo, segundo a organização, foi em Quneitra, perto da fronteira com Israel monitorada pela ONU, onde a mídia árabe afirma haver uma posição de defesa aérea síria e um centro de inteligência do Hezbollah no local.
O grupo terrorista libanês, apoiado pelo Irã, vinha tentando há anos estabelecer uma base do lado sírio do Golã, mas não tinha a infraestrutura necessária para isso. Agora, porém, com a reconquista da área da fronteira pelo presidente sírio, Bashar Assad, no verão passado, o regime sírio, em retribuição ao apoio do aliado na luta contra grupos rebeldes, permitiu à organização libanesa criar a infraestrutura necessária para montar uma base e espionar Israel perto da fronteira.
Os supostos ataques israelenses perto da fronteira de Golã foram uma ocorrência rara, mas serviram para mostrar uma realidade antes impensável na Síria: com o Hezbollah, cuja participação no conflito sírio foi determinante para a vitória das forças de Assad, dando ordens ao Exército sírio e ajudando-o a espionar Israel.
A presença do Hezbollah no território sírio, em frente à fronteira israelense, representa uma expansão do grupo no Oriente Médio (no Iêmen, Iraque, Síria e Líbano, entre outros) e, por conseguinte, também do seu aliado Irã.
Um segmento do exército sírio que controla a parte sul do país trabalha em estreita colaboração com muitos assessores do Hezbollah, que usam seu poder para coletar informações e dar treinamento às forças diante de uma futura guerra com Israel.
A guerra civil foi, sem dúvida, o evento-chave que colocou o exército sírio dependente da ajuda do Hezbollah e do Irã. No início da guerra, o Hezbollah enviou vários conselheiros para a região, com o argumento de ajudar o regime sírio na luta contra os grupos rebeldes. Muita coisa aconteceu desde então, e cerca de um ano atrás - com a vitória de Assad apoiado por forças iranianas e particularmente russas - ficou claro que os aliados começariam a cobrar o seu preço.
Inicialmente, houve certa hesitação dos líderes do Hezbollah por causa do alto custo em manter tropas em solo sírio. Mas acabou vencendo o pensamento estratégico de que as tropas deveriam se posicionar contra Israel no lado sírio das Colinas de Golã.
E essa decisão deveria ser colocada em prática de forma imediata e clandestina, já que um acordo entre Israel e a Rússia estabelece que a presença iraniana e do Hezbollah deve ficar a uma distância de aproximadamente 80 quilômetros (50 milhas) da fronteira síria com o Estado judeu.
E, assim, foi criada a "sede sulista" operada pelo Hezbollah em território sírio e que conta com a presença de dezenas de libaneses e centenas de sírios, a maioria deles nativos da região, cujo recrutamento foi facilitado pelas dificuldades financeiras trazidas pela guerra.

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