Durante a Segunda Guerra Mundial, seis milhões de judeus foram mortos pelos Nazistas. No vídeo da Al Jazeera dizia-se que esses números eram exagerados e que faziam parte da "narrativa"adotada pelo movimento Sionista". Também diziam que Israel foi "o maior vencedor" do genocídio. No vídeo, o narrador perguntava: "porque é que o foco está só neles?" (referindo-se às vítimas judias) e afirmava que a comunidade usa "meios financeiros e instituições mediáticas" para que se dê uma "atenção especial" ao sofrimento dos Judeus.
O vídeo foi publicado na sexta-feira no site e no Facebook da AJ+, um serviço online da Al Jazeera que publica sobretudo vídeos explicativos dedicados aos jovens. No post, a frase: "As câmaras de gás mataram milhões de judeus... é o que diz a história. Qual é a verdade sobre o Holocausto e como é que o movimento Sionista beneficiou dele?".
As reações não tardaram a surgir, sobretudo depois do Memri - Middle East Media Research Institute, que é uma organização não-governamental com sede nos EUA, ter publicado no Twitter uma tradução em inglês do que era dito no vídeo. A publicação foi considerada anti-semita. Emmanuel Nahshon, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Israel, afirmou que este vídeo é "o pior tipo de mal pernicioso". "É assim que a Al Jazeera faz uma lavagem cerebral nos jovens do mundo árabe e perpetua o ódio contra Israel e contra os Judeus", disse, acusando a estação de televisão de ser "descendente" do Der Strümer, que era um publicação de propagada Nazista.
Num comunicado emitido no domingo, a Al Jazeera afirmou que tinha apagado o vídeo em causa uma vez que ele tinha "violado os critérios editoriais da estação". E confirmou que tinha suspendido os dois jornalistas responsáveis pela publicação. "A estação reconhece a diversidade na sociedade, com todas as raças, culturas, crenças e as suas individualidades intrínsecas", afirmou a Al Jazeera.