Rabinos ultraortodoxos israelenses acusam Eurovisão de profanar o Shabbat

Rabinos ultraortodoxos israelenses acusam Eurovisão de profanar o Shabbat

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Rabinos ultraortodoxos israelenses acusam Eurovisão de profanar o ShabbatO concurso vai realizar-se em Tel Aviv no fim de semana, durante o período do Shabbat que se prolonga o pôr-do-sol de sexta-feira e o pôr-do-sol de sábado.

Rabinos ultraortodoxos israelenses apelaram hoje à oração contra a realização do festival Eurovisão durante o Shabbat, dia de descanso, considerando tratar-se de "profanação" de um dia sagrado para os judeus.

Para os judeus ultraortodoxos o dia sagrado e de descanso impede os crentes de trabalhar e de outras atividades, até de conduzir automóveis, sendo o dia dedicado à oração e ao estudo da Torah.
Os ultraortodoxos representam cerca de 10% da população de Israel e cumprem rigorosamente todas as indicações religiosas, incluindo a tradição do Shabbat.
Os organizadores do concurso Eurovisão "preparam-se para profanar de forma pública o dia sagrado e glorioso do Shabbat. Deus nos ajude", escreveu o rabino Chaim Kanievsky numa mensagem que foi subscrita por outros eminentes rabinos, entre os quais Gershon Edelstein.
"Eles estão a obrigar as pessoas que querem respeitar o Shabbat e que vão ter de trabalhar no sábado. Nós não podemos fazer nada contra tal atitude que ameaça a nossa presença nesta terra santa", diz ainda o texto do rabino de 91 anos na mesma missiva que está a ser divulgada através dos meios de comunicação social religiosos israelitas.
"Apelamos à oração e pedimos a Deus para nos proteger", acrescenta o rabino que apela aos fiéis para irem rezar nas sinagogas à meia noite da próxima sexta-feira.
O festival Eurovisão está no centro de uma polêmica política e social em Israel visto que os ultraortodoxos compõem a terceira força partidária e que apoiou a candidatura vencedora do partido de Benjamin Netanyahu (Likud) nas recentes eleições gerais.
O primeiro-ministro disse hoje aos dirigentes dos partidos ultraortodoxos que a Eurovisão é um acontecimento internacional "que o Governo não controla".
"O Governo não pretende profanar o Shabbat. A maior parte dos participantes vêm do estrangeiro e não são judeus", acrescentou o chefe do Executivo de Israel.

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