O temor é de que o conflito envolva Israel e coloque o país em confronto direto com o aliado iraniano no Líbano, o Hezbollah.
A pressão sobre o Irã, segundo analistas, seria para forçar Teerã a concordar com um acordo nuclear mais restritivo ou promover pressões econômicas que possam levar os iranianos a derrubar o governo dos aiatolás.
"Ninguém pensa na possibilidade de mudar o regime militarmente, mas enfraquecê-lo, e fazer com que a população troque o regime", disse Amos Yadlin, ex-chefe da inteligência militar de Israel, que dirige o Instituto de Estudos de Segurança Nacional, em Tel Aviv.
Israel tem desempenhado um papel importante de bastidores, fornecendo aos EUA dados de inteligência. Em reuniões em Washington e Tel Aviv, nas últimas semanas, oficiais israelenses alertaram os EUA de que o Irã e seus aliados planejam atacar alvos americanos no Iraque. Israel também passou esse aviso à Arábia Saudita e aos Emirados Árabes, aliados americanos e inimigos do Irã.
O governo de Donald Trump respondeu às ameaças movendo um porta-aviões, bombardeiros B-52, um sistema de defesa antimíssil Patriot para o Golfo Pérsico e elevando os temores de um conflito acidental com o Irã.
Netanyahu vinha insistindo em uma pressão tática mais forte contra Teerã. Para ele, o pacto assinado em 2015 foi muito condescendente. Ele tem trabalhado com Trump para endurecer as sanções e forçar o Irã a voltar à mesa de negociação.
Analistas afirmam que, se o regime iraniano acreditar que sua sobrevivência está ameaçada, é provável que tente arrastar Israel para uma guerra.
Israel poderia ainda sofrer um ataque da Síria ou do oeste do Iraque, onde Irã afirma ter mísseis capazes de alcançar o Estado judeu. O ministro de Energia, Yuval Steinitz, acredita que o Irã também possa lançar mísseis contra Israel de seu próprio território.