O holocausto judaico durante a Segunda Guerra Mundial teve uma versão oficial defendida pelos países aliados que derrotaram o regime nazista. A partir de 1950, alguns historiadores questionaram a versão oficial do holocausto, especialmente os números relacionados às execuções dos judeus nos campos de concentração.
Um dos principais propulsores a este respeito é o britânico David Irving. De acordo com esta postura, o extermínio do povo judeu é uma mentira histórica baseada na manipulação de informação e propaganda.
Em alguns países europeus existem leis que proíbem a negação do holocausto por considerá-lo imoral e totalmente oposto à verdade histórica. Neste sentido, os negacionistas do holocausto judaico afirmam que as imagens de campos de concentração são, na verdade, montagens fotográficas e que as famosas câmaras de gás foram usadas para desinfetar os prisioneiros e não para assassiná-los.
Um ramo de estudo de muita polêmica
Os acontecimentos do passado são analisados ou revisados com novos dados ou novas abordagens metodológicas. No entanto, é necessário distinguir entre a revisão legítima dos fatos e o revisionismo histórico.
No primeiro caso, a ciência histórica se encontra em um processo permanente de revisão, pois nenhuma verdade é definitiva e sempre é possível encontrar provas que questionam a versão oficial de um episódio ou de um momento histórico. No entanto, o revisionismo histórico é, em termos gerais, a corrente que nega os princípios básicos relativos a uma verdade histórica e por este motivo o revisionismo é sinônimo de negacionismo.
Em muitas ocasiões os autores revisionistas são acusados de manipulação e tergiversação.
Às vezes, as posições revisionistas obedecem a disputas jornalísticas ou interesses nacionais, como no caso dos grandes genocídios do século XX que são negados sistematicamente pelos representantes das nações que protagonizaram os matanças ou crimes
A história, da mesma maneira que outras disciplinas científicas, pode ser abordada com critérios de rigor e veracidade, porém as abordagens revisionistas ou negacionistas são caracterizadas pelo uso político da história e pela contaminação informativa.
Esta corrente está presente na maioria dos países e pretende questionar certos episódios trágicos que marcaram a história de uma nação.